Nana 2017: “Nadar contra a maré”

, por Alexandre Matias

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A baiana Nana, baiana que mora em Berlim, está prestes a lançar seu segundo álbum, CMG-NGM-PDE, e apresenta o primeiro single com exclusividade para o Trabalho Sujo. “Copacabana”, como o nome entrega, tem pouco da Alemanha e muito menos da Bahia, buscando uma sonoridade essencialmente carioca, que resvala na bossa nova e no sambinha indie do grupo Los Hermanos. “O clipe foi todo feito de forma muito espontânea; filmamos procurando achar o caminho que as imagens estavam apontando, ao invés de forçar uma direção. A arte, as cores, tudo foi surgindo muito naturalmente, como iam se apresentando, e eu acho que isso tem muito a ver com a música, que tem como inspiração essa desatenção dos amores digitais, o descompromisso das coisas feitas pra serem deletadas. O distanciamento entre mim e Thales (o ator Thales Cavalcanti, protagonista do vídeo) no clipe reflete um pouco disso; todo mundo acaba se sentindo meio stalker em algum ponto de um relacionamento. Não é exatamente uma crítica, mas mais uma vontade de retratar esses tempos às vezes confusos de internet.”

O vídeo, dirigido por Marccela Moreno, é o primeiro gostinho do disco que foi produzido por ela e por Habacuque Lima, mixado por Diogo Strausz e com participações de Lulina e Felipe S., do Mombojó. É o primeiro trabalho dela desde o EP Berli(m)possível, de 2015, e deve sair no meio de setembro.

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