Millôr (1923-2012)

A morte do Chico Anysio já foi uma perda e tanto no meu âmbito pessoal (meu pai também nasceu em Maranguape, mesma cidade do Chico), mas a notícia da morte do Millôr me doeu mais ainda… Mais do que um dos maiores nomes do texto brasileiro (reduzi-lo ao humor é esquecer suas contribuições à tradução, ao teatro, ao jornalismo, à edição, à arte da entrevista, ao ensaio), Millôr faz parte do meu próprio panteão de mestres e exemplos a serem seguidos. Mas seu legado segue inabalável – e agora é hora de redescobrirem-no.

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Viu como se faz?

Já disse hoje que o Arnaldo é um gênio?

Se não disse, não verbalizei, porque eu penso nisso o tempo todo. Eu sei, compadre, se juntassem todas as vezes que te chamaram de gênio e trocasse por um real dava um salário decente até o fim da vida. Mas é de coração, você sabe.