1° de dezembro – Os Sex Pistols falam “fuck” pela primeira vez na TV, Neil Young é processado pela gravadora por mudar seu som e Kenny G segura uma nota por 45 minutos
2 de dezembro – Rod Stewart chega ao topo plagiando Jorge Ben, Bowie lança seu primeiro single e o porco inflável do Pink Floyd escapa
3 de dezembro – Os Beatles conhecem Brian Epstein, é exibido o 1968 Comeback Special de Elvis e Bono recupera seu laptop perdido – com o disco novo do U2
4 de dezembro – Um incêndio inspira a faixa-símbolo do Deep Purple, o Led Zepellin anuncia seu fim e morre Frank Zappa
5 de dezembro – Bob Marley faz show dois dias depois de ser vítima de um atentado, Black Flag lança o primeiro disco e Adele ultrapassa Amy Winehouse
6 de dezembro – O festival de Altamont encerra os anos 60 de forma trágica, morre Leadbelly e Elvis Costello se casa com Diana Krall
7 de dezembro – Otis Redding finaliza sua faixa-símbolo, os Beatles fecham sua Apple Store e Bowie aparece em público pela última vez
8 de dezembro – Nasce Sargentelli, morre John Lennon e o Metallica toca na Antártida
9 de dezembro – Vince Guaraldi põe jazz na trilha de Charlie Brown, o Chic chega ao topo das paradas e Ozzy sofre um acidente
10 de dezembro – A fundação do CBGB’s, a morte de Otis Redding e a queda que quase matou Frank Zappa
11 de dezembro – O primeiro show do Velvet Underground, Jerry Lee Lewis casa-se com prima de 13 anos e Mariah Carey leva o ringtone de ouro
12 de dezembro – O último show dos Doors, Ace Frehley quase morre eletrocutado num show e Mick Jagger vira Sir
13 de dezembro – Patti Smith lança Horses, o semanário inglês Melody Maker acaba e Beyoncé lança um disco-surpresa
14 de dezembro</strong> – O Clash lança London Calling, Os Embalos de Sábado à Noite estreia no cinema e morre Ahmet Ertegun
15 de dezembro – Dr. Dre lança The Chronic, morre Glenn Miller e Taylor Swift chega ao topo com seu 1989
16 de dezembro – O fim do The Who, o hit de Billy Paul e o seguro na língua de Miley Cyrus
17 de dezembro – Elvis Costello é banido do Saturday Night Live, Dylan chega à Inglaterra pela primeira vez e morre Captain Beefheart
18 de dezembro – Nasce Keith Richards, os Beatles iniciam sua última temporada em Hamburgo e Rod Stewart toca para 35 milhões de pessoas
19 de dezembro – Madonna ultrapassa Coldplay, Lady Gaga, Jay-Z e Kanye West, o roadie de Henry Rollins morre assassinado e Elton John emplaca seu primeiro hit nos EUA
20 de dezembro – Adele chega ao topo de 2012, Joan Baez é presa por protestar contra a guerra e morre Reginaldo Rossi
21 de dezembro – “Gangnam Style” é o primeiro clipe a bater um bilhão de views no YouTube, Elvis se encontra com Nixon e morre Júpiter Maçã
22 de dezembro – Morre o sambista e pesquisador Almirante, o pensamento vivo de Ronald Reagan em disco e a quase morte de um Motley Crue
23 de dezembro – É inaugurada a rádio pirata mais conhecida da história, Brian Wilson sofre um colapso nervoso e Ice Cube é expulso do N.W.A.
24 de dezembro – O último show dos Sex Pistols na Inglaterra, o primeiro show dos New York Dolls e o Nirvana começa a gravar seu primeiro disco
25 de dezembro – “White Christmas”, o single mais vendido de todos os tempos volta ao topo das paradas e morrem Dean Martin, James Brown e George Michael
26 de dezembro – Paul McCartney “morre” em um acidente de carro e os Beatles o trocam por um sósia, The Wall chega ao topo das paradas de discos e morre Curtis Mayfield
27 de dezembro – Show Boat inaugura o musical moderno, Leonard Cohen lança seu primeiro álbum e o Led Zeppelin, seu segundo
28 de dezembro – Dennis Wilson, dos Beach Boys, morre afogado no mar, Elvis Presley toma LSD e um câncer violento mata Lemmy
29 de dezembro – Morre Cássia Eller, o casal do Jefferson Airplane se separa e Aimee Mann casa-se com Michael Penn
30 de dezembro – Sinatra torna-se o primeiro ícone adolescente do mundo, o fim do Emerson Lake & Palmer e George Harrison é esfaqueado
31 de dezembro – Rod Stewart faz o maior show ao ar livre do mundo, o fim do Max’s Kansas City e Paul McCartney torna-se Sir
Entrando na Máquina do Tempo rumo a outros 25 de outubro e passamos pelo encontro de Mick Jagger com Keith Richards, Elton John nos Muppets e o primeiro show do Led como Led Zeppelin – leia mais lá no Reverb.
Postei um vídeo no meu blog no UOL que recria o clássico e hilário clipe de “Dancing in the Streets” com David Bowie e Mick Jagger em Lego.
A música “Dancing in the Streets“, escrita por Marvin Gaye e imortalizada por Martha and the Vandellas nos anos 60, também é histórica por registrar em uma canção a relação entre dois dos maiores nomes da música pop, David Bowie e Mick Jagger. A relação dos dois é bem anterior ao 1985 em que gravaram esta versão e tem como momento central uma das grandes passagens da história do rock, quando, durante os anos 70, Angela Bowie pegou seu marido e o vocalista dos Rolling Stones juntos na cama.
A colaboração musical entre os dois foi lançada pouco antes do megaevento de caridade Live Aid e a intenção era fazer que Jagger e Bowie cantassem o dueto ao vivo, cada um em um dos palcos do evento gigante, um deles em Wembley, no Reino Unido, e o outro no John F. Kennedy Stadium, nos EUA, mas problemas técnicos impediram que o dueto acontecesse pois o menor segundo de atraso entre as duas apresentações poderia colocar tudo a perder. “Dancing in the Streets” não foi tocada ao vivo como planejado, mas gerou um clipe que se tornou um ícone dos anos 80, principalmente devido à coreografia da dupla. Que agora foi homenageado em forma de Lego pelo animador amador William Osbourne. O resultado é hilário:
Não é a primeira vez que o clipe é alvo de paródia. Uma versão que já é um clássico online é o clipe revisto apenas com os sons ambientes, sem a música nem os vocais:
E, claro, a impagável versão brasileira que mistura o clipe com a sensacional “Babydoll de Nylon”, de Robertinho do Recife:
Clássico é clássico.
Escrevi lá no meu blog no UOL que, a julgar pelos primeiros episódios, a série de Scorsese e Mick Jagger sobre a indústria fonográfica nos anos 70 não colou.
Três horas e meia de um ícone do século passado que ajudou a moldar o início deste século.
David Bowie – “God Only Knows”
David Bowie – “Across the Universe”
David Bowie – “Five Years”
David Bowie – “Space Oddity”
David Bowie – “Word on a Wing”
David Bowie – “Quicksand”
David Bowie – “Time”
David Bowie – “DJ”
David Bowie – “Cat People (Putting Out Fire)”
David Bowie – “Rebel Rebel”
David Bowie – “I’m Afraid of Americans”
David Bowie – “Speed of Life”
David Bowie – “TVC15”
David Bowie – “Ashes to Ashes”
David Bowie – “Jump They Say”
David Bowie – “See Emily Play”
David Bowie – “Panic in Detroit”
David Bowie – “Future Legend”
David Bowie – “Diamond Dogs”
David Bowie – “Sound and Vision”
David Bowie – “Modern Love”
David Bowie – “The Jean Genie”
David Bowie – “Moonage Daydream”
David Bowie – “The Man Who Sold The World”
David Bowie – “Starman”
David Bowie – “Fame”
David Bowie – “Let’s Dance”
David Bowie – “Red Money”
David Bowie + Mick Jagger – “Dancing in the Streets”
David Bowie – “Warsawa”
David Bowie – “Life on Mars”
David Bowie – “Heroes”
David Bowie – “Sue (Or in a Season of Crime)”
David Bowie – “Cactus”
David Bowie – “Dead Man Walking”
David Bowie – “Blackstar”
David Bowie – “Love is Lost (James Murphy Remix)”
David Bowie – “Kooks”
David Bowie – “Sorrow”
David Bowie – “Boys Keep Swinging”
David Bowie – “Suffragette City”
David Bowie – “John, I’m Only Dancing”
David Bowie + Queen – “Under Pressure”
David Bowie – “Fashion”
David Bowie – “China Girl”
David Bowie – “Young Americans”
David Bowie – “Golden Years”
David Bowie – “Changes”
E a turnê do 1989 de Taylor Swift segue cheia de participações especiais e na segunda noite seguida no estádio Bridgestone Arena (depois de receber Steve Tyler e Alison Krauss no dia anterior), em Nashville, nos EUA, a rainha do pop de 2015 pode chamar ninguém menos que Mick Jagger para dividir o microfone com ela no hino “(I Can’t Get No) Satisfaction”.
A reação dela no Twitter, claro, foi de reverência:
*drops mic*
@MickJagger
#1989TourNashville pic.twitter.com/WCRGPnZ5SF
— Taylor Swift (@taylorswift13) September 27, 2015
Foi a segunda vez que os dois cantaram sobre o mesmo palco – a primeira vez foi em 2013, quando a cantora foi convidada pelos Stones para tocar “As Tears Goes By” em outro show nos EUA, este em Chicago:
Lembrando que Taylor já trouxe para o palco da atual turnê nomes como Ed Sheeran, Weeknd, Alanis Morissette, Beck, St. Vincent e Lorde.
Escrevi a matéria de capa da Ilustrada dessa quinta-feira, comparando as versões norte-americana e brasileira da biografia sobre Mick Jagger escrita por Christopher Andersen – e os detalhes que separam as duas edições têm a ver com o envolvimento do vocalista dos Stones com a brasileira Luciana Gimenez.
“Você nem sempre consegue o que quer, mas, se tentar, às vezes, consegue o que precisa”
Biografia não autorizada de Mick Jagger é adulterada na edição brasileira para minimizar problemas com Luciana Gimenez
Uma das pessoas mais conhecidas do planeta, dono de centenas de milhões de dólares, autor de uma obra que reúne álbuns clássicos, dezenas de hinos para diferentes gerações e um dos líderes das transformações sociais da segunda metade do século 20.
A biografia de Mick Jagger é naturalmente carregada de superlativos, intercalando a obsessão pela própria imagem com um número inacreditável de conquistas sexuais, entre celebridades e anônimos.
Mas a edição brasileira de “Mick – A Vida Louca e Selvagem de Jagger” (Objetiva), escrito pelo norte-americano Christopher Andersen, traz uma quase bucólica “nota do editor” ao final de suas páginas que altera alguns detalhes da versão original.
As mudanças, no entanto, pouco têm a ver com surubas, viagens alucinógenas ou rituais satânicos que surgem pelas páginas do livro. Todas estão especificamente relacionadas ao relacionamento do vocalista dos Rolling Stones com a apresentadora brasileira Luciana Gimenez, com quem o vocalista tem um filho, Lucas, hoje com 15 anos.
São detalhes. Em alguns trechos da edição original o autor insistia na dúvida que Luciana teria engravidado de propósito, parando de tomar anticoncepcionais sem avisar Mick Jagger –trechos omitidos na edição brasileira. A passagem que diz que Luciana conheceu Mick em uma festa numa mansão omite na versão brasileira que os dois teriam feito sexo no canil da casa.
E a mãe de Luciana, Vera Gimenez, que atuou em filmes como “Nós, os Canalhas” (1975), “Já Não se Faz Amor Como Antigamente” (1976), “As Safadas” (1982) e “Oh! Rebuceteio” (1984), é descrita como atriz, sem o adjetivo “soft porn” (pornochanchadas) que aparece na edição original.
CLAREZA
“Nenhuma mudança foi exigida por terceiros”, diz, agora, o autor da biografia à Folha. “Três das mudanças foram feitas por mim e três, a pedido da editora”.
A editora Objetiva, em nota através de sua assessoria de imprensa, reforça que “todas as alterações foram aprovadas previamente por Christopher Andersen –e só por ele”, comunicou.”Estas alterações não resultaram na retirada de informações, mas na clareza e rigor jornalístico.”
Entretanto, em entrevista ao jornal “O Globo”, em novembro de 2014, o biógrafo se mostrava indignado:
“Fiquei chocado ao saber que o Brasil proíbe biografias não autorizadas. Como o país pode ser uma sociedade livre sem saber a verdade sobre suas figuras públicas? Depois de 45 anos de carreira e 33 livros, aprendi que a maioria das celebridades mentiu por tanto tempo sobre a própria vida que esqueceu o que é real. Em nenhuma edição estrangeira de meus livros tive trechos suprimidos. A verdade é a verdade. Censura é censura. Qual é o próximo passo, fogueiras de livros? Essas celebridades que defendem causas liberais e depois tentam controlar tudo o que é escrito sobre elas são hipócritas. Cada sílaba da biografia é real.”
Procurada pela reportagem, Luciana Gimenez negou envolvimento na edição. Disse não ser “a favor de censura, mas tampouco sou conivente com a publicação de mentiras”, informou, por meio de sua assessoria de imprensa.
“Que Mick e eu tivemos uma relação; que essa relação foi e continua sendo a melhor possível; que o fruto dela foi nosso filho Lucas, hoje com 15 anos; isso tudo é verdade. Qualquer mentira, difamação ou distorção da verdade, seremos sempre contra”, finalizou.
TABLOIDE
O livro segue o tom de tabloide e a tradição de biografias não autorizadas que nunca seriam publicadas no Brasil, como o de outras obras de seu autor: Michael Jackson, Madonna, casais presidenciais e reais, além da princesa Diana, quase todos presentes na lista de best-sellers do jornal “The New York Times”.
A imagem que o livro passa do vocalista dos Stones não abala sua reputação, apenas a reforça. Mostra o quanto ele é obcecado por controle, destratando todos ao seu redor –apenas para criar um vínculo doentio com seu eterno parceiro Keith Richards.
E, claro, há um desfile de conquistas sexuais para todos os gostos: de David Bowie a Angelina Jolie, passando por Carla Bruni e os próprios stones Brian Jones e Keith Richards. “Acho que ele é como um vampiro sexual”, explica, em dado momento, a sexoterapeuta que Jagger procurou para tratar sua compulsão por sexo.
“Estar com todas essas pessoas faz com que se sinta jovem e fornece toda essa energia”. Mas, como ninguém é de ferro, a própria terapeuta confessou ter ido pra cama com Jagger.
Desde 2010 Martin Scorsese vem desenvolvendo um seriado com a HBO que se passa na Nova York dos anos 70 e fala sobre a indústria da música nesse período. O processo de desenvolvimento e pré-produção chegou ao fim e a série, ainda sem nome, começará a ser produzida no ano que vem, com um elenco que conta com Bobby Cannavale, Olivia Wilde, Ray Romano e Juno Temple. É inevitável imaginar que Scorsese parta das cinzas do Village nos anos 60, passe pela Little Italy, acompanhe a ascensão do punk rock e da disco music e narre sagas de excessos da indústria do disco da época envolvendo dinheiro, drogas, mulheres e violência. É um jeito esperto de juntar algumas pontas de sua filmografia (os documentários sobre música, os filmes sobre a história dos EUA, os épicos sobre o crime organizado) e à própria história pessoal, afinal Scorsese não só viveu intensamente aquele período como era, na época, uma das celebridades no bolão pé-na-cova principalmente devido ao consumo de cocaína. As informações são do site Collider, que também aponta que Mick Jagger está entre os produtores da série.
Muito bom o comercial que o Monty Python fez sobre seu show de volta, com Mick Jagger e Charlie Watts assistindo à Copa do Mundo com narração do Galvão Bueno, veja só:
Pegaram o clipe de “Dancing in the Streets”, do Bowie com o Jagger, tiraram o som e ficou assim…
Dica da Janara.