On the run 84: Donde Estás Lo Set?


Ju, Bia e eu

E por falar em festa boa, quando fui discotecar em Floripa, conheci a Bia e a Ju, que tocam o Donde Estás Corazon, blog de moda, música e tendências que vez por outra anima as pistas. Logo que elas assumiram a pista, vieram dizer que eu havia esgotado o set delas porque tinha tocado um monte que elas tocariam – como percebi logo que elas assumiram os CDJs (começando a tocar um mone de músicas que eu também toco). Curti tanto o set delas que pedi pra elas fazerem um pra cá – e elas nunca haviam feito! Por isso a estréia delas no MP3 quase não tem música mixada uma na outra, de tão nervosas que elas ficaram (que onda…). E como fui eu que pilhou a existência desse set, nada mais justo que eu o batizasse com um trocadilho com o nome do blog delas. Sente só:

Donde Estás Corazón – Donde Estás Lo Set? (MP3)

Oh My! – “Run this Town”
Cee Lo – “Fuck You”
Julian Casablancas – “11th Dimension”
Miami Horror – “I Look to You”
Cansei de Ser Sexy – “Move”
Depeche Mode – “Just Can’t Get Enough”
Junior Senior – “Move Your Feet”
Muse – “Supermassive Black Hole”
Fall Out Boy + John Mayer – “Beat It”
Mika – “Love Today”
Michael Sembello – “Maniac”
Two Door Cinema Club – “What You Know”
Mando Diao – “Dance With Somebody”
Martin Solveig + Dragonette – “Hello”
Janelle Monae – “Cold War”
Justice – “D.A.N.C.E”
Florence and The Machine – “Dog Days are Over”
Edward Sharpe & The Magnetic Zeros – “Home”

Miami em São Paulo

Publiquei a entrevista que fiz com o Miami Horror, que toca hoje em São Paulo, na edição de Caderno 2, que comemora 25 anos nesta quarta.

Sem nenhum complexo
“Estamos satisfeito por sermos pequenos”, diz Ben Plant, líder da banda Miami Horror, que se apresenta no Brasil

“Estamos satisfeitos com o nosso tamanho”, explica Ben Plant, vocalista e fundador do grupo australiano Miami Horror, que passa esta semana pelo Brasil em miniturnê. “Não somos uma banda grande, acho que não dá para dizer que não somos nem uma banda média. Somos uma banda pequena, que está em seu primeiro disco, tem alguns singles e remixes conhecidos por um público que é pequeno mas não é minúsculo, o que nos deixa à vontade para tocar uma carreira do jeito que nós queremos e sermos conhecidos fora de nosso país.”

O Miami Horror faz parte de uma cena de dance music que vem mexendo com a paisagem sonora da Austrália há cinco anos. São artistas cuja formação vem tanto do indie rock quanto da música eletrônica, uma cena que misturou alternativas para sobreviver no mercado pós-internet que vinham tanto da cena de rock independente local como da rotina das casas noturnas de Melbourne, principal centro urbano dessa nova safra de bandas. Entre os nomes da mesma geração do Miami estão Bag Raiders, Van She, Midnight Juggernauts, Empire of the Sun e Cut Copy. De todos esses, apenas o último não se apresentou por aqui (vem em junho), numa prova de que o Brasil já se firmou como polo para essa nova dance music da chamada era MySpace.

Mas hoje se o MySpace já não é lá grandes coisas (demissões afetam o portal e especula-se que ele seja vendido para o braço da música corporativa no YouTube, o Vevo), o mesmo não pode ser dito sobre essa geração. São artistas que se estabeleceram mesmo à revelia de uma crise no negócio da música que poderia ter tanto a ver com a chegada da internet e a popularização do MP3 quanto com a má administração econômica dos grandes grupos contratadores de música. Esses fatores fizeram com que uma fábrica de computadores (Apple) se tornasse um dos principais nomes no negócio da música no século 21.

O Miami Horror é um dos milhares de nomes desta geração, artistas que vivem na fronteira da canção tradicional com a cultura DJ, remixando e sendo remixado por outros tantos artistas. Foi graças a dois remixes (da velha “Music Sounds Better With You”, do Stardust, e da nova “Walking With a Ghost”, da dupla Tegan & Sara) que o grupo conseguiu chamar atenção. Sua geração, mais do que viver grudada a um site popular, se espalhava por toda a internet em uma plataforma que surgiu na virada do século, mas ganhou novo formato a partir do meio da década passada: os blogs de MP3. Feitos por amantes de música, eles simplesmente comentavam artistas novos de que gostavam sem o ranço das rádios ou gravadoras.

Os blogs de MP3 funcionam quase como organizadores da nova música na internet. E foi graças a um desses, o IM//UR feito por um brasileiro e uma australiana, que Ben Plant veio ao Brasil pela primeira vez, há dois anos, para discotecar representando sua banda, no já consagrado formato DJ set.

“Devo muito aos blogs de MP3 e ao download indiscriminado da música pela internet”, ele explica. “Tenho certeza de que nem 10% das pessoas que sabem o que é Miami Horror compraram o meu disco, o que, por um lado, é uma pena. Mas por outro, não, porque se dependessem da compra para conhecer nossa música, não estaríamos fora da Austrália e provavelmente não estaríamos vivendo apenas de fazer música. Não vou dizer que não devam fazer isso. Lamento, mas sei que é uma característica desta época.”

A entrevista foi realizada por telefone na semana passada, quando eles terminavam a turnê norte-americana e se preparavam para passar a atual semana no Brasil. Os shows desta semana fazem parte do lançamento do único álbum do grupo, Illumination, do ano passado, que chega às lojas brasileiras este mês pela gravadora EMI.

Pergunto se Ben não vê contradição ao lançar um álbum em uma época que parece ser movida pelos singles, devido ao aspecto viral do MP3, e ele concorda meio a contragosto. “Gosto da ideia de um disco, com uma capa, com um nome, que reúne um número determinado de canções. Pode ser que seja um conceito defasado ou que eu já esteja ultrapassado, mas cresci ouvindo música dessa forma, é assim que quero fazer música e espero que influencie gente a continuar fazendo música assim.”
A banda passou por Porto Alegre ontem e hoje toca em São Paulo em uma festa fechada, em uma casa noturna na Rua Augusta. Amanhã se apresenta no Circo Voador, no Rio, onde toca graças ao financiamento prévio barganhado pelos fãs do grupo – é o conhecido movimento Queremos, que aproveita a vinda de bandas estrangeiras para o Brasil para, reunindo uma quantia mínima de cariocas interessados no show, conseguir trazer a atração para a cidade. Plant elogia a iniciativa: “É mais um motivo para que eu queira estar envolvido nisso, vai ser uma experiência incrível.”

Formada em Melbourne, há quatro anos, o Miami Horror é cria da cabeça de Ben, hoje com 24 anos, que reuniu músicos para dar forma ao seu conceito musical, uma dance music sintética e sinuosa, com elementos da virada dos anos 70 para os 80, quando a disco music se metamorfoseava em house, com elementos de Giorgio Moroder, Prince, Michael Jackson e Electric Light Orchestra, mas atualizando essa linguagem para composições enxutas como as das bandas da geração pós-Strokes. Sua música mais conhecida é “Sometimes”, mas não toca no rádio, embora pareça ter sido feita para isso. Procure por ela no YouTube e confira.

Vida Fodona #270: Sigo diário

E você? Tá acompanhando? Até a semana que vem eu defino se continuo assim, os retornos tão chegando, comentem aí. Faz sentido um Vida Fodona diário? Porque, pra mim, a única diferença vai ser gravar e upar – esse som eu ouço todo dia mesmo… (E não reparem na locução ainda pior nestes três próximos programas: o microfone quebrou na praia e eu tive que improvisar falando por um fone de ouvido, hehehe)

Young Galaxy – “We Have Everything”
Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Do You Need Someone”
Xx – “Insects”
Sarah Vaughan – “Fever (Adam F Remix)”
Neon Indian – “Sleep Paralysist”
Free Energy – “Something in Common”
Estelle + Talib Kweli – “Midnight Hour”
Honeycut – “Tough Kid”
Memory Tapes – “Pink Stones”
Little Joy – “Next Time Around”
De La Soul – “The Magic Number”
Dr. Dog – “Someday”
Do Amor – “Lindo Lago do Amor”
Broken Bells – “Sailing to Nowhere”
Streets – “Trust Me”
Miami Horror – “I Look to You”
Fake Blood – “Medieval”

Join me.

On the run 80: Rock’n’Beats Alexandre Matias MyMixtape

Que tal começar a semana comigo? Foi ao ar ontem no programa que o Rock’n’Beats tem na rádio do site da MTV (ufa!), um setzinho que fiz pra eles – é uma espécie de best-of do Vida Fodona, pra quem acompanha, nada de novo – só o filé. E além de aproveitar pra dizer que em breve tenho novidades sobre mais discotecagens por aí (Gente Bonita e solo, em São Paulo e fora de São Paulo), antecipo que hoje já invento uma novidade maluca no Vida Fodona. Mas, por enquanto, som (e a foto do post é de quando discotequei na Cultura, em 2009):

Rock’n’Beats Alexandre Matias MyMixtape (MP3)

Nina Becker – “Toc Toc”
Warpaint – “Undertow”
Marcelo Camelo + Marcelo Jeneci – “Doce Solidão”
Starfucker – “Born”
Gorillaz – “Empire Ants (Miami Horror Remix)”
Lykke Li – “I Follow Rivers”
Ariel Pink’s Haunted Grafitti – “Bright Lit Blue Skies”
Generationals – “Trust”
Juliana R. – “Dry These Tears”
Pomplamoose – “September”
Bird and the Bee – “Private Eyes”
Tulipa Ruiz – “A Ordem das Árvores”
Mapuche – “She Unsaid”
Washed Out – “I Feel It All Around”
Teen Daze – “Let’s Fall Asleep Together”
I Blame Coco – “Quicker”

Vida Fodona #254: E eu tou gravando esse programa na praia

E tava tão bom que eu só gravei a introdução lá…

Memory Tapes – “Green Knight”
Daft Punk – “Technologic”
Human Beinz – “Nobody But Me (Pilooski Remix / Loulou Rouge Edit)”
Bloody Beetroots + Robyn – “Cobrasnake”
MGMT – “Siberian Breaks (Ed Banger All Stars Remix)”
Gorillaz – “Empire Ants (Miami Horror Remix)”
Starfucker – “Born”
Edward Shape & The Magnetic Zeros – “Janglin’ (RAC Remix)”
Yo La Tengo – “Astral Plane”
Good Shoes – “The Way My Heart Beats”
Metronomy – “She Wants”
Mitzi – “All I Heard”
Streets – “Trust Me”
Sounds – “Better Off Dead”

Chega mais.

Vida Fodona #249: Já em 2011


Foto: Gustavo do Vale

2010 ficou pra trás, vamos ao ano vigente.

Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Open Heart Surgery”
Burro Morto – “Kalakuta”
Drake + Peter Bjorn & John – “Let’s Call it Off”
Starfucker – “Born”
Wavves – “Mutant”
Ke$ha + Andre 3000 – “Sleazy (Remix)”
Killer Mike – “Burn”
Lykke Li – “I Follow Rivers”
Toro y Moi – “Still Sound”
Gorillaz – “Empire Ants (Miami Horror Remix)”
Teamsv vs. Star Slinger – “Punch Drunk Love”
Siriusmo – “Signal”
Fujiya & Miyagi – “Yoyo”
Cut Copy – “Pharaohs & Pyramids”
Rainbow Arabia – “Without You”
BNegão & os Seletores de Freqüência – “Reação (Panela II)”
Two Door Cinema Club – “Cecilia”
Florence & the Machine – “Postcards from Italy”
Carox – “Hotel”

Vamo lá.

Vida Fodona #245: A contagem regressiva das 75 melhores músicas do ano passado

Por que 75? Porque eu quis. Feliz ano novo!

Bo$$ in Drama – “I’ve Got Tonight”
Lucy & the Popsonics – “Multitarefa”
Garotas Suecas – “Olhos da Cara”
Miami Horror + Kimbra – “I Look to You”
Franz Ferdinand + Marion Cotillard – “The Eyes of Mars”
Florrie – “Call 911 (Fred Falke Remix)”
Karina Buhr – “Plástico Bolha”
80Kidz + Lovefoxxx – “Spoiled Boy”
Maquinado – “Pode Dormir”
ZZT – “ZZAfrika”
Eli “Paperboy” Reed – “Name Calling”
Arcade Fire – “The Suburbs”
Sleigh Bells – “Infinity Guitars”
Vampire Weekend – “Giving Up the Gun”
Duck Sauce – “Barbra Streisand”
Bidê ou Balde – “Me Deixa Desafinar”
Mombojó – “Papapa”
Sebastien Tellier – “Look”

Vem junto.

As 75 melhores músicas de 2010: 72) Miami Horror + Kimbra – “I Look to You”

72) Miami Horror + Kimbra – “I Look to You

Single novo do Miami Horror

Sempre uma ótima pedida.

Miami Horror x Bo$$ in Drama

Péricles passou seu verniz pós-disco e extraiu os elementos New Order da deliciosa “Sometimes” e, se não fosse o vocal, seu remix podia muito bem passar por uma faixa do Chromeo. E vocês sabem como eu adoro Chromeo, portanto..


Miami Horror – “Sometimes (Bo$$ in Drama Remix)