Robert Smith, David Bowie e heróis

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Excelente a entrevista que a querida Tramontina fez com o Bob Smith, que se apresenta no Brasil essa semana, depois de 17 anos da última vez. Destaco o trecho em que ela pergunta sobre os heróis do homem-Cure:

Sempre fui inspirado por David Bowie, Jimi Hendrix e Alex Harvey, o cantor escocês. Todas estas pessoas me inspiraram ao longo dos anos –grandes guitarristas, grandes compositores, grandes cantores. Eu me inspiro em grandes escritores também. Há escritores realmente bons, mas eles não são verdadeiros heróis. Eu desisti de saber mais sobre as pessoas que poderiam ser meus heróis há muito tempo porque elas sempre me decepcionam. Eles sempre fazem algo, em algum momento, que me faz pensar: “Ah, p***, que inferno! Isso é terrível!” E isso tira do coração o seu amor por eles. Então, eu meio que estou dividido entre querer saber sobre as pessoas que eu admiro, na esperança de que eles serão indivíduos realmente bons, e temendo que eles, na verdade, vão me chocar por serem idiotas, mesmo que eles façam uma bela arte.

A primeira vez que eu encontrei David Bowie eu o entrevistei para uma estação de rádio. Nós tivemos uma discussão sobre o valor da arte, e se seria o próprio artista a validade daquilo ou a obra em si. Eu disse que o artista é inteiramente responsável pela arte e, portanto, você tem que respeitá-lo e amar o artista se você respeitar a arte. E Bowie argumentou que o trabalho artístico era tudo o que importava, e não a pessoa. Na verdade, eu não acho mesmo que muitas pessoas estão qualificados para serem grandes. Você tem que saber que muitos artistas realmente grandes são totalmente idiotas na vida real. É um truque. Se eu tenho herói é David Bowie, mas eu discordo completamente de suas opiniões sobre a própria arte, assim como para outras coisas na vida. Então, como é que ele pode ser o meu herói? É muito difícil. E o herói, para mim, é a pessoa que você gostaria de ser. Então eu não tenho um herói. Eu nunca tive ninguém que eu acho que é realmente grande. E eu ainda não tenho certeza se há um ser humano sobre a Terra para ser isso.

A entrevista é inteirinha boa e vale conferir na íntegra.

Como foi a Noite Trabalho Sujo com o Danilo Cabral + Mariana Tramontina + Pablo Miyazawa

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Eu nem ia aparecer, mas aí bateu a vontade e fui me juntar ao Pablo, à Tramontina e ao Danilo numa noite inacreditável – a cara de satisfação das pessoas nas fotos da Bárbara abaixo descreve bem a sensação da festa. E nessa sexta tem a Alyssa e a Debbie, que tocam no Audac, de Curitiba. Quem vai?

 

Noites Trabalho Sujo apresenta Danilo Cabral + Mariana Tramontina + Pablo Miyazawa

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Quem toma conta da Noite Trabalho Sujo hoje é o compadre Danilo Cabral, que convidou o casal Pablo Miyazawa e Mariana Tramontina – que já tocaram em outras edições da Noite – para esmerilhar nos CDJs. Por isso espere boas doses de música pop e um pézinho um pouco mais pesado nos anos 90, especialidade do casal, além de doses cavalares de indie rock e dance music. Danilo faz o contraponto com os grooves pesados, o rock clássico e a nova música pra dançar do século 21 – e assim a noite está garantida. Quem vai? Quem desconhece as coordenadas da festa pode ficar sabendo tanto na página do evento no Facebook quanto no site do Alberta. E pra mandar seu nome para a lista de desconto, basta mandar email pro noitestrabalhosujo@gmail.com até às 19h. Simbora!

Como foi a Noite Trabalho Sujo com o Danilo Cabral e a Mariana Tramontina

A festa passada pegou fogo – e o Danilo e o Mari não deixaram a pista esvaziar nenhum minuto! As fotos da Bárbara, abaixo, falam por si. E essa semana, se tudo der certo, é a minha última longe das pistas, mas antes da minha volta, o Pattoli faz as honras com o Hector, essa sexta.

 

Noites Trabalho Sujo apresenta Danilo Cabral x Mariana Tramontina

E para esquentar esse feriado, o papa do rock clássico Danilo Cabral recebe a musa indie Mariana Tramontina e juntos os dois promoverão uma viagem por diferentes hits e fases da história da música pop recente, mantendo sempre aquele clima alto astral típico da melhor sexta-feira de São Paulo. Para quem ainda não conhece o esquema, as coordenadas estão no site do Alberta ou na página do evento no Facebook. E para mandar nomes para a lista de desconto, basta enviá-los para o email noitestrabalhosujo@gmail.com. Quem se atreve?

Enquanto isso, no SXSW…

O Lúcio (que estreou esta semana no Estadão) viu o XX e o Miike Snow, enquanto a Tramontina (que tá cobrindo o evento pro UOL) viu o JJ em uma igreja. Olha só:

Além desses, outros shows que eu queria ter visto foram os do Washed Out e do Memory Tapes, que tocaram juntos no fim de semana, mas não encontrei vídeo em canto nenhum. Alguém tem notícia?