Um pulo no Página Não Encontrada

E já que estou ressuscitando participações em podcasts alheios, desta vez puxo aqui minha participação no Página Não Encontrada, programa que o Pablo Miyazawa toca com o Pedro Só e com o Marcelo Ferla, em que fui convidado para falar do trabalho que fizemos conjuntamente na edição impressa mais recente da revista Rolling Stone, quando nós quatro dissecamos a discografia de quatro ícones da música brasileira que completaram 80 anos em 2022: Ferla foi de Caetano, Pablo foi de Milton, Pedro de Paulinho e eu fui de Gil. E conversamos sobre a vida e obra destes quatro pensadores brasileiros enquanto falamos sobre o processo de realizar esta edição.

Ouça aqui.  

Rolling Stone com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Milton Nascimento na capa

Mais uma vez colaboro com mais uma edição impressa da revista Rolling Stone. Depois do especial sobre os 40 anos do rock dos anos 80, desta vez a efeméride é a celebração dos 80 anos da geração nascida em 1942. Na capa da revista, quatro dos principais pilares da música brasileira – Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Milton Nascimento e Caetano Veloso – e suas obras dissecadas a partir de suas discografias – e colaborei ao lado de três compadres, cada um encarregado de reluzir a grandeza de seus perfilados através de seus álbuns. Assim, Pablo Miyazwa envereda pela obra de Milton Nascimento, Pedro Só embarca na carreira de Paulinho da Viola e Marcelo Ferla disseca a discografia de Caetano Veloso. Coube a mim deschavar a gigantesca coleção de discos (são SETENTA E TRÊS DISCOS) do maior artista vivo no Brasil hoje, o mestre Gilberto Gil, e ainda repercuti sua importância com dois devotos conterrâneos, Russo Passapusso e Josyara. Só esses trabalhos já tornam a edição suculenta, mas como se não bastasse ainda há pérolas do arquivo da revista – inclusive do tempo em que não era publicada no Brasil – reverenciando outros artistas nascidos neste ano mágico: duas entrevistas com Paul McCartney feitas nos anos 70 (uma antes de ele sair dos Beatles), um perfil de Aretha Franklin feito em 1974, um tributo a Tim Maia, uma reportagem sobre os planos de Jimi Hendrix antes de morrer e uma entrevista com Brian Wilson feita em 2015. A nova Rolling Stone tem uma tiragem baixa e só está às vendas nas bancas do Rio de Janeiro e de São Paulo – é praticamente uma edição de colecionador. E só corrobora minha tese de que a revista é o vinil do jornalismo (e que as redes sociais são o seu Napster), mas isso é outro papo…

Jornalismo-Arte: Marcelo Ferla

Em mais um programa dedicado a cobrir o jornalismo que cobre música, desta vez vou ao Rio Grande do Sul, conversar com o compadre Marcelo Ferla, que passou por rádio e gravadora antes de começar a escrever reportagens e fazer entrevistas. Colunista da Zero Hora nos anos 90, ele logo entendeu a mudança na área com a chegada da internet e passou a produzir conteúdo para diferentes projetos enquanto conseguia tocar suas próprias iniciativas – e repasso sua trajetória numa conversa que tenta expandir os horizontes da área.

Assista aqui.  

Como foi o show do DeFalla na semana passada

Ferla conta mais sobre o show do De Falla da semana passada:

E foi logo na terceira música do Lado A, “Sodomia”, quando o sempre provocativo vocalista Edu K dissertou algo na linha do “qualquer amor vale a pena”, que se revelou (ou se relembrou, neste caso) porque o De Falla é diferente para o mundo do roquenroll brasuca – para os gaúchos têm ainda mais significados, que vão surgir logo ali embaixo.

As fotos são do Fernando Halal, que deixou o link nos comments.