D2, Criolo, Rappin Hood, Don L, BNegão, Brown, Emicida e outros se posicionam contra o fascismo nas eleições brasileiras ao ler o manifesto Rap pela Democracia em uma só voz.
Eles criaram um site para explicar melhor o que está em risco – confere lá.
D2 volta a dar o ar de sua graça depois de quatro anos parado com o primeiro capítulo do álbum-visual que pretende lançar no fim do ano, mais precisamente no dia 5 de novembro, quando completa cinquenta anos de idade. Marcelo explicou o conceito do próximo álbum ao Matias Maxx na Vice, mandando a letra sobre o que podemos esperar:
O filme é uma ficção não linear que conta a história desse cara que nasce numa favela não pacificada do Rio de Janeiro, tem as tretas dele lá, tem que sair do morro fugido, um cara que cresceu gostando de arte, mas vindo de um lugar violento arte era quase que uma utopia na vida dele. Depois disso ele encontra uma modelo e artista plástica francesa que vem estudar Tarsila do Amaral e modernismo aqui no Rio e aí eles acabam se encontrando e a vida tá ótima, mas o passado o atormenta. Eu vejo uma molecada de revólver na mão tirando onda, e me veio à cabeça que isso daí qualquer otário faz, empunhar um revólver e se achar foda, agora quer ver amar, segurar bronca mesmo, de ter amor, carinho e compaixão pro próximo. Amar é para os fortes! E a história é meio sobre isso, tem sexo, drogas e rap.
O clipe de “Resistência Cultural” foi todo filmado com celular, além de produzido e dirigido pelo novo crew de Marcelo, chamado Mulato. A música ainda conta com participações de Siba e do Hélio Bentes, vocalista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, e é uma clara tentativa de Marcelo se reconectar com seu passado recente, quando, logo após sair do Planet Hemp, começava a reconfigurar o hip hop brasileiro traçando pontes com outras musicalidades e usava a política como cultura – e vice-versa.
Mas ainda não bateu. As referências estão corretas, o flow é bom como sempre, a estética é bonita, a mensagem foi passada. Mas há algo entre a melodia do refrão e a forma como o auto-tune é usado que não transforma esta canção no que ela poderia ser, um hit pesado, que marcasse realmente a volta de D2 à praça. Mas é só o começo, vamos ver o que vem por aí…
Ween – “What Deaner Was Talkin’ About”
Aphex Twin – “syro u473t8+e [141.98]” (piezoluminescence mix)”
Ruido/mm – “Cromaqui”
Beulah – “Don’t Forget to Breathe”
Mopho – “Caixa de Vidro”
Raul Seixas – “How Could I Know”
Rita Lee + Lúcia Turnbull – “Gente Fina é Outra Coisa”
Dizzy Gillespie – “Matrix”
Dom Um Romão – “Caravan”
Cassiano – “Onda (Fatnotronic Edit)”
Marcelo D2 – “Fazendo Efeito”
Los Amigos Invisibles – “Mujer Policia”
Ariel Pink – “Put Your Number In My Phone”
Courtney Barnett – “Pickles From The Jar”
Arnaldo Antunes – “Ela é Tarja Preta”
Pato Fu – “Cities in Dust”
Gilberto Gil – “Palco”
Marcos Valle – “Batucada”
Blue Swede – “Hooked On A Feeling”
Gilberto Gil – “Back in Bahia”
Mutantes – “Mande um Abraço pra Velha”
Mombojó – “Procure Saber”
Lana Del Rey – “West Coast (Munk Remix)”
AlunaGeorge – “Kaleidoscope Love (Kaytranada Edition)”
Scissor Sisters – “I Don’t Feel Like Dancing (Linus Loves Vox)”
Jagwar Ma – “Uncertainty (Cut Copy Remix)”
Beastie Boys – “A Year and a Day”
Dr. Octagon – “Al Green”
Marcelo D2 + Black Alien + BNegão – “O Império Contra-Ataca”
Le Tigre – “Nanny Nanny Boo Boo (Junior Senior Remix)”
Jaden Smith – “Pumped Up Kicks (Like Me)”
Tame Impala – “Keep on Lying”
Alt-J – “Left Hand Free”
Spoon – “Do You?”
Prince – “Purple Rain”
É tipo um Charlie Brown Jr. piorado com um Squaws de quinta categoria (segue uma tradição carioca, no entanto, de bandas ruins de hip hop, todos os filhotes do Planet Hemp). Mas o moleque é novo, tem tempo pra evoluir…
Na boa, até quando isso aí tudo vai parar de ser associado a entretenimento e música popular no Brasil? Tem alguém que salva desses aí de cima? Não tou falando em passado, mas em relevância atual. Talvez só a Pitty – e isso porque eu sempre sou gente boa com ela.