Vinteonze: Falar do momento, criar uma gíria

Sem esquecer que neste sábado temos a festa de 15 anos do Trabalho Sujo e o primeiro baile Veneno de 2011, terceira fusão de nossos esforços artísticos e primeira que sai do âmbito do áudio digital (Comentando Lost e Vinteonze sendo as duas primeiras), dedicamos o primeiro programa de abril essencialmente à música e, veja só, principalmente brasileira. Abrimos este Vinteonze falando do novo disco de Marcelo Camelo para depois depois falarmos da nova cena jazz de São Paulo, do Criolo Doido, de psicodelia brasileira, do livro da Cosac & Naif sobre o João Gilberto e do Cansei de Ser Sexy, além de fazer a leitura dos comentários sobre o programa passado, contracomentados por nós dois. Na trilha, a grande unanimidade de Caetano Veloso, Transa foi um disco escolhido por sua curta duração e também é assunto de nosso papo furado. E, porra, é o Transa, né?


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0004“ (MP3)

Vazou o disco do Marcelo Camelo

Ainda em 128 Kbps… Quem avisa é o Popmata.

Updeite: O disco é bom…

Vida Fodona #274: Continuar diário pelo menos até o fim dessa semana

Até amanhã sigo diário. Já segunda… who knows.

Bárbara Eugênia – “Por Aí”
Diagonais – “Novos Planos Para o Verão”
Dr. John – “I Walk on Guilded Splinters”
Spoon – “Well Alright”
Garotas Suecas – “Você Não é Tudo Isso Meu Bem”
Doors – “Moonlight Drive”
Strokes – “Games”
Primal Scream – “Inner Flight”
Happy Mondays – “Donovan”
Marco Van Bastard – “Slow Life Stand”
Mutantes – “Jogo de Calçada”
Rolling Stones – “Sway”
Fall – “C.R.E.E.P.”
Knocks – “Ain’t Too Proud to Beg”
Dorgas – “Loxhanxha”
Marcelo Camelo – “Ô-ô”
Holy Ghost – “Do It Again”
Domenico Lancelotti – “Cine Privê”

Siga-me.

E o disco novo do Camelo já vazou?

Alguém sabe? Porque tá pra sair…

On the run 80: Rock’n’Beats Alexandre Matias MyMixtape

Que tal começar a semana comigo? Foi ao ar ontem no programa que o Rock’n’Beats tem na rádio do site da MTV (ufa!), um setzinho que fiz pra eles – é uma espécie de best-of do Vida Fodona, pra quem acompanha, nada de novo – só o filé. E além de aproveitar pra dizer que em breve tenho novidades sobre mais discotecagens por aí (Gente Bonita e solo, em São Paulo e fora de São Paulo), antecipo que hoje já invento uma novidade maluca no Vida Fodona. Mas, por enquanto, som (e a foto do post é de quando discotequei na Cultura, em 2009):

Rock’n’Beats Alexandre Matias MyMixtape (MP3)

Nina Becker – “Toc Toc”
Warpaint – “Undertow”
Marcelo Camelo + Marcelo Jeneci – “Doce Solidão”
Starfucker – “Born”
Gorillaz – “Empire Ants (Miami Horror Remix)”
Lykke Li – “I Follow Rivers”
Ariel Pink’s Haunted Grafitti – “Bright Lit Blue Skies”
Generationals – “Trust”
Juliana R. – “Dry These Tears”
Pomplamoose – “September”
Bird and the Bee – “Private Eyes”
Tulipa Ruiz – “A Ordem das Árvores”
Mapuche – “She Unsaid”
Washed Out – “I Feel It All Around”
Teen Daze – “Let’s Fall Asleep Together”
I Blame Coco – “Quicker”

Como Kátia Lessa levou o artista plástico Biel Carpenter à capa do novo disco de Marcelo Camelo

Eis a capa de Toque Dela:

Camelo, via assessoria, explica:

“A pintura é do Biel Carpenter, artista que nasceu em Marília, interior paulista e que mora atualmente em Curitiba. Ele fez antes do CD e de eu tê-lo chamado. Eu o conheci navegando na internet, mais especificamente no blog da Katia Lessa, o Kakaos. Foi por causa desta pintura que resolvi chamá-lo. Coloquei a imagem no meu computador e ela foi ganhando força e significado à medida em que aprontava o disco. Depois o chamei para cuidar de toda parte gráfica do CD”

Kátia entrevistou o Biel sobre o assunto.

Impressão digital #0050: Marcelo Camelo no YouTube

Minha coluna no 2 foi sobre o veículo de lançamento do novo single do Camelo.

A nova do Camelo
O YouTube é o novo rádio?

Como você ficava sabendo de uma música nova há uns dez anos? Muito provavelmente, pela rádio. Ou, se a música em questão não fosse tão popular, você esperaria o lançamento do disco e o compraria na loja. Mas em dez anos, graças à internet, muita coisa mudou. Rádios e lojas de discos continuam por aí, mas não são mais a forma exclusiva – ou pelo menos, não mais a primeira alternativa – para quem quer conhecer algum artista novo. Veja o que aconteceu nesta semana.

Marcelo Camelo, ex-vocalista do grupo carioca Los Hermanos, lançou seu primeiro disco solo em 2008 – um disco hermético e pouco pop, como se o compositor quisesse fugir da aura popular que sempre pairou sobre sua banda. Rodrigo Amarante, o outro vocalista do grupo, saiu pela tangente e montou o Little Joy com integrantes de outras bandas, incluindo o baterista dos Strokes, o brasileiro Fabrício Moretti. Sem a necessidade de fugir do clima pop dos Hermanos, o Little Joy parecia comemorar os prazeres da vida sem se preocupar com o que os ouvintes iriam dizer.

E isso criou uma expectativa: será que o próximo disco de Marcelo Camelo teria alguma influência de Little Joy? Será que Marcelo teria percebido que não precisava se preocupar tanto com o que as pessoas iriam pensar do seu trabalho e voltar a fazer música fácil?

Outro fator que influenciava essa nova fase de Camelo era o fato de ele estar namorando a pequena Mallu Magalhães, cantora revelada na internet com atributos pop que eram inevitavelmente influenciados pela banda do atual namorado, embora não diretamente. Será que a convivência com Mallu fez Camelo soar mais leve?

A partir da simples Ô ô (é, o nome da música é só isso), tudo indica que sim. A novidade, no entanto, não está apenas no fato de a música corresponder às expectativas do ouvinte que esperava algo mais pop e tranquilo. Mas sim o fato de Camelo ter escolhido a internet para lançar sua canção. Mais do que a internet, o YouTube. E em vez de simplesmente lançá-la, optou por apresentá-la aos poucos, com pequenos vídeos com poucos segundos da faixa, que começaram a ser postados na segunda-feira passada.

Dez segundos em um dia, 10 em outro, mais 10 na quarta-feira e na quinta-feira Ô ô era revelada integralmente. Os fãs, claro, amaram. Mas, mais do que agradar aos fãs, Camelo fez que sua nova música atingisse um público que, de outra forma, levaria mais tempo para ouvir a nova canção.

Sinal dos tempos. O YouTube é um dos principais veículos de comunicação de nossa época e muitos o utilizam como continuação da televisão (não deu para assistir ao Jô ou ao jogo no dia anterior? Alguém já subiu no YouTube, no dia seguinte), e mais gente ainda, como rádio. Sim, há muita gente que escuta música no YouTube. E Camelo sabe disso.

Marcelo Camelo – “Ô ô”

Boa música, valeu a (micro)espera 🙂

Muito bem, Marcelo…

Tá bonito. Veremos amanhã essa história inteira…

Marcelo Camelo 2011

Vem música nova aí. Foi a Mallu ou o Jeneci que acenderam essa vaibe Little Joy no Camelo? Se ele voltar pro pop… Ah, se ele voltar pro pop…