Dois fundadores de clássicas escolas da guitarra elétrica nacional se encontraram neste domingo na última apresentação do evento Guitarra à Brasileira quando Armandinho Macedo recebeu Manoel Cordeiro em uma pororoca de solos e riffs que contagiaram o público que compareceu ao Sesc Avenida Paulista. Acompanhado de Yacoce Simões (teclado), Cesário Leony (baixo) e Citnes Dias (bateria), o fundador do A Cor do Som e herdeiro direto da tradição do trio elétrico começou a noite lembrando de parcerias com Fausto Nilo e Moraes Moreira e contando a história do instrumento que criou e ajudou a popularizar, a guitarra baiana, até que recebeu um dos mestres da guitarrada paraense para um dueto explosivo. A tradição baiana de Armandinho, embebida nos ijexás, no samba-reggae, no frevo pernambucano e no hard rock, iniciou um duelo instrumental com a escola caribenha carregada de soul norte-americano e temperos latinos, que poderia durar horas que o povo estaria dançando até agora. Um encontro raro e maravilhoso, que não deveria ficar só nessa apresentação.
Tulipa encerra o ciclo de seu ótimo Dancê neste fim de semana, quando consegue reunir todos os convidados de seu terceiro disco no palco do Sesc Pompeia. É um senhor time: o trio Metá Metá, pai e filho Cordeiro (seu Manoel e Felipe), o baterista Sergio Machado e o guru João Donato juntam-se à banda dela – que ainda conta com seu pai Luiz Chagas numa guitarra e seu irmão Gustavo Ruiz na outra – para tocar músicas do álbum de Tulipa e outras de seus repertórios – e é caminho natural para o disco de encontros que foi Dancê, nas palavras da própria cantora, que, à distância, consegue entender o EP Tu, lançado no ano passado, como desdobramento deste processo. Bati um papo com ela sobre o show destas noites de sábado e domingo (mais informações aqui) e ela chegou até a falar em disco novo…
Três anos depois, como você vê Dancê?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/tulipa-ruiz-2018-tres-anos-depois-como-voce-ve-dance
Qual foi o principal aprendizado deste disco?
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Como o disco conversa com Tu, que você lançou antes de encerrar o Dancê?
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Fazer um show com todos os convidados sempre esteve nos planos?
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Dá pra esperar alguma surpresa deste show?
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E quais os próximos passos a partir deste show de encerramento?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/tulipa-ruiz-2018-e-quais-os-proximos-passos-a-partir-deste-show-de-encerramento
Pai de Tulipa e Gustavo Ruiz e guitarrista do Isca de Polícia, a mítica banda de Itamar Assumpção, o mestre Luiz Chagas finalmente começa a revelar seu faceta solo a partir das 20h desta quinta-feira, no Itaú Cultural, quando mostra músicas que vinha guardando na gaveta num show chamado Música de Apartamento acompanhado de uma banda que conta com Fábio Sá no baixo, Biel Basile na bateria, o filho Gustavo no violão e Chicão Montofarno nos teclados, além da presença de Ná Ozzetti, Suzana Salles, Gustavo Galo, Juliana Perdigão, Tulipa Ruiz, Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro (mais informações aqui). Conversei com o seu Luiz sobre esta nova fase de sua carreira.
Como surgiu a ideia de começar um novo trabalho a partir de um show?
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O que é “Música de Apartamento”?
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Quem é a banda que tocará contigo neste show?
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Você já irá gravar o disco ou é um processo que está sendo maturado ao vivo?
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A volta do Isca de Polícia foi determinante para este novo trabalho?
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Como este trabalho conversa com o seu trabalho com a Tulipa e o Isca de Polícia?
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Quais os próximos passos a partir deste show de quinta-feira?
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Mais uma música nova do terceiro disco da Tulipa que dá as caras antes do lançamento oficial. A deliciosa “Virou”, composta e tocada ao lado de Felipe Cordeiro e seu pai Manoel Cordeiro, é o outro extremo de um disco que apresentou-se requebrando com a oitentista “Proporcional” – que, acreditem, é só um gostinho do novo disco, que surpreende. E muito.
Duas gerações da música paraense, Felipe Cordeiro e seu pai, Manoel Cordeiro, recriam o clássico de Gilberto Gil em uma versão incrível.
E por falar em Pará, terça que vem tem a Gang do Eletro no Prata da Casa.