Vida Fodona #300: Mais uma etapa

E assim começo mais um álbum, o Volume IV.

Chromeo – “When The Night Falls (Sammy Saxy Bananas Remix)”
Das Racist – “People Are Strange”
Pickwick – “Blackout”
Lana Del Rey – “Kinda Outta Luck”
Mallu Magalhães – “Shine Yellow (Deeplick Remix)”
Talking Heads – “Once in a Lifetime”
Foster the People – “Call It What You Want”
Weeknd + Kenton Dunson – “The Morning (Chi Duly Remix)”
Rapture – “How Deep is Your Love? (A-Trak Remix)”
Sandália de Prata – “Check My Machine”
Bexiga 70 – “Dub de Malaika (Victor Rice Afro Dub)”
Cícero – “Tempo de Pipa”
Fabio Góes – “Amor na Lanterna”
Girls – “Alex”
Neon Indian – “Arcade Blues”
Wilco – “Speak Into the Rose”

Vem.

Vida Fodona #299: Encerrando mais um ciclo

É o final do Volume III.

Dire Straits + Sting – “Money for Nothing”
Foster the People – “Pumped Up Kicks (Skeet Skeet Show Edit)”
Flight Facilities – “Crave You (GoSpaceship Remix)”
Pony Pony Run Run – “Hey You”
Gang do Eletro – “Velocidade do Eletro”
Dikó – “Amor Sem Fim”
Cults + Superhuman Happiness – “Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê”
Mallu Magalhães – “Shine Yellow (Deeplick Remix)”
Kassin – “Quando Você Está Sambando”
Holy Ghost – “Wait and See”
Rapture – “Can You Find a Way?”
Justice – “Audio, Video, Disco”
LeeDM101 – “History of a Lonely Heart”
Twin Sister – “Bad Street”
Glitch Mob – “Fortune Days”
Wilco – “Black Moon”
Girls – “Myma”

Colaê.

Mallu pulando no ritmo

E aqui ela explica como, apenas pedindo pra irmã pular, compôs o reagguinho que o Deeplick remixou.

Mallu Magalhães também chama o verão

Na verdade, com uma mãozinha do Deeplick, que fez esse remix incrível pra “Shine Yellow”. Ronaldo que me mostrou. Segura!


Fernando DeepLickMallu Magalhaes – Shine Yellow (DeepLick Remix) (MP3)

Mallu e Camelo numas de fazer vídeos

Acho tão foda eles serem tão foda-se. Ache fake ou pretencioso, mas eles tão mais é certos de se curtirem assim.

“A tua mina tá gamada, hey boy…”

Mallu manda Mutantes.

Curti.

Toda a felicidade de Mallu Magalhães…

…ao completar seu terceiro disco.

Impressão digital #0067: O terceiro disco de Mallu Magalhães

A minha coluna no 2 do domingo foi sobre o disco da Mallu Magalhães e a forma como ela vem o divulgando online.

Mallu ao vivo
Blogando vida e obra

“Último dia de mixagem. Terminamos Moreno do Cabelo Enroladinho e fizemos Lonely. Amanhã é o dia de refazer o que falta ou precisa. Temos uma ou duas prioridades, mas estamos contentes com o resto. Acho que estou prestes a sofrer aquela tristeza do pós-disco… Aquele vazio, aquela insegurança… Preciso arrumar o que fazer… Acho que vou inventar de gravar uns clipes.”

Assim Mallu Magalhães chega aos finalmentes de seu terceiro disco, num post em seu blog publicado na sexta passada, resumindo o dia anterior. “Dia 27 de julho de 2011… #54 em estúdio” é o título do post, um dos muitos em que, em seu site, mallumusic.com, descreve o diário da gravação do novo álbum.

Mas não apenas um diário de gravação. É o diário de Mallu. É um blog no sentido mais essencial do formato. Não são notícias, informações que poderiam render notinhas ou análises sobre qualquer conjuntura atual. São pequenas epifanias caseiras, recortes de um cotidiano íntimo, às vezes pessoal demais, que transbordam para a internet. No mesmo post em que comemora e lamenta o fim do processo de gravação, ela divaga: “Enquanto Victor (Rice, técnico de som do disco) timbrava os últimos detalhes de Moreno do Cabelo Enroladinho, eu bordava numa das aquarelas que havia pintado ontem. E um feixe de luz colorido veio banhar minha obrinha. Não demorou, Vic ficou também impressionado e sugeriu novas posições. Fotografei o tal arco-íris nos meus pés, cabeça e à minha volta. Só pode ser um bom e lindo sinal de alegria para o Pitanga.”

Muita gente torce o nariz, acha forçado, acha fake, acha bobo. “Haters gonna hate”, repete o meme-mantra da internet que pode ser traduzido como “sempre vai ter alguém que odeie”. E Mallu, coitada, sempre foi alvo desses ‘haters’. Desde que surgiu empunhando seu violãozinho aos 15 anos, cantando Dylan e Johnny Cash com sua vozinha frágil e virou um dos melhores exemplos brasileiros de uma artista que usou a internet para se estabelecer, ela é alvo de brincadeiras, chacotas, paródias e pragas. As coisas não melhoraram quando ela começou a namorar Marcelo Camelo – outro que, ainda nos Los Hermanos, cansou de ser vítima da fúria de um público xingando tudo confortavelmente nos computadores de casa. Juntos viraram motivo para piadas de toda a sorte – algumas boas, a maioria bobas. Mas não os abalou.

E, mais que isso, não abalou Mallu. Prestes a completar 19 anos, ela deixa o mesmo ar lúdico de suas letras e melodias invadir seu blog, abrindo seu coração e mente sem medo de se expor ao ridículo. Ela não bloga porque ajuda no marketing, porque o empresário pediu ou porque cai bem com o público. Não que esses motivos não existam, mas ela mantém o blog pelo mesmo motivo que faz música: é natural para ela. Portanto, como reza outro mantra online, “deal with it” (“lide com isto”).

Mallu: Entre pensar e dizer

Mallu pensa alto enquanto bloga o fim do terceiro disco, que chama-se Pitanga:

Seja como for, voltando a mais um pensamento que tive no dia de hoje, tenho tido dificuldade com o exato, o certeiro. Tenho até ficado mais quieta e quem está perto de mim acha que estou triste.

Não estou triste coisa nenhuma, só não tenho o que dizer. É que na maioria das vezes que abro a boca me arrependo logo que meu cérebro percebe no tempo-espaço essa idéia materializada em palavras.

Além de tudo, minhas idéias parecem ótimas e incríveis na minha cabeça, parecem gigantes, imensas, complexas e completas.

Diferente de quando vem à tona nas palavras.

A s p a l a v r a s l i m i t a m .

Lhentendo, Mallu. Sem ironia, que eu não curto isso. E isso é fase, não esquenta que passa. E volta. E passa de novo.

Mallu Magalhães 2011

Lá vem disco novo da menina… O que esperar?