De volta à Oz do Pink Floyd

Tirei o domingo cedo pra prestigiar o Sonoriza do Belas Artes, sessão do cinema de rua mais tradicional de São Paulo que convida artistas para fazer a trilha sonora ao vivo de um filme que é exibido na telona, que recebeu mais uma vez a improvável mas já clássica junção do filme O Mágico de Oz (de 1939) com o disco Dark Side of the Moon do Pink Floyd (de 1973), desta vez conduzida pela ótima banda cover Pink Floyd Dream. O mashup inusitado teria sido um experimento feito pelo Pink Floyd original quando estava produzindo seu disco mais emblemático, sincronizando as passagens das músicas, interligadas umas às outras no álbum conceitual, com as mudanças de cenas de um dos filmes mais tradicionais da era de ouro de Hollywood, mas a banda já desmentiu sem sucesso tantas vezes esse rumor que acabou aceitando – e incluindo os personagens do filme na montagem da capa de seu disco ao vivo de 1995 (Pulse) – e o que era uma lenda urbana tornou-se um ritual feito pelos fãs ao longo das décadas seguintes. Lembro de ter escrito para o Estadão, ainda nos anos 90, uma matéria sobre o feito que exigia que o espectador colocasse o disco para tocar quando o leão da Metro Goldwyn Meyer rugisse pela terceira vez para que a sincronização acontecesse, e de ter conduzido esse experimento de maneira analógica (com vinil e VHS) inúmeras vezes para visitas em casa. Por isso foi muito legal voltar para Oz ao som de Roger, David, Ricky e Nick mais uma vez numa tela de cinema de fato e com músicos tocando o disco ao vivo – duas vezes e meia! Claro que a primeira sincronia é a que soa melhor (especificamente quando “The Great Gig in the Sky” torna-se a trilha sonora para o furacão ainda em preto e branco e “Money” sonoriza a chegada de Dorothy a uma colorida Oz), mas a sessão – lotada! – encantou todos os presentes, elevando a sensação de viver uma nota de rodapé de um dos grupos mais importantes da história do rock a um experimento multimídia. Parabéns ao Belas e especialmente ao Pink Floyd Dream, que aceitou o desafio e o cumpriu à risca.

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Cidadão Instigado de volta a Oz


(Foto: Karine Gallas/Divulgação)

Já que o clássico Dark Side of the Moon está completando 50 anos, o grupo cearense Cidadão Instigado anuncia em primeira mão para o Trabalho Sujo que resolveu voltar ao disco que celebra há dez anos juntando a apresentação do disco na íntegra com a exibição do filme O Mágico de Oz, sincronizando filme e disco para celebrar a eterna lenda urbana de que o grupo inglês teria feito o disco como uma espécie de trilha sonora alternativa para o filme de 1939. As primeiras apresentações do disco ao vivo neste novo formato acontecem dias 5 e 6 de maio no Sesc Ipiranga, em São Paulo, mas o grupo já está conversando com outras cidades para levar o espetáculo numa turnê para o resto do Brasil, passando por Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, Salvador e outras cidades que se interessarem pela apresentação. Os ingressos para o show de São Paulo começam a ser vendidos em breve.

4:20

oz

The Dark Side of Oz

Um clássico revisitado, mastigadinho pra quem nunca viu. Aperte play, apague a luz, clique em fullscreen e boa viagem…

Cinehipster

Mais uma do Shiznit.

Mais cinema minimal ainda

Desta vez, à brasileira:

Pedro Vidotto é brasiliense e criou um monte de outros posters do tipo – todos em seu site.

Se você gostou desses, sugiro também o espanhol Hexagonall, o americano Brandon Schaefer, o Supertrunfo de fontes do Face 37, os livros-game de Olly Moss, os filmes de papel do Spacesick, os pôsteres do polonês Grzegorz Domaradzkis, o Tarantino do canadense Ibraheem Youssef, a filosofia pop do Mico Toledo e os super-heróis pulp de Steve Finch.

O Mágico de Oz… DOIS

Não vai dando idéia

Se eu tivesse um cérebro

E por falar em Pink Floyd e Flaming Lips, já ouviram essa versão pra “If I Only Had a Brain” que os Lips gravaram pro jogo Stubbs the Zombie?


Flaming Lips – “If I Only Had a Brain

Hein? Como assim você não sabe o que o Pink Floyd tem a ver com o Mágico de Oz?

The Dark Side of the Rainbow

É, lenda velha, já até tinha postado no Sujo, mas os vídeos saíram do ar e com o gancho dos Flaming Lips, resolvi repostar. Mas você sabia que o Dark Side of the Moon pode funcionar como trilha sonora para o Mágico de Oz? Antigamente, pra ver isso, tinha que fazer altos malabarismos com o vídeocassete e o CD player, mas em tempos do YouTube, é só dar o play (se bem que os dois vídeos que eu achei – aí embaixo – só podem ser vistos no próprio YouTuba).

Só achei essas duas cenas, se alguém arrumar link pro filme todo, avisaê.

Mais McCauley

Falando nele, perca um tempo no saite dele, vale a pena: