Hoje no Prata da Casa: Madrid

E a atração que abre o segundo semestre da minha curadoria no Prata da Casa do Sesc Pompéia é o Madrid – projeto do Adriano e da Marina depois que deixaram suas bandas anteriores (o Cansei e o Bonde, respectivamente). O esquema do Prata você já sabe: chega às 20h para pegar o ingresso (que é gratuito) e o show começa uma hora depois. Abaixo o texto que escrevi para a programação do evento. Vamo lá?

Adriano Cintra e Marina Vello pertencem a gerações e cidades diferentes, mas seus destinos se cruzaram quando duas de suas bandas atingiram o sucesso no exterior. Adriano foi o arquiteto da ascensão do Cansei de Ser Sexy e depois de anos entre as canções do Ultrasom e as guitarras do Butchers’ Orchestra, investiu na dance music de um grupo formado por ele – à bateria nos primeiros anos e à guitarra nos últimos – e um bando de garotas da moda. Já Marina era uma das vozes do Bonde do Rolê, o improvável trio de funk carioca de Curitiba que apelava para a pornografia e para a escatologia enquanto assumia os berros sobre o batidão. Os dois grupos foram os líderes brasileiros da chamada “geração MySpace”, quando a internet permitiu que grupos daqui tivessem uma exposição maior no exterior. Meia década depois daquela época e já fora dos dois grupos, Marina e Adriano se reencontraram apaixonados pela canção e, no formato piano e voz, deixam para trás a juventude do indie pop para abraçar melodias e arranjos adultos, longe da pista de dança ou dos shows de rock.

O primeiro show do Madrid

Outro debut da semana passada foi a estréia da nova banda do Adriano e da Marina, que fizeram show no Secreto.

Marina Vello + Adriano Cintra = Madrid

E o tal My Dirty Fingers – parceria da Marina (ex-Bonde do Rolê) com o Adriano (ex-Cansei de Ser Sexy) – evoluiu para o Madrid (acrônimo dos dois nomes, sacou?) – e, com a mudança, uma nova vertente, menos despretensiosa que o que ouvimos anteriormente, com Adriano voltando para o piano, que não toca desde os tempos do Ultrasom. Promete.