Na segunda edição do Inferninho Trabalho Sujo na Casa de Francisca, duas bandas da pequena gravadora paulistana em ascensão Selóki Records tomaram conta do clássico templo da música brasileira em São Paulo, ao trazer duas camadas de hipnose ruidosa que espalharam uma tensão noise inédita em seu Porão. A noite começou com a aparição da Madre de Luiza Pereira, grupo em que a ex-vocalista da banda Inky dissolve suas tensões pessoais e exerce sua paixão pela microfonia melódica acompanhada de um trio demolidor, formado por Desirée Marantes (na segunda guitarra), Theo Charbel (no baixo e vocais) e Martin Simonovich (na bateria). Mostrando músicas de seu disco de estreia, Vazio Obsceno, Luiza surfou em câmera lenta na névoa elétrica de sua banda, deixando o clima da noite no ponto para a segunda atração da sexta.
Depois foi a vez dos cinco Madrugada fechar mais uma edição do Inferninho Trabalho Sujo em sua estreia na Casa de Francisca. Paula Rebellato, Otto e Yann Dardenne, Raphael Carapia e Cacá Amaral promoveram mais uma vez seu ritual kraut, partindo da repetição mecânica num loop quadrado – mas em constante movimento pela banda ter dois bateristas, Yann e Cacá! -, que arredonda com a marcação quase funky do baixo minimalista de Otto, que também estabelece balizas vocais para o ritmo e as expansões sensoriais promovidas pelos dois sócios do Porta: de um lado Paula repete frases nos synths enquanto roga juras de libertação, do outro Rapha faz sua guitarra rugir em abstrato ao enterrá-la constantemente em seu amplificador. A massa sonora do quinteto rapidamente tomou conta do ambiente, dragando todas as atenções para aquela missa profana que celebrava a força de uma tempestade, entre relâmpagos e trovões. Absurdo.
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Mais uma vez o Inferninho Trabalho Sujo chega ao Porão da Casa de Francisca, desta vez dia 4 de abril, sexta em que reunimos dois shows intensos e elétricos da nova geração de bandas desta década, começando a noite com a nova versão do grupo Madre, liderado por Luiza Pereira, que agora conta com Desirée Marantes na segunda guitarra, e seguindo com o mantra circular e tribal do quinteto Madrugada, com duas baterias e muita fé no krautrock. E enquanto as bandas não estiverem no palco, a discotecagem, como sempre, fica comigo, que mantenho o clima elétrico da noite. Os ingressos já estão à venda neste link. Vamos?
Começamos as comemorações de um ano de Inferninho Trabalho Sujo nesta sexta-feira ao reunir duas jovens deusas do rock que estão começando a mostrar seus trabalhos e colocar as garras de fora. A carioca Janine apresentou-se pela primeira vez fora de sua cidade com um convidado na segunda guitarra Marco Antônio Benvegnú, o homem por trás do codinome Irmão Victor, e mostrou que sensibilidade e peso podem caminhar lado a lado e mesmo que sua aparência frágil parecesse indicar ao contrário. Além de Marco, ela contava com sua banda habitual (Bauer Marín no baixo e Arthur Xavier na bateria) e alternava seus vocais entre um microfone e um gancho de telefone, que distorcia sua voz, fazendo uma apresentação concisa e na mosca.
Depois de Janine foi a vez de Luiza Pereira (ex-vocalista da banda Inky) mostrar toda a força de seu novo projeto solo, Madre. Formando um trio ao lado da baixista Theo Charbel e do baterista Gentil Nascimento, ela aumentou consideravelmente o volume e transformou seu trio em uma usina noise que ia pro extremo oposto da leveza de sua voz, rugindo eletricidade como se sempre tivesse feito isso da vida. E só quando passou da meia-noite – e quando comecei mais uma pista daquelas com a comadre Francesca Ribeiro – que alguém veio me cumprimentar pela escolha de duas bandas pouco convencionais para comemorar o dia do rock – e eu nem me lembrava que tinha isso! Mas quando o assunto é comemoração, aguarde que a próxima edição do Inferninho, dia 25, será épica e histórica! Aguarde e confie.
O primeiro Inferninho Trabalho Sujo do semestre também marca o início das comemorações de um ano da festa no Picles! E nessa sexta-feira, 12 de julho, tenho o prazer de receber duas deusas do rock em um encontro que promete: primeiro, direto do Rio de Janeiro, temos a elétrica Janine e, daqui de São Paulo, a intensa Madre, que farão duas apresentações irmãs e intensas, acendendo o fogo que vai queimar a noite toda. E depois das apresentações ao vivo, eu e Fran mais uma vez tomamos conta da pista incendiando a noite com hits que não deixam ninguém parado! O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros, os shows começam a partir das 22h e a noite vai até alta madrugada! Queima!