João Gilberto, 1950


João, de bigodinho, no alto da foto

E esse arquivo que inclui, além dos dois primeiros compactos de João Gilberto antes de lançar seu primeiro LP (“Chega de Saudade” e “Desafinado”), três compactos com os Garotos da Lua, o conjunto vocal em que João era crooner nos anos 50, em sua primeira vinda ao Rio de Janeiro (quando ficou conhecido pelo apelido “Zé Maconha“)? Incrível…


Garotos da Lua – “Amar é Bom

O segredo do campeão

Phelps pego com a boca na botija.

Leitura Aleatória 250


Bill in Ash Vegas

1) É: filme do He Man. Fudeu
2) Obama assina lei de igualdade salarial entre homens e mulheres
3) E a história do rapper Joaquin Phoenix é mesmo caô
4) “Blowing in the Wind” vira jingle
5) Polícia descobre plantação de maconha pelo Google Earth na Suíça
6) Neil Gaiman de novo no cinema, dessa vez via Neil Jordan
7) Robbie Williams de volta ao Take That?
8) Disco novo do Super Furry Animals a caminho
9) A edição de luxo do disco novo do Morrissey vem com um papo dele com o Russell Brand (isso deve ser realmente bom)
10) USP disponibiliza obras raras em sua biblioteca virtual

Leitura Aleatória 249


Meremail

1) Pornô 3D?
2) Strokes começam a trabalhar no novo disco
3) Molly Rigwald grávida de gêmeos
4) Ziggy Stardust no Coachella 2009?
5) 7 podcasts para designers
6) Chris Rock fala sobre seu documentário chamado Cabelo Bom
7) Inglaterra muda classificação da maconha
8) Wikipedia começa a sair do texto
9) Sinais da “crise”: Mad deixa de ser mensal
10) Paul McCartney vai casar de novo (só entende quem namora…)

Leitura Aleatória 248


Autumn84

1) Precisamos de um novo modelo de educação?
2) Obama reforma o site da Casa Branca trazendo-o para o século 21
3) Maconha que não é maconha
4) O legado musical da era Bush
5) 10 atrizes pornô que usam o Twitter
6) A onda agora é “slow fashion” e “luxo modesto” (que piada…)
7) Google recorre ao STF contra abertura de dados do Orkut sem autorização judicial
8) MC Joaquin Phoenix: real ou piada?
9) Guel Arraes refilma O Bem Amado, de Dias Gomes
10) Darwin fracassou?

Leitura Aleatória 247


three15bowery

1) VINTE ANOS de Midsummer Madness
2) Warner Bros. cortará 800 empregos nas próximas semanas
3) Por que a maconha é ilegal?
4) Dono da Furacão 2000 vira secretário de Cultura no RJ
5) Aposentadoria da TV analógica americana pode ser adiada
6) Música sobre ex-gay causa polêmica no festival de Sanremo (isso tem cara de viral pessoal…)
7) Woody Allen pra Scarlett Johanssen: “Quer motivação? Seu salário!”
8) Danny Boyle quer filmar novo “Extermínio”
9) Trilheiro de Slumdog Millionaire – o “Mozart de Madras” – já vendeu mais de 200 milhões de discos
10) Iron Maiden vai lançar documentário em longa metragem

Foda-se, é natal: Sóóóóóóóóóóóó…

Capitão Presença se lança à criação coletiva

Enquanto as luxuosas instalações do Marriott Hotel recebem, em Copacabana, no Rio de Janeiro, a cúpula mundial do conhecimento compartilhado ao redor de sua grife mais reluzente – a marca Creative Commons –, um informal baixo clero deste mesmo setor reúne-se em Ipanema, numa pequena loja de quadrinhos, roupas e assessórios alternativos, para celebrar a entrada no mainstream de seu produto mais bem recebido pelo mercado – o super-herói Capitão Presença.

“As Aventuras do Capitão Presença” (Conrad) não apenas consagra a inspiração coletiva instigada em toda uma geração de cartunistas como oficializa a carreira de Arnaldo Branco, o criador do personagem, que criou-se na internet e aos poucos come pelas beiradas do sistema: tornou-se colaborador fixo da revista “Bizz” e tranpôs a revista independente “F.” para a mesma Conrad que agora o publica em livro.

Natural que este lançamento acontecesse sob o manto de seu personagem mais popular, o herbífumo voador que reacende a questão das drogas no imaginário coletivo brasileiro – em seu caso, especificamente, a maconha. Enquanto nomes que se tornaram referências canábicas tupiniquins, como Gil, D2 ou Gabeira, hoje pigarreiam antes de começar a falar do assunto (sem contar as pára-quedistas Soninha e Luana Piovanni, que, sem querer, levantaram e deram bandeira ao mesmo tempo), o Capitão Presença esfrega na cara a familiaridade não apenas com a maconha, mas com o submundo da droga que o Brasil alimenta e finge não alimentar.

E não apenas do ponto de vista legal, mas também social, medicinal, artístico ou rotineiro. Afinal, não custa lembrar que o único super-poder do personagem é ter maconha na hora em que as pessoas precisam de maconha. Olha como o malandro carioca foi se reinventar…

Não é mero humor feito para quem usa drogas, como o excesso de obviedade parece supor. Este, tal como seus em pares de outras eras (Freak Brothers, Cheech & Chong e Wood & Stock), é só mais um elemento de crítica a este suposto público-alvo.

Isso, claro, sem o mínimo pudor ou formalismo intelectual, no humor sempre amargo de Arnaldo, que logo criou toda uma fauna ao redor do personagem, com nomes que falam por si, como o pidão Super Aba, o cachorro Malhado e o vacilão Mané Bandeira. Não bastasse seu universo, Presença ainda foi lançado para presidente da república neste ano, numa campanha em que o personagem promete “acabar com a seca não apenas no nordeste, mas em todo o Brasil”.

Mas o que une o encontro de Copacabana com o happy hour em Ipanema é o fato do personagem ser, na prática, um exemplo de conhecimento compartilhado e produção coletiva. Criado em duas tiras por Arnaldo, Presença ganhou vôo próprio e passou a ser redesenhado por cartunistas e ilustradores de sua geração que, a despeito (ou justamente por causa) das drogas, passaram a criar o personagem de forma coletiva – e assim Arnaldo publicou o personagem (como todo o livro) na licença Creative Commons. E enquanto no iCommons discute-se generosidade intelectual em palestras e workshops, esta mesma generosidade é celebrada, à brasileira, sem tanta teoria e com mais diversão – e longe, embora menos de um bairro de distância, dos gringos.

AS AVENTURAS DO CAPITÃO PRESENÇA
Editora: Conrad
Quanto: R$ 25 (144 págs)
Lançamento: hoje, às 19h, no La Cucaracha (r. Teixeira de Melo, 31-H, Ipanema, Rio, tel. 0/xx/21/2522-0103)

Esse texto saiu na Folha dessa sexta

As megacorporações, as drogas, a internet e a mídia

McDonald’s e Maconha, Coca-Cola e cocaína.