Magnetismo de longa data

O Campo Magnético que batizou o encontro de Maurício Takara e Guizado nesta quarta-feira no Centro da Terra é o da convivência artística. Os dois já participaram juntos de inúmeros shows e projetos, tocando seus próprios trabalhos ou em bandas de outros artistas numa amizade que atravessa décadas. Mas os dois nunca tinham estado sozinhos num mesmo espaço para criar juntos e entraram numa sintonia fina cada um com suas ferramentas: Takara disparando samples, bases eletrônicas, puxando percussão e até um trumpete piccolo, enquanto Guizado conduziu a partir de seu instrumento, o trumpete, processado por um computador, em que adicionava efeitos, e também sampleando a própria voz. Foram duas longas imersões em que a conexão musical dos dois era quase palpável.

Assista aqui:  

M. Takara + Guizado: Campo Magnético

Dois instrumentistas gigantes, cada um deles ja dono de uma temporada inteira no Centro da Terra, retornam ao palco do Sumaré para um encontro único. Maurício Takara e Guizado juntam seus instrumentos-base, a bateria e o trompete, respectivamente, a pedais, plugins e synths para desconstruir canções dos respectivos repertórios nesta quarta-feira, na apresentação Campo Magnético. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.

Arrebatamento em câmera lenta

O ano começou em alto nível com a primeira apresentação musical no Centro da Terra neste início de fevereiro. Em rápida passagem pelo Brasil, Carla Boregas e Maurício Takara, que agora residem em Berlim, mostraram a fluidez hipnótica de seu Grande Massa D’Água ao lado da flautista Marina Cyrino, brasileira que foram conhecer em Berlim. Entre percusões hetéreas, sopros percussivos e drones eletrônicos, os três percorreram diferentes áreas do inconsciente coletivo enquanto deformavam nossa noção de tempo em um espetáculo ao mesmo tempo cru e sofisticado. Um jeito fantástico de começar um ano que já começa quente.

Assista abaixo:  

M. Takara + Carla Boregas: Grande Massa D’Água

Começamos os trabalhos do Centro da Terra em 2023 com a apresentação que Maurício Takara e Carla Boregas, que agora residem em Berlim, fazem especialmente para o primeiro espetáculo musical do ano no teatro do Sumaré. Os dois passam uma temporada no Brasil e convidaram a flautista brasileira Marina Cyrino, que conheceram na Alemanha, para viajar pelas ondas de seu trabalho mais recente. Segundo disco da dupla, Grande Massa D’Água, foi lançado no final do ano passado pelo selo inglês Hive Mind e pelo selo paulista Desmonta, e reflete o período em que os dois foram morar no litoral paulista, no começo da pandemia, e, cercados entre a praia e a cachoeira e passando dias inteiros sob a chuva foram inspirados a trabalhar o experimentalismo musical que fazem a partir de uma sonoridade líquida. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados antecipadamente aqui.

Centro da Terra: Fevereiro de 2023

Vamos começar o ano no Centro da Terra? A curadoria de música do nosso querido teatro do Sumaré retoma os trabalhos já no primeiro dia de fevereiro e durante este mês teremos espetáculos de segunda a quarta. A primeira apresentação marca o retorno de Carla Boregas e M. Takara aos palcos do teatro, quando recebem a flautista Marina Cyrino para o espetáculo Grande Massa D’Água já na primeira quarta-feira do mês. Dia 6 é dia de receber o cantor e compositor Lucas Gonçalves, que se reúne a Lucca Simões, apresentando o espetáculo Se Chover. Na primeira terça-feira do mês, dia 7, quem retorna aos palcos do teatro é Izzy Gordon, revisitando o repertório de sua tia, Dolores Duran, numa apresentação que deve transformar-se em disco, ao lado de uma banda formada só por mulheres, incluindo a participação de sua mãe, irmã de Dolores, Denise Duran. Na quarta-feira, dia 8, Anna Vis convida Kauê e Caxtrinho para uma apresentação única, costurando seus repertórios num encontro inédito Mais Que Uma Canção, Menos Que Um Amor. Na segunda-feira dia 13 é a vez de Chico Bernardes repassar canções de seu primeiro disco solo e antecipar algumas de seu próximo álbum, além de fazer algumas versões, no espetáculo Rádio Chico. Na terça, dia 14, a curitibana Bruna Lucchesi traz seu espetáculo Quem Faz Amor Faz Barulho, dedicado à obra, especificamente às canções, do poeta conterrâneo Paulo Leminski. Dia 15 quem apresenta-se no teatro é Sophia Chablau, que vem em versão solo, mostrando canções conhecidas e inéditas no espetáculo Só. E depois do carnaval, no dia 27, primeiro recebemos Marcela Lucatelli, que traz seu Brazilian Songbook pela primeira vez ao Brasil, e, no dia seguinte, dia 28, é a vez do encontro inédito de duas das principais bandas pesadas do Brasil, os paulistanos Test e os paraibanos Papangu. E aproveite para conhecer o novo restaurante Shakshuka, no terréo do teatro, que agora abre desde a hora do almoço – e traz refeições e drinks. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados antecipadamente neste link.

Ponto Takara

Maurício Takara foi convidado pela diretora Laura Artigas para compor a trilha sonora de seu segundo documentário, O Ponto Firme, lançado no ano passado, em que ela acompanhou o estilista Gustavo Silvestre na criação do Projeto Ponto Firme, em que desenvolveu sua coleção de roupas em crochê ao lado de detentos de uma penitenciária em Guarulhos para ser apresentada durante o São Paulo Fashion Week de 2018. Só agora a trilha composta por Takara compôs ao lado de seu parceiro de Baobab Club, Henrique Diaz, chega às plataformas digitais e quem conhece o trabalho dos dois vai reconhecer as camadas de ambient e percussão, synths e beats que se entrelaçam como os pontos de crochê do filme. Duas de suas faixas, “O Ponto Firme” e “O Ponto Baixo”, compõem o primeiro lançamento do selo Scream & Yell, do Marcelo Costa, em 2021 (dá pra baixar aqui).

Ouça a trilha e veja o trailer do filme aqui.  

Juliana R. + Carla Boregas + M. Takara: Margem

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Texturas eletrônicas, elétricas e acústicas se encontram nesta segunda-feira, no Centro da Terra, quando recebemos com a maior satisfação o espetáculo Margem, a partir das 20h (mais informações aqui). Concebido por Juliana R., Maurício Takara (do Hurtmold) e Carla Boregas (do Rakta), a apresentação marca o terceiro encontro do trio no palco e conversei com a Juliana sobre o que esperar desta segunda-feira.

CCSP: Junho de 2019

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Olha só como vai ser o mês de junho da curadoria de música do Centro Cultural São Paulo:

1/6) Paulo Neto – O cantor e compositor pernambucano apresenta seu disco Rosário de Balas, às 19h
2/6) Hermeto Pascoal – Apresentação gratuita do bruxo, que apresenta seu conceito de Música Universal, às 18h
6/6) Marina de la Riva – A cantora carioca mostra seu disco mais recente, às 21h
9/6) Verônica Ferriani – A cantora e compositora paulista transforma seu disco mais recente, Aquário, num pequeno concerto, às 18h
12/6) Associação Livre Invisível – A big band mostra seu disco Trânsito, com participação de Dani Nega, às 21h – de graça
13/6) Gabriel Thomaz Trio + Doctor Explosion – A banda instrumental do líder dos Autoramas lança seu primeiro disco com a participação do veterano grupo espanhol
15/6) Nill + Yung Buda – Dois dos principais nomes da Soundfood Gang dividem o palco da Adoniran, às 19h
16/6) Bárbara Eugenia – A cantora carioca lança seu Tuda, às 18h
18 e 19/6) Alice Caymmi – Ela começa a mostrar seu novo disco Electra, às 21h
20/6) Samuca e a Selva – O grupo mostra músicas de seus discos Madurar e do mais recente Tudo que Move é Sagrado
22/6) Guitar Days: Pin Ups + Twinpines + Wry + Sky Down A exibição do documentário Guitar Days finalmente acontece no festival In Edit, que também traz este minifestival indie – de graça, às 18h
23/6) Tinta Preta + M. Takara + Carla Boregas + Juliana R. – Dois projetos do coletivo A Onda Errada invadem a sala Adoniran Barbosa, às 18h
27/6) Beto Montag – O músico mostra as canções de seu disco Psycoletivo, às 21h
29/6) Jaz Coleman – O líder do Killing Joke vem para o Brasil em uma apresentação solo, às 19h
30/6) Negro Leo – Ele finalmente começa a colocar em prática seu Desejo de Lacrar, com grande elenco, às 18h

Rakta à flor da pele

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Sem alarde, as Rakta começam a mostrar seu novo disco, Falha Comum, o primeiro desde Rakta III, de 2016. De lá pra cá, a banda fundada por Carla Boregas e Paula Rebellato passou por um mudança considerável na formação, com a mudança da baterista Nathalia Viccari para Buenos Aires e a entrada de Maurício Takara em seu lugar – o que inevitavelmente as levou para um lugar menos punk e mais etéreo, reforçando a camada ritualística de seus shows. O novo disco, que será lançado dia 1° de abril, já tem capa e nome das músicas (abaixo) e o primeiro single, “Flor da Pele”, que mostra o rumo gótico e psicodélico que aos poucos elas estão tomando.

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“Falha Comum”
“Flor Da Pele”
“笑笑”
“Fim Do Mundo”
“Estrela Da Manhã”
“Miragem”
“Ruína”

M. Takara e Valério no CCSP

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Neste sábado, Maurício Takara lança seu novo EP Música Resiliente Para Pessoas e Lugares na mesma apresentação que o Valério, de Guarulhos, também lança o seu, Meio do Céu. Os shows começam às 19h (mais informações aqui).