Imensa satisfação receber a querida Lulina com seu espetáculo em construção Onde é Onde? nesta terça-feira, 21 de maio de 2019, no Centro da Terra. A cantora e compositora pernambucana está prestes a lançar seu próximo álbum, o primeiro desde Pantim, de 2013, e chama parte dos músicos que a acompanharam neste processo – o tecladista Dudu Tsuda, o baterista Thomas Harres, o guitarrista Maurício Tagliari, o percussionista Igor Caracas e o baixista Bubu – para maturarem este novo repertório no pequeno palco do Sumaré. Conversei com ela sobre este espetáculo feito sob medida para o Centro da Terra, quando mostra suas novas canções que estarão em um seu próximo disco (mais informações aqui).
Mantendo a frequência…
Juliana R. – “El Hueco”
Thurston Moore – “See-Through PlayMate”
Ava Rocha – “Continente”
Elliot Smith – “Let’s Get Lost”
Bonifrate – “Rã”
Mutantes – “El Justiciero”
Lô Borges – “Faça Seu Jogo”
Rolling Stones – “Memo From Turner”
Javiera Mena – “Luz De Piedra De Luna”
Glue Trip – “La Edad Del Futuro”
Paul McCartney – “The Back Seat Of My Car”
Pavement – “Grounded”
Cure – “Lullaby”
Sebadoh – “2 Years, 2 Days”
João Leão – “Unwritable”
Lulina – “Argumentos”
Marcelo Cabral – “Ela Riu”
Legião Urbana – “Central do Brasil”
Há dez anos alimento a idéia de uma festa vespertina. Que começaria um pouco antes de um almoço lento e demorado num sábado, teria chefs convidados e bandas e DJs tocando um sonzinho tranqüilo à medida em que a tarde cai. Cheguei a tentar algo do tipo na época da Gente Bonita, quando comecei a conversar sobre isso com o pessoal do Espaço +Soma, mas não foi pra frente – e olhando em retrospecto, foi bom que tenha sido dessa forma. Até que, quando o Alberta #3 suspendeu suas atividades por quase três meses no início do segundo semestre, bateu a crise de abstinência de discotecagem e comecei a caçar lugares onde poderia fazer uma edição extra das Noites Trabalho Sujo. Falei com o velho compadre Dago sobre a disponibilidade de noites do Neu e ele me falou que pra agendar alguma noite tava meio em cima da hora e emendou “mas estamos começando a fazer festas no domingo, começando a tarde e o próximo domingo está vago…”
Plim!, acendeu-se a velha lâmpada sobre minha cabeça. Acionei os suspeitos de sempre da Noites Trabalho Sujo – meus queridos irmãos Babee, Danilo e Pattoli – e o Klaus, com quem já vinha conversando sobre esse tipo de festa devido a afinidades sonoras, e os lembrei da idéia da Sussa. “Vamos nessa!”, responderam todos em uníssono digital. O famoso “plus a mais adicional” veio por intermédio da minha esposa, cujo recém-sócio Bruno Alves (2014 promete!), estava disposto a levar seus hambúgueres artesanais, que ele só fazia para os amigos, para a rua. Acionei o Silvano, que faz os flyers das Noites Trabalho Sujo, para pensar em um conceito visual para a festa, criei uma conta no Instagram apenas para a novidade, conversa daqui, conversa de lá e no dia 29 de setembro estreamos a primeira Sussa no quintal do Neu. O tempo estava dos piores, aquele domingo domingo nublado em que você implora para não ter de sair da cama, mas mesmo assim 70 heróis vieram ver o que seriam a versão vespertina da festa que começou no Alberta #3.
A festa evoluiu intercalando edições entre o Neu e a Casa do Mancha – pois já havia assuntado outro velho compadre, o Mancha, quem havia chamado para dividir outra festa na Trackers, sobre a possibilidade de fazer uma Sussa em sua casinha na Vila. Soube que a Fefa vinha para São Paulo com seus Sweet Grooves, que já acompanhava via internet, e perguntei se eles não queriam fazer uma jornada dupla depois da festa em que tocariam no sábado, e eles vieram. Na edição seguinte, o Dago perguntou se eu não era a fim de fazer shows e, no domingo anterior à terceira edição da festa, morreu o Lou Reed. Perguntei pra Lulina se ela não animava fazer um show em homenagem ao nosso herói e, no estilo “vambora” que tem sido uma das marcas da festa, ela topou e ensaiou um show em menos de uma semana. Na última edição do ano foi a vez de colocar Rafael Castro e Bárbara Eugênia para tocarem músicas próprias e de compositores de sua geração. E o tempo frio foi desanuviando, o sol começou a abrir e o clima foi ficando cada vez mais na medida.
Enquanto o Bruno virava seus Kød Burgers Artesanais e o som variava entre o Washed Out, o Blood Orange e os Boogarins, crianças corria pelo quintal e a pista virava atração secundária – estamos mais preocupados em fazer uma boa trilha sonora pra gente legal bater papo numa tarde de domingo do que fazer as pessoas dançar. E o povo vinha me cumprimentar sobre a iniciativa, que para mim sempre me pareceu inevitável e, com o passar dos anos, óbvia. Às vésperas dos 40 anos (faço 39 no próximo dia 13), muitos amigos que lamentam não poderem ir às minhas outras festas noturnas (ou por terem filhos pequenos ou por não se verem mais fora de casa depois das três da manhã) finalmente puderam comparecer e aos poucos estou definindo meu futuro na manha. Fora que depois de uma certa idade, a noite fora de casa perde um pouco o sentido se for além de um jantarzinho.
Só tivemos cinco Sussas até agora. Por isso, aproveito esse momento retrospectiva 2013 para agradecer publicamente o empenho de quem esteve diretamente envolvido na festa – Dago, Gui e o povo do Neu, Mancha, Tomáz e a rapeize da casinha, Klaus, Danilo, Babee e Pattoli (que ainda tá devendo a discotecagem numa Sussa – do ano que vem não passa!), a Dre (♥) e a Helena (♥) que toparam fotografar, além da Lulina, Bárbara Eugênia, Rafael Castro e os Sweet Grooves, que aceitaram tocar de tarde quase sempre de supetão – e de coração aberto. A festa já é um sucesso graças ao carinho de vocês – e prometo fazer tudo para que 2014 seja bem mais… Sussa 😉
Que vibe boa essa do domingo passado – o dia ajudou pacas e tivemos a primeira Sussa com sol de verdade, um prenúncio pras próximas, de verão. Além de mim e do Klaus no som, tivemos ainda a presença da Babee discotecando, que pode discotecar pela primeira vez no quintal do Neu, puxando o som do mais pro indie do século 21. Os já tradicionais e festejados hambúrguers do Bruno dividiram espaço com os cupcakes da Mariana e o domingo terminou lindo com a Lulina levando devotos do Lou Reed a uma missa de sétimo dia velvetundergroundiana. Um dia perfeito – e um belo início das comemorações dos 18 anos do Trabalho Sujo (nesse sábado tem mais!).
Lulina – “After Hours” / “Waiting for the Man”
Tem mais vídeos que fiz na festa do show da Lu e as fotos da Helena logo abaixo:
Vamos seguir naquela vibe vespertina, sem pressa, no sossego? A terceira SUSSA também dá o início às comemorações dos 18 anos do Trabalho Sujo, que acontecem durante o mês de novembro. E para comemorar num clima perfeito, chamamos a Lulina para reverenciar o mestre Lou Reed, que nos deixou no domingo passado. Além dela, que está ensaiando clássicos da carreira solo de Lou além de hinos do Velvet Underground, Matias, chamou Babee e Klaus Kohut pra tocar músicas menos conhecidas de artistas que você mal ouviu falar, que vão do indie fofinho ao future R&B, passando por música brasileira, chillwave e uma pitada de folk. O clima é aquele que você já sabe: mais sossegado e mais intimista, a desculpa perfeita para você sair de casa sem precisar se preocupar em encontrar carão. E além dos já tradicionais Kod Burgers teremos também cupcakes!
SUSSA – Tardes Trabalho Sujo
Domingo, 3 de novembro de 2013
Show: Lulina celebra Lou Reed
DJs: Babee, Alexandre Matias e Klaus Kohut
Neu Club
Rua Dona Germaine Burchard, 421. Água Branca. (mapa)
Telefone: 3862-0481
Aceita os cartões MasterCard, Visa, Diners
Ingresso: R$ 15 (com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com) e R$ 20 (sem nome na lista)
Horário: Domingo, a partir das 16h20
Ela volta a dar notícias, desta vez com a primeira música nova de seu novo disco, Dumbo, gravada ao lado da Juliana R., Laura Wrona, Lulina e de seu filho de oito anos. Ficou massa.
Daquele jeito que você gosta…
Holy Ghost – “Bridge and Tunnel”
Cut Copy – “Free Your Mind”
!!! – “One Girl/One Boy”
Arcade Fire + David Bowie – “Just a Reflektor”
RAC + MNDR + Kele – “Let Go”
Azealia Banks + Pharrell – “ATM Jam (Kaytranada Edition)”
Robin Thicke + Pharrell + T.I. – “Blurred Lines (Nehzuil RnB Remix)”
The Internet – “Dontcha”
Chela – “Romanticise”
Emicida + Dona Jacira – “Crisântemo”
Cícero – “Fuga no. 3 da rua Nestor”
Washed Out – “All Over Now”
Arctic Monkeys – “I Wanna Be Yours”
Bixiga 70 – “Retirantes”
MGMT – “Cool Song No. 2”
Garotas Suecas – “Pode Acontecer”
Of Montreal – “Obsidian Currents”
Bárbara Eugenia – “O Peso Dos Erros”
Lulina – “Areia”
Franz Ferdinand – “Oblivion”
Os The Darma Lóvers – “Toda Verdade”
Ela liberou na semana passada, mas só consegui publicar a primeira faixa de Pantim, o segundo disco da Lulina, agora. A foto da capa do disco – acima, lindaça – foi tirada pela sogra dela.
Nome: Juçara Gomes e a Banda Que Se Foda
Ouça: Apresentação da banda no Puxadinho da Praça
Os dramas do cotidiano corporativo e a rotina de executivos e funcionários reclamada depois do expediente serviram de inspiração para a cantora Juçara Gomes, avistada pela pernambucana Lulina num happy hour na Vila Olímpia. Encantada com o talento recém-descoberto, Lulina não apenas apadrinhou Juçara como chamou sua própria banda para servir de conjunto de apoio em músicas tristes e irônicas que sempre falam de rotina e trabalho, como “Trabalho Logo Existo”, “Tem Que Gozar” e “Samba do Desentregado”, que, como Lulina diz, descrevem “suas tragédias e comédias”. Rebatizados como Banda Que Se Foda, a banda de Lulina fez apenas um único show com Juçara, mas a cantora recifense adianta que até o final do ano o disco Ao Vivo na Vila Olímpia será lançado para download.
“Prisioneira de um crachá
A vagar no horário de almoço pela Vila Olimpia
Como num quilo legal
E volto pra trabalhar
Mas recebo um sinal
O meu crachá não quer passar”
Desmagnetizada
Minha energia está em baixa
Desmagnetizada
Tudo culpa dessa vibe carregada”
“Trabalho, logo existo
Na Grécia Antiga isso não rolaria
Trabalho, exercício
Bate-estaca construindo o meu vício
Meu job foi presente de grego
O palco pra encenar uma vida
Graças a Zeus eu tenho trabalho
Minha comédia e tragédia
Trabalho, meu cargo é de otário”
Mais novidades por aqui.
Eis outro disco que estou esperando com atenção…