Cinco horas de música – e feliz 2020!
Stormzy – “Vossi Bop”
Sophia Chablau + Uma Enorme Perda de Tempo – “Idas e Vindas do Amor”
Lucas Santtana + Duda Beat – “Meu Primeiro Amor”
Shawn Mendes + Camila Cabello – “Señorita”
Dua Lipa – “Don’t Start Now”
Lana Del Rey – “Fuck it I Love You”
Brockhampton – “Sugar”
Thiago Pethit – “Noite Vazia”
Sharon Van Etten – “Seventeen”
Chemical Brothers – “Got To Keep On”
Rakta – “Fim do Mundo”
Emicida + Dona Onete + Jé Santiago + Papilion – “Eminência Parda”
Clairo – “Bags”
O Terno – “Eu Vou”
Taylor Swift – “I Think He Knows”
Nill + Mano Will + Melk – “Jive”
James Blake + Rosalía – “Barefoot In The Park”
Beabadoobee – “I Wish I Was Stephen Malkmus”
Teago Oliveira – “Corações em Fúria (Meu Querido Belchior)”
Luisa e os Alquimistas – “Furtacor”
Yma + Lau – “Sun and Soul”
Wilco – “Before Us”
Saskia + Edgar – “Tô Duvidando”
Rakta – “Flor da Pele”
Mark Ronson + Lykke Li – “Late Night Feelings”
Jonnata Doll e os Garotos Solventes – “Edifício Joelma”
Lana Del Rey -“The Greatest”
Black Alien – “Take Ten”
Caribou – “You and I”
Guaxe – “Desafio do Guaxe”
Haim – “Summer Girl”
Deerhunter – “Timebends”
Lil Nas X + Billy Ray Cyrus – “Old Town Road”
BaianaSystem + Manu Chao – “Sulamericano”
Luedji Luna + Djonga – “Saudação Malungo (Nyack & Plim Remix)”
Chico Bernardes – “Sem Palavras”
Boogarins – “Sombra ou Dúvida”
Emicida + Majur + Pabllo Vittar – “AmarElo”
Weyes Blood – “Movies”
Jards Macalé – “Pacto de Sangue”
Ana Frango Elétrico – “Chocolate”
Tyler the Creator – “Earfquake”
Michael Kiwanuka – “Hero”
BaianaSystem + Antonio Carlos & Jocafi + Edgar + BNegão – “Salve”
Kaytranada + Kali Uchis – “10%”
Bárbara Eugenia – “Perdi”
Nill – “Mulher do Futuro Só Compra Online”
Toro y Moi – “Ordinary Pleasure”
Lulina – “N”
Metronomy – “The Light”
Siba – “Carcará de Gaiola”
Tyler the Creator – “I Think”
O Terno – “Pra Sempre Será”
Mateus Aleluia = “Confiança”
Weyes Blood – “Everyday”
Anderson .Paak + André 3000 – “Come Home”
Angel Olsen – “Lark”
Douglas Germano – “Tempo Velho”
Luiza Brina + César Lacerda – “De Cara”
Sessa – “Dez Total (Filhos de Gandhy)”
Lana Del Rey – “Hope Is A Dangerous Thing For A Woman Like Me To Have-But I Have It”
Juliana Perdigão – “Só o Sol”
Luisa e os Alquimistas + Catarina Dee Jah – “Sol em Câncer”
Jards Macalé – “Limite”
Def – “Alarmes de Incêndio”
Karina Buhr – “Amora”
Céu – “Make Sure Your Head is Above”
Alessandra Leão + Mateus Aleluia – “Ponto para Preto Velho”
Boogarins – “As Chances”
Lizzo – “Juice”
Billie Eilish – “Bad Guy”
Angel Olsen – “All Mirrors”
Ana Frango Elétrico – “Promessas e Previsões”
Douglas Germano – “Valhacouto”
Siba + Alessandra Leão + Mestre Anderson Miguel + Renata Rosa – “O Que Não Há”
Eis os 25 melhores discos brasileiros da segunda metade do ano segundo o júri de música popular da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), da qual faço parte.
Ana Frango Elétrico – Little Electric Chicken Heart
Bruno Capinan – Real
Céu – APKÁ
Chico César – O Amor É Um Ato Revolucionário
DEF – Sobre os Prédio que Derrubei Tentando Salvar o Dia
Elza Soares – Planeta Fome
Emicida – AmarElo
Jonnata Doll e os Garotos Solventes – Alienígena
Karina Buhr – Desmanche
Lello Bezerra – Desde Até Então
Lia de Itamaracá – Ciranda Sem Fim
Lucas Santtana – O Céu é Velho Há Muito Tempo
Luiza Brina – Tenho Saudade, Mas Já Passou
Luiza e os Alquimistas – Jaguatirica Print
Lulina – Desfaz de Conta
Marcelle – discoNeXa
MC Tha – Rito de Passá
Nill – Lógos
Rael – Capim-Cidreira
Saskia – Pq
Scalene – Respiro
Selvagens à Procura de Lei – Paraíso Portátil
Siba – Coruja Muda
Teago Oliveira – Boa Sorte
Yamandu Costa – Vento Sul
Além de mim, também fazem parte do júri José Norberto Flesch (Destak), Marcelo Costa (Scream & Tell) e Lucas Brêda (Folha de São Paulo). No primeiro semestre votamos nestes discos aqui.
Seguimos as comemorações dos 20 anos da gravadora YBmusic com um grande espetáculo no Auditório Ibirapuera, com uma big band composta por músicos, compositores e intérpretes que lançaram, cada um deles, seus próprios trabalhos solo pelo selo paulistano: o trombonista Allan Abbadia, o cantor Bruno Morais, o tecladista Danilo Penteado, o guitarrista Guilherme Kafé, a cantora Lulina, o trumpetista Guizado, o cantor Samuca, o percussionista Igor Caracas, a cantora Juliana Perdigão, o clarinetista Luca Raele, a cantora Luedji Luna, o cantor Marco Mattoli, a cantora Natália Matos, o tecladista Dudu Tsuda, o percussionista Nereu Gargalo, o cantor Paulo Neto, o guitarrista Rodrigo Campos, o cantor Romulo Fróes e o rapper Zudizilla – multiinstrumentistas, intérpretes e compositores que ajudaram a construir, com suas sensibilidades, um legado que será exposto num repertório composto por canções que construíram estas duas décadas de trajetória. Maurício Tagliari, maestro e sócio do selo, que estará no palco conduzindo este time, me convidou para assinar a direção artística desta apresentação, que acontece nesta sexta-feira, às 21h, no Auditório Ibirapuera (mais informações aqui).
Grandes mudanças vindo aí.
Billie Eilish – “Xanny”
Caetano Veloso – “Shoot Me Dead”
Lulina – “N”
Jonnata Doll e os Garotos Solventes – “Edifício Joelma”
Karina Buhr – “Amora”
Luisa e os Alquimistas + Catarina Dee Jah – “Sol em Câncer”
Lana Del Rey – “Doin’ Time”
Letrux – “Coisa Banho de Mar”
Glue Trip – “Closing Cycles”
Rita Lee – “Mutante”
Chemical Brothers – “The Private Psychedelic Reel”
N*E*R*D – “Things Are Getting Better”
Tyler the Creator – “I Think”
Nill – “Embalagens”
Céu – “Forçar o Verão”
Blood Orange – “Charcoal Baby”/”Vulture Baby”
Recapitulando…
Ana Frango Elétrico – “Promessas e Previsões”
Juliana Perdigão – “Só o Sol”
Beabadoobee – “I Wish I Was Stephen Malkmus”
Erik Batista – “Nvvem (Canção pra Vida Adulta)”
Neiva – “Pra Si”
Metronomy – “The Light”
Bárbara Eugenia – “Perdi”
Céu – “Coreto”
Taylor Swift – “I Think He Knows”
Karina Buhr – “Nem Nada”
Siba – “O Que Não Há”
Lulina + Maurício Pereira- “O Que é o Que”
Tyler the Creator – “Are We Still Friends?”
Lana Del Rey – “Hope Is A Dangerous Thing For A Woman Like Me To Have-But I Have It”
Douglas Germano – “Tempo Velho”
Elza Soares – “Lírio Rosa”
“Quando a gente quer sair de um disco para o outro, mas sair mesmo – ir de uma visão e abordagem à outra bem diferente –, às vezes leva tempo”, me conta a cantora e compositora pernambucana Lulina sobre seu novo disco, Desfaz de Conta, que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira. “Muita coisa que compus nos dois anos seguintes ao lançamento de Pantim, de 2013, tinha mais a ver com o Pantim do que com uma nova direção. Gosto de sair de um campo gravitacional musical e ficar perdida, flutuando, até ser puxada a outra situação que eu nem sabia que existia. E nesse trajeto, produzo e lanço meus discos caseiros, que são experimentos que desenham esse caminho de aprendizado e dão pistas de pra onde estou indo, mesmo que a rota mude repentinamente. Às vezes, esse caminho parece uma areia movediça, onde é preciso ter paciência com as frustrações. E de repente, a coisa vira uma pista de decolagem.”
Desfaz de Conta – que ela antecipa capa, feita pelo coletivo Bloco Gráfico, e nome das músicas em primeira mão para o Trabalho Sujo, abaixo – é, portanto, o primeiro disco de Lulina em seis anos, justo ela que é conhecida pela proficiência musical e que, anos antes de gravar seu primeiro álbum (Cristalina, que completa dez anos em 2019), lançava CD-Rs com versões caseiras de músicas que compunha de forma exponencial. O disco é um salto em relação aos trabalhos anteriores, principalmente pela agilidade que ela conseguiu no estúdio – onde mostrou as músicas pela primeira vez aos músicos que a acompanharam, também pela primeira vez.
O processo que culminou no novo disco – que já tem dois singles lançados, “Quem é Quem” e “O Que é o Que” – começou em 2014 mas passou a ganhar forma há dois anos, quando ela passou a dividir as composições com o amigo Ronaldo Evangelista e levou cerca de 40 canções para o produtor Maurício Tagliari começar o trabalho do zero. “Foi quando o Maurício sugeriu os músicos que deveriam dar forma a essas novas canções e colocou um desafio: não usar bateria em hipótese alguma, só percussão”, ela continua. Tivemos “um primeiro encontro com Thomas Harres e Gabriel Bubu pra ouvir juntos as gravações caseiras e dividir as primeiras impressões de arranjos possíveis. E o segundo encontro já foi em estúdio pra gravar, um mês depois, criando no improviso, sem nunca termos tocado juntos. Não fizemos mais do que dois ou três takes de cada canção, mas a maioria foi de primeira mesmo, um processo leve e divertido. Em quatro noites e um horário de almoço tínhamos o disco pronto”, ela lembra, falando das gravações que começaram no fim do ano passado. Além de Thomas e Bubu, o disco ainda conta com percussões de Igor Caracas, guitarras do próprio Maurício, synths e pianos de Dudu Tsuda, além de parceiros como Maurício Pereira, Guizado, Paulo Freire e Missionário José.
“Já admirava todos eles eu e há tempos queria inventar algo junto, mas foi o Maurício que coordenou essas combinações”, ela continua. “Para descobrir como seria essa formação ao vivo, fiz uma série de experimentos em shows chamados Onde é Onde, um na Casa Plana, outro no Centro da Terra e um último no CCSP. Em cada um, testei formatos inusitados, misturei músicos diferentes, improvisei arranjos novos. Comecei com três músicos me acompanhando, depois quatro, depois cinco. Espero fazer um show de lançamento com todos eles juntos, mas enquanto isso, experimento essas mutações, que são divertidas.”
Quando pergunto sobre o tema central do novo disco ela sai pela tangente. “Tem um tema central que costura diversos outros temas, mas explicar isso tira um pouco da graça, não? Acho que o nome do disco já dá uma pista. Além do mais, como diz a letra de uma das canções: ‘tudo o que se conta tem que dar um desconto, pois quem conta faz parte do conto'”, desconversa. “Tem só uma curiosidade que eu queria mencionar: boa parte das canções foram compostas durante ou após um banho quente – e isso é outra pista”, diverte-se.
E mesmo sem ter lançado o disco direito, ela já está com fome criativa: “Já tô com vontade de gravar um novo disco caseiro!”
“O Que é O Que”
“N”
“Cantor Pop dos Sonhos”
“Sina ou Sinal”
“Cansada de Alegria”
“Banheiros Produtivos”
“Tudo Se Desfaz de Conta”
“Vuco-Vuco”
“Carne Burro”
“Tem Coisa Aqui”
“Toda Solidão”
“Quem é Quem”
“Spoiler da Vida (Mayday)”
“Sorriso”
Duas cronistas pop dividem o palco do Centro Cultural São Paulo neste sábado, a partir das 19h: a pernambucana Lulina continua em seu show em construção Onde é Onde, preparando território para seu terceiro álbum, enquanto a paulista Malu Maria segue mostrando seu Diamantes na Pista, uma das boas estreias brasileiras de 2018 (mais informações aqui).
Agosto vai ser pesado? Ô se vai: olha só o tanto de show bom que reunimos neste mês no Centro Cultural São Paulo:
1/8) Mano Única – A banda aproxima o Brasil da América Latina ao lançar seu primeiro disco, Lecturas, às 21h
8/8) MARV + Alex Antunes & Death Disco Machine – O músico e jornalista Alex Antunes celebra 60 anos de vida apresentando dois de seus projetos, às 21h
9/8) Jacintho – O cantor e compositor mostra as músicas de seu disco Tropical Desespero, de graça, às 19h
10/8) Supervão + JP – A banda gaúcha apresenta seu novo disco Faz Party com abertura da one-man-band mineira, de graça, a partir das 19h
11/8) Carne Doce – O quarteto goiano, que este ano tocou no palco principal do Lollapalooza e se prepara para a primeira turnê internacional, toca a partir das 18h
15/8) Holydrug Couple + Atalhos – A dupla chilena mostra seu novo trabalho com abertura de outra dupla, esta brasileira, às 21h
16/8) Wallace Oliveira Trio – O grupo instrumental reinventa a guitarra portuguesa num show gratuito, às 19h
17/8) Norbert Möslang – O luthier experimental suíço, ex-integrante da dupla Voice Crack, é um dos pioneiros no uso de técnicas de arte sonora na música improvisada ao vivo e apresenta-se a partir das 19h
18/8) Hot & Oreia – A dupla mineira faz parte do coletivo de rap DVtribo e lança seu primeiro álbum, Rap de Massagem, a partir das 18h
22/8) Músicas de Superfície + Bruno E e Coletivo Superjazz – A dupla formada por Fabiana Lian e Vladimir Safatle, finalmente lança seu primeiro disco, gravado nos anos 90, e apresenta-se ao lado do coletivo de músicos e DJs, criado por Dudão Melo e Bruno E., às 21h
24/8) Rico Dalasam – O MC realiza uma das últimas apresentações de seu projeto 70 Semanas e mostra suas novas composições, entre elas o single “Braille”, a partir das 19h
25/8) Z’África Brasil – O tradicional grupo paulistano comemora o lançamento em vinil de seu clássico álbum Antigamente Quilombos, Hoje Periferia, marco do rap nacional do início do século, por sua estética inovadora baseada na cultura afro-brasileira, às 18h
30/8) Marina Melo – A cantora e compositora paulistana prepara o lançamento de seu segundo álbum e apresenta-se gratuitamente às 19h
31/8) Lulina + Malu Maria – Duas cantoras estabelecidas em São Paulo se apresentam juntas. A pernambucana Lulina mostra a terceira e última apresentação da série Onde é Onde, em que mostra algumas das canções do próximo disco, num show em construção, enquanto Malu Maria mostra o repertório de seu ótimo disco de estreia, Diamantes na Pista, às 19h