
Muito bom ver Luíza Villa crescer entre as duas apresentações que fizemos no Belas Artes dentro da sessão Trabalho Sujo Apresenta. Quando ela estreou seu tributo a Joni Mitchell na sala do cinema da Consolação, em novembro de 2023, ela fazia sua estreia solo ao mesmo tempo em que sua homenageada completava 80 anos e eu ressuscitava essa sessão (que antes da pandemia acontecia na Unibes Cultural) em versão audiovisual. Por isso, ao retornar ao cinema com dois anos de desenvolvimento de sua carreira autoral, que pode, a partir de sua homenagem à Joni, ganhar corpo e desenvolvimento, teve um gosto especial. Ainda mais quando a apresentação reunia muitos pontos de sua curta carreira. Ao ser acompanhada por dois integrantes de sua banda Orfeu Menino (Pedro Abujamra nos teclados e Tommy Coelho na bateria), ela seguiu fiel à Marcella Vasconcellos, baixista com quem fez todos seus seus shows solo (ou “sous sholos”, como ela zoa) desde que ela deixou de apresentar-se apenas com o violão e trouxe a convidada Lalá Santos para brilhar com seu clarinete em quase a metade da noite, além de contar com os visuais da amiga Olívia Albergaría, que fez os vídeos do primeiro show da Joni. O show foi quase todo autoral à exceção de sua versão acústica para “Both Sides Now”, música que batiza o show tributo e que, por questões técnicas (a bateria do violão elétrico arriou minutos antes do show começar), preferiu tocá–la sem eletricidade, nem amplificação no instrumento nem microfone em sua voz, mostrando, na prática, o quanto ela cresceu neste anos. Vambora Villa!
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Chamei a Luíza Villa para participar de mais uma sessão Trabalho Sujo Apresenta no Cine Belas Artes, dia 18 de setembro, a partir das 20h30, desta vez tocando suas próprias canções. Villa foi a artista que inaugurou a série de shows que faço no cinema desde 2023, mas com o show que fizemos juntos em homenagem a Joni Mitchell. Dessta vez, ela vem mostrar seu próprio repertório misturando MPB, jazz brasileiro, música pop e folk music, acompanhada do tecladista Pedro Abujamra, do baterista Tommy Coelho, da baixista Marcella Vasconcelos e da clarinetista Laura Santos, além de mostrar músicas de Milton Nascimento, Joni Mitchell e Jorge Drexler. Os ingressos já estão à venda.

E ainda deu pra dar uma corrida no Bona e ver a estreia da Luíza Villa na casa, mostrando seu show solo Cartas e Segredos pela segunda vez, cada vez mais à vontade como vocalista solo para além de sua banda, a Orfeu Menino. Ela manteve o laço com o baixo de Marcella Vasconcellos e a percussão de Yasmin Monique e as três estão curtindo bem tocar juntas, desta vez acompanhadas por Mari Kono no vibrafone, o que deu uma profundidade nova às suas canções. Bem bonito, gostando de ver.
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E Luiza Villa não para! No espetáculo Cartas e Segredos ela dedica-se ao repertório autoral ao lado das musicistas Marcella Vasconcelos, Yasmin Monique e Marina Kono, no dia 19 de fevereiro, no Bona. A cantora, compositora e instrumentista paulistana apresenta-se pela primeira vez no Bona Casa de Música no dia 19 de fevereiro mostrando o trabalho que iniciou no final de 2024, quando começou a trabalhar sua carreira solo depois de tocar sozinha no formato voz e violão em casas de São Paulo. O espetáculo Cartas e Segredos foi concebido ao lado das musicistas Marcella Vasconcellos (baixo, piano e teclado) e Yasmin Monique (percussão), em que ela dá ênfase às suas próprias canções, além de apresentar músicas de outros artistas, como Milton Nascimento, Led Zeppelin, e Djavan, estes dois últimos encontrando-se numa mesma canção. A apresentação também conta com a participação de Marina Kono que, que também canta e toca vibrafone e conta com a direção do jornalista e curador de música Alexandre Matias. Artista em ascensão na cena paulistana, Luiza Villa é vocalista da banda Orfeu Menino e também integra o projeto Lost In Translation, de Marcelo Rubens Paiva, em que visitam autores como Bob Dylan, Patti Smith e Doors, além de ter criado um festejado show em homenagem à canadense Joni Mitchell, chamado Both Sides Now. Transitando entre os mundos da MPB dos anos 70 e 80, jazz e folk dos EUA , ela aos poucos vem traçando os rumos de sua carreira solo para além destas fronteiras e já lançou o primeiro single com uma versão minimalista para “Faltando um Pedaço”, de Djavan além de uma colaboração com o artista Chá Preto intitulada “Billie Hollyday. Os ingressos podem ser comprados neste link.

Como é de se esperar, a cada nova apresentação do show que fizemos em homenagem a Joni Mitchell ele sobe um degrau, mas essa quarta edição que Luiza Villa conduziu no Sesc Avenida Paulista nessa sexta-feira foi um salto em relação às anteriores. Foi o primeiro show feito para o público assistir de pé, o que deu outra cara à apresentação. Também foi a estreia do novo guitarrista, João Vaz, comedido e preciso em suas participações e abrindo vocais com Luiza com frequência, deixando os outros músicos – Pedro Abujamra, revezando-se entre o piano de cauda e o teclado elétrico, Tommy Coelho, que fez um solo maravilhoso de bateria no meio do show, e João Ferrari sempre esmerilhando no baixo – soltarem-se ainda mais, reforçando o vínculo instrumental da banda. Foi o primeiro show com a participação de um músico convidado e a estreia foi de João Barisbe, trazendo seu sax para o universo de Joni sem cerimônias. Mas o principal foi ver como a idealizadora do tributo está cada vez mais à vontade ao encarar uma obra tão rígida. Luiza Villa brilha a apresentação inteira não apenas como vocalista mas também como instrumentista, trocando de guitarras e violões para criar atmosferas especificas para diferentes momentos na noite. O figurino celebrando Patti Smith na capa de seu primeiro disco – a camisa social branca frouxa e a gravata mal amarrada – ajudou-a a soltar-se ainda mais no palco, inclusive nos momentos em que não canta. Mas era a influência de Joni Mitchell que pairava sobre a noite, não apenas com suas letras gigantescas e jogos de palavras, mas com camadas musicais que misturavam folk, jazz, blues e, por que não?, música brasileira, base instrumental de todos no palco. O show contou com músicas novas no repertório: “Goodbye Pork Pie Hat” e “Black Crow”, ambas da fase mais jazz de Joni com Barisbe arrasando em seu instrumento (ele ainda tocou em “Help Me” e no bis do final com “Free Man in Paris”. O show, que ainda teve os belos vídeos de Olívia Albegaria, ainda reverenciou Neil Young no momento acústico, quando Villa chamou Vaz para dividir vocais e violões na maravilhosa “Harvest Moon”. Fácil dizer que o show atingiu outro patamar, vamos ver quais serão os próximos passos.
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Idealizado pela cantora e compositora paulistana Luiza Villa para celebrar os 80 anos de Joni Mitchell em 2023, o espetáculo Both Sides Now chega ao Sesc Avenida Paulista no dia 17 de janeiro, antevendo um bom 2025 para todos. Na apresentação, Villa canta o repertório de um dos maiores nomes da canção norte-americana, como “Coyote”, “Hejira”, “Big Yellow Taxi” e “Little Green” revezando-se entre a guitarra e o violão e os formatos solo e acompanhada por sua banda, formada por Pedro Abujamra (piano e teclados), João Vaz (guitarra), João Ferrari (baixo) e Tommy Coelho (bateria). O show, que tem a direção do jornalista Alexandre Matias, contará com a participação especial do saxofonista João Barisbe e já está com ingressos à venda.

Marcelo Rubens Paiva trouxe sua trupe musical Lost in Translation para o palco do Centro da Terra na primeira apresentação de dezembro no teatro para celebrar a importância de Bob Dylan na música pop ao misturá-la com poesia, pinçando alguns dos grandes discípulos do autor em versões próprias, por vezes traduzidas e declamadas, em uma noite batizada de Pedras no Caminho. Acompanhado de Fábio França, Rick Villas-Boas, Arthur França, Luli Villares e Luiza Villa, Marcelo recitou algumas traduções próprias e tocou gaita enquanto liderava seu grupo por canções de Dylan (“Blowing in the Wind”, “It’s Alright, Ma (I’m Only Bleeding)”, “Hurricane”, “Like a Rolling Stone” e “It’s All Over Now Baby Blue”, que também veio via Caetano, em sua versão “Negro Amor”, que batizou o espetáculo), Lou Reed (“Perfect Day”, “Walk on the Wild Side”), Neil Young (“Harvest Moon”), Patti Smith (“Dancing Barefoot”), Nick Drake (quando Luiza e Arthur fizeram dupla tocando duas do maravilhoso Bryter Layter num mesmo fôlego, “Introduction” e “Hazey Jane I”), Johnny Cash (“The Man Comes Around”) e Leonard Cohen (“Dance Me to the End of Love”). Um dos pontos altos da noite foi a versão para “Master of War”, conduzida de forma bilíngue por Marcelo e Luiza, numa segunda-feira que lotou o teatro e terminou com a emblemática “All Along the Watchtower”, imortalizada por Jimi Hendrix.

Luiza Villa começou uma nova fase com estilo, força e delicadeza ao apresemtar=se neste sábado dentro da programação Ágora Zumbido, realizada pelo músico Valentim Frateschi no pequeno teatro Ágora no Bixiga. Ao encher a casa para mostrar suas canções pela primeira vez sem estar sozinha no palco, a cantora e compositora convidou as instrumentistas Marcella Vasconcellos e Yasmin Monique para acompanhá-la em quase uma hora de canções que batizou de Cartas e Segredos, título de uma de suas próprias composições que escolheu para abrir a noite, que ainda teve uma mistura de “Água” do Djavan com “Ten Years Gone” do Led Zeppelin, uma canção da baixista e tecladista Marcella (que foi para o violão e deixou Luiza assumir o baixo) e uma versão deslumbrante para “Ponta de Areia”, do Milton Nascimento, quando recebeu a violoncelista Francisca Barreto para acompanhá-la no final do show, que trouxe outra composição de Luiza, esta em inglês (chamada “These Old Chords”), na hora em que o público pediu bis. A apresentação, que dirigi ao lado da própria Villa, terminou com um coro de “Parabéns a Você” cantado para Marcella, que aniversariava naquele mesmo sábado. Uma noite feliz.

Neste sábado, às 19h, Luiza Villa começa a dar um novo passo em sua carreira solo ao lado de três instrumentistas incríveis: a arrajandora e multiinstrumentista (e aniversariante do dia) Marcella Vasconcellos, a percussionista Yasmin Monique e a violoncelista Francisca Barreto. Dei meus pitacos na direção que elas conceberam e, além de músicas novas autorais da Luiza, elas ainda mostram versões lindas de canções alheias. O espetáculo Cartas e Segredos faz parte da programação Ágora Zumbido, que acontece no Ágora Teatro, na Bela Vista. Corre e garante seu ingresso neste link, que eles estão no fim.

A maior edição do Inferninho Trabalho Sujo, que aconteceu nesta quinta-feira, também foi uma experiência auditiva. Se nas outras edições privilegiávamos o calor humano de um espaço pequeno em que bandas poderiam aquecer ainda mais a noite com o volume de seu som, desta vez trazendo para o palco de pé direito alto da Casa Rockambole optamos por uma edição celestial em que a sensibilidade e a delicadeza estivessem em primeiro plano, sem que isso diminuísse a temperatura da noite. E o crescendo musical e energético que começou com voz e violão e acabou com uma banda de rock fez o público subir a expectativa cada vez a cada nova apresentação, devidamente saciada após cada um dos shows.