Luiza Lian e um violão

Luiza Lian está aos poucos virando a página de seu disco mais recente e começa a experimentar com instrumentos tocados ao vivo, saindo do universo de samples e beats que construiu ao lado do produtor Charlie Tixier em seus três últimos discos. E resolveu ir para o básico ao convidar o André Vac, seu velho compadre que hoje puxa o cordão do Grand Bazaar, para acompanhá-la apenas ao violão em um show inédito no Bona, que fará no dia 12 de julho, numa vibe meio Acústico MTV – ou seria Luau MTV?. “Ocasião rara de ouvir essas músicas praticamente do jeito que elas nasceram”, como ela comentou. Os ingressos já estão à venda.

Vida Fodona #830: Sem muito papo

Chega mais.

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Sem embaraço

Desembaraçou! Sempre é bom ver um artista desabrochar e nesta terça-feira tivemos mais uma oportunidade no Centro da Terra de ver outra carreira musical tomando corpo naquele palco pela primeira vez. Quando Leon Gurfein me falou que queria soltar seu canto profissionalmente no palco, minha intuição disse que seu senso estético espalharia-se facilmente para a música. Há uma década convivendo com artistas de diferentes portes pelos bastidores (Leon faz cabelo, maquiagem e produção visual para nomes como Ava Rocha, Liniker, Tulipa Ruiz e Johnny Hooker, entre outros), ele mostrou sua familiaridade com o palco a partir de sua paixão pela música, que começou pela coleção de discos do pai nas proximidades daquele mesmo teatro, como fez questão de contar nos vários momentos em que conversou com o público e transformava o palco em seu salão e num divã ao mesmo tempo. A apresentação começou com uma cama ambient proposta por sua banda, que Leon batizou de Las Gatas Embarazadas, e Helena Cruz (guitarra, baixo e synthbass), Lauiz (teclas e MPC) e M7i9 (sintetizador, flauta, guitarra e saxofone) emudeceram a plateia por longos minutos, deixando a expectativa palpável para que a estrela da noite entrasse e cantasse suas próprias músicas – parte delas em espanhol – e versões, duas delas divididas com Manu Julian, que subiu ao palco para cantar duetos com Leon em versões em castelhano para “Little Trouble Girl” do Sonic Youth e em português para a clássica “Sea of Love”. Leon encerrou a noite misturando músicas de Ava Rocha, d’O Terno, Portishead e Luiza Lian a “Lágrimas Negras” e “Jorge da Capadócia”, como se invocasse proteção de seus orixãs pessoais da música para aquele momento, antes de cantar mais uma canção própria para fechar a noite. Ele nem esperou sair do palco para anunciar o bis, quando voltou à primeira música da noite acompanhado de um coral estelar formado por Manu, Lorena Pipa, Thiago Pethit, Laura Lavieri, Luiza Lian e Ana Frango Elétrico, espalhando a catarse que claramente sentia para o resto do teatro. Agora já está no mundo!

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Vida Fodona #825: Outubro já começou daquele jeito que a gente gosta

Não dá pra ficar parado…

Ouça abaixo:  

Vida Fodona #820: Agosto intenso

E não dá pra ficar parado.

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Luiza Lian na Europa

E a Luiza Lian que acaba de anunciar a primeira turnê pela Europa que começa na semana que vem? São sete datas em cinco países, sendo que em duas delas faz participação no show do Bixiga 70 em Paris. Ela começa por Nantes, na França (dia 27), depois passa por Londres (30), tem as duas datas em Paris com o Bixiga (8 e 9 de julho), depois em Barcelona (10) e Madri (11) para depois voltar em agosto, quando passa por Berlim (18) e finalmente Lisboa (31). E não duvide se outras datas pintarem…

Vida Fodona #812: Vielas das lembranças

Vamos começar bem o mês…

Ouça abaixo:  

7 Estrelas transcendental

Foi como se fosse outro show. Luiza Lian apresentou seu 7 Estrelas | Quem Arrancou o Céu? nessa sexta-feira no Sesc Pinheiros e hipnotizou o público com uma versão formal da apresentação que fez no Sesc Pompeia, quando lançou o disco no ano passado na casa com duas plateias desenhada por Lina Bo Bardi. No palco italiano do Sesc Pinheiros, sua produção deixou o espetáculo mais enxuto e direto, aumentando ainda mais a profundidade da noite, que também teve mudanças consideráveis de roteiro e no arranjo das canções – como a maravilhosa versão ambient para a excelente “Viajante” ou deixar “Homenagem” para a segunda metade da noite. Além do disco do ano passado, Luiza ainda mostrou músicas dos discos Oyá Tempo e Azul Moderno com novas roupagens, sempre acompanhada de seu produtor Charles Tixier, encapuçado em seu set que misturava bateria e apetrechos eletrônicos. Toda a produção é minimalista: além de Luiza e Charlie, só o “minicorpo de baile” (como a própria vocalista as apresentou) formado pelas dançarinas Bruna Maria e Ana Noronha tomava conta do palco, agigantado pelas luzes de Amanda Amaral, o laser de Diogo Terra, as projeções de Bianca Turner e, claro, a voz e o carisma da estrela da noite, visivelmente emocionada. Foi mágico.

#luizalian #sescpinheiros #trabalhosujo2024shows 33

Assista abaixo:  

Eis os melhores de 2023 na categoria Música Popular segundo a APCA

Ludmilla, Jards Macalé, Ana Frango Elétrico, Titãs, Luiza Lian, projeto Relicário e Mateus Fazeno Rock são os vencedores nas categorias de Música Popular da edição de 2023 do prêmio dado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, da qual faço parte. Eis os vencedores de cada categoria:  

Os indicados às categorias de melhor artista, melhor show e artista revelação de 2023 segundo a APCA

Depois de divulgar os 50 indicados a melhor disco do ano na semana passada, o júri da comissão de música popular da Associação Paulista de Críticos de Arte (do qual faço parte ao lado de Marcelo Costa, Adriana de Barros, José Norberto Flesch e Pedro Antunes), é a vez de anunciarmos os indicados a outras três categorias da premiação, artista do ano, show do ano e artista revelação. E eles são: