Lost por Lucio Ribeiro
Desde que o primeiro personagem abriu o olho e em seguida um urso polar numa ilha tropical comeu umas pessoas que milagrosamente conseguiram sobreviver sem nenhuma fratura a uma queda de avião que se partiu em dois a milhões de metros de altura por causa de uma carga magnética absurda e que ainda bateu como um tijolo no mar, a história dos seriados de TV foi mudada para sempre.
Nenhuma série tinha alcançado o “range” de “Lost”, que ia de assunto para conversa de bebedouro e botequim até curso de universidade. Até dinheiro me deu, porque já tive a oportunidade de editar um especial da série para uma grande editora.
Se você, como eu, aceitou toda a premissa “cascata” da série, arriscou sua própria teoria (furada), não sossegava enquanto não baixava o seriado duas horas depois que ele tinha passado nos EUA (Costa Leste, que passa primeiro que a Oeste), viu a história se mover em flashback, depois em flashfoward, DEPOIS EM FLASHSIDEWAYS, e a porra da nuvem negra assassina, e a porra toda, tenho uma coisa pra dizer.
A partir de domingo, quando “Lost” acabar, e na semana seguinte e em quaisquer semanas seguintes formos privados de ouvir a frase “Previously on Lost”, vai dar a impressão que morremos e estamos num purgatório.
* O Lucio você conhece.
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