Conversei com Dado e Bonfá sobre o futuro digital da Legião Urbana para esta edição do Link.
Legado digital
O grupo brasiliense foi o último grande nome da música brasileira a abraçar a web – e agora quer redescobrir sua história com a ajuda dos fãs
Quando entrevistei Renato Russo, dois anos antes de sua morte em 1996, em dado momento da conversa, o líder da Legião Urbana falou da vontade de lançar uma caixa com todo material do grupo que circulava entre os fãs via fitas cassete e de VHS em uma caixa chamada Material.
Completamente obcecado pela própria carreira, Renato já havia organizado os registros da banda brasiliense em dois momentos específicos: em 1987, no disco Que País É Este? – 1978-1987, quando resumiu a história da banda até ali como se fechasse um capítulo; e em 1992, no disco Música P/ Acampamentos, que reunia gravações ao vivo e faixas que nunca haviam entrado em disco.
A caixa chamada Material seria o terceiro momento. Mas o projeto foi abandonado e substituído pelo lançamento da caixa de CDs Por Enquanto em 1995, que compilava todos os discos da banda.
Sou da mesma cidade em que a banda foi formada e desde os anos 80 já eram conhecidos os registros não-oficiais da banda (leia nesta página). E, como qualquer fã do grupo, aguardava o momento em que essas gravações fossem lançadas oficialmente. Parece que agora, quase 15 anos após a morte de Renato, Material começa a dar sinais de que sairá do papel.
E a organização destes registros pode partir dos próprios fãs da Legião, que agora têm ponto de encontro garantido no site oficial da banda, aberto em fase beta no início do ano e que só agora foi lançado oficialmente. O motivo é o relançamento da discografia do grupo tanto em CD quanto em vinil, que finalmente foi agendado para o próximo mês de setembro.
“O Legiãourbana.com.br funciona como um site de relacionamentos”, diz o ex-baterista da banda, Marcelo Bonfá. “Não queríamos um site com biografia, discografia e fotos porque isso todo mundo tem. Então recorremos ao que ninguém tem: os fãs”. Assim, o site se tornou um grande repositório de material reunido pelos fãs – fotos, músicas e vídeos podem ser subidos no site por qualquer um que os tenha. Vale tudo: de ingressos de shows a matérias escaneadas e até fotos autografadas.
“E o site vai crescer muito ainda, pois é um ambiente de interação. A grande força da Legião são seus fãs”, explica o ex-guitarrista Dado Villa-Lobos. “O Renato sempre falava nos shows: ‘A Legião Urbana são vocês’”, lembra Bonfá, “e, do mesmo jeito que as letras da Legião são aberta à interpretação, o site é um estímulo à troca de informações entre os fãs. Afinal, a Legião acabou mesmo e a gente não tem mais nada para apresentar”.
Arqueologia
Mas e a caixa Material? “Era um sonho do Renato, uma caixa com outtakes, programas de TV, ensaios, músicas que não entraram… Mas isso depende de um trabalho quase arqueológico”. A banda até arriscou fazer isso, mas não teve paciência.
“A gente colocou um cara lá dentro da EMI para digitalizar o material e começaram a chegar coisas tipo 35 CDs de ‘Ainda é Cedo’, 40 e tantos CDs de ‘Faroeste Caboclo’… Porra, cara, eu não vou ficar ouvindo esse negócio. Isso é pra fã maluco, você não vai pedir para o cara que gravou isso ficar ouvindo tudo… Fora que eu acho que isso é material para internet, ninguém vai comprar tudo que gravamos”, lembra Bonfá. “Em algum momento eu tomava um vinhozinho, me empolgava, descobria algo legal e falava ‘porra, vamos lançar isso!’. Mas não pode ser assim, esse tipo de trabalho tem de ser feito de forma minuciosa, com carinho.”
“Mas as coisas no Brasil andam num ritmo muito lento, esse site está sendo cogitado há dois anos”, diz o baterista. “E aqui no Rio a gente ainda tem o fator 021, que parece que deixa as coisas ainda mais lentas”, completa o guitarrista.
E já que a ideia é abraçar o meio digital, por que não um Legião Urbana Rock Band? “Pois é, cara, toda hora eu falo disso”, conta Bonfá. “É inaceitável não ter um negócio desses com a obra que a Legião tem, ia ser uma brincadeira deliciosa pra todo mundo – e era o que ia salvar a editora e a gravadora”. “Seria lindo e simples”, conclui Dado.
‘Estou indo pra Brasília…’
Aborto Elétrico
A primeira encarnação da Legião Urbana era composta por Renato Russo e pelos irmãos Fê e Flávio Lemos (que depois fariam parte do Capital Inicial). Quase todas as faixas do Aborto Elétrico foram lançadas em discos da Legião ou do Capital, mas os registros da banda no início dos anos 80 seguem inéditos oficialmente.
Sala Villa-Lobos
A apresentação da banda no erudito Teatro Nacional, em dezembro de 1986, foi um passo importante na carreira do grupo. Também segue inédito.
Mané Garrincha
O fatídico show no estádio brasiliense em 1988 terminou em confusão – e depois disso a banda nunca mais tocou em Brasília.
E a minha coluna de ontem no Caderno 2 foi sobre Copa e Twitter.
Twittando o grito de gol
A última Copa do Twitter?
3.200 tweets por segundo. Essa foi a marca atingida pelo Twitter durante a Copa do Mundo deste ano. Não é pouco, ainda mais levando em conta que a rede social dos 140 caracteres havia acabado de estrear na Copa de 2006 e, meros quatro anos depois, já contava com 125 milhões de entusiastas espalhados pelo mundo.
A Copa da África do Sul movimentou o Twitter de forma inédita por um motivo. Antes os picos de audiência no site tinham a ver com acontecimentos-relâmpago, que explodiam no site para, minutos depois, serem absorvidos por toda a web, quase todos eles de alguma forma associados a algum acontecimento, produto ou personalidade norte-americana. A Copa mudou essa regra. Pela primeira vez era um assunto que pouco interessava à massa norte-americana no Twitter, mas que era central a quase todos os outros usuários fora dos EUA.
Isso fez com que os torcedores do mundo procurassem um novo canal para acompanhar a Copa. Se a TV foi o veículo do torneio durante anos, em 2010 gente de todo o mundo procurou o Twitter – e não simplesmente a tela do computador, já que o site tem uma vasta audiência em celulares – para, além de acompanhar os jogos, comentar, palpitar, xingar, especular e rir. Deram adeus aos comentaristas de futebol tradicionais, das insuportavelmente tediosas mesas-redondas de domingo para ouvir o que seus amigos, parentes, conhecidos e desconhecidos tinham a dizer sobre os jogos. No Brasil, até mandaram calar Galvão Bueno na base da colaboração em massa.
Foi o suficiente para que todos que quisessem atenção durante a Copa optassem pela rede social como veículo para atingir seus públicos, aproveitando o fato de os dados do Twitter serem abertos e criando aplicativos para celular, testes, hashtags, perfis específicos apenas para a Copa. Um dos melhores exemplos disso veio do jornal britânico Guardian, que criou em seu site uma área chamada Twitter Replay, em que os jogos podiam ser revistos a partir da movimentação de palavras-chave na rede social.
No fim de uma década em que as redes sociais mudaram a cara da mídia, da internet e das relações sociais, é sintomático que uma delas – não por acaso a mais jovem e elétrica – se tornasse um dos veículos mais festejados no torneio mais popular do mundo. Há quem se empolgue e diga que esta é a primeira Copa do Twitter.
Mas do mesmo jeito que o Twitter praticamente não existia na Copa passada, não duvide se ele deixar de existir na próxima – ou se ao menos perder a importância. Num mundo com tantas mudanças velozes como o digital, não duvide se esta também for a última Copa do Twitter.
Gosto da carinha que ele faz depois que grita. Do blog da Ana lá no Link.
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Minha coluna no caderno 2 de ontem…
O ano da vuvuzela
A tag da Copa do Mundo 2010
Na última quinta-feira, o YouTube acrescentou um botão em todos os vídeos hospedados no site. Sinalizado com uma pequena bola de futebol, o botão ligava, ao ser acionado, uma faixa de áudio que disparava o zumbido insuportável das vuvuzelas, a trombeta onipresente nos jogos da Copa do Mundo deste ano. E pelo futebol apresentado pelos times até agora, não tem para ninguém: a Copa de 2010, pelo menos por enquanto, é a Copa da Vuvuzela.
E não foi só no YouTube, nem apenas na internet, onde a corneta sul-africana deu origem a piadas, fotomontagens e sites engraçadinhos. A vuvuzela está por toda parte, nas matérias da TV, nas ondas do rádio e nas ruas do mundo. Mas além de atordoar nossos ouvidos e render brincadeiras de duplo sentido de toda natureza, a vuvuzela pode ajudar a muitos que ainda não estão familiarizados com o conceito de “tag” a compreender o significado desse termo, tão importante na estruturação atual da web.
O termo em inglês significa “marca” e já foi traduzido para ser usado neste caso como “marcador”, “tópico” ou “palavra-chave”. É um dado que é vinculado a uma informação para que esta seja encontrada mais facilmente. Sejam posts em blogs, vídeos no YouTube, fotos no Flickr ou arquivos de MP3, as tags ajudaram a hierarquização da rede na década passada. Graças a elas, quem busca por “Los Hermanos” no Google, por exemplo, bifurca-se entre o termo “os irmãos” em espanhol e a banda de rock do Rio de Janeiro. As tags facilitam mecanismos de buscas e ferramentas online a separar quais hermanos são apenas irmãos e quais deles dizem respeito à banda indie carioca.
E se nenhum artilheiro despontar, se nenhuma partida for inesquecível ou nenhum gol fizer olhos brilharem de emoção, nos próximos dias, nos lembraremos da Copa atual como sendo a Copa da Vuvuzela. Mais ainda, será inevitável associar 2010 do termo, fazendo com quem quiser buscar informações sobre o ano atual no futuro, pode usar a tag “vuvuzela” como guia.
Exemplo: se daqui a dez ou vinte anos encontrarmos um filme ou livro que faça referência ao termo, é muito provável que ele tenha sido lançado depois de junho de 2010. A tag funciona como um filtro, uma guia na busca por informações. Difícil era prever que uma corneta sul-africana se tornaria uma referência, por que não, histórica.
Tudo 3D
Muito além da TV, cinema e games
Nesta segunda-feira, o caderno de cultura digital do Estado de S. Paulo, o Link, traz uma edição especial dedicada ao tema 3D. A pauta do caderno vai além da mania que assola filmes, games e aparelhos de TV e aborda o uso da tecnologia em outras frentes, como museus e até impressoras 3D. E além do conteúdo em três dimensões, todas as imagens do caderno simularão a sensação de profundidade no papel, que pode ser experimentada graças aos óculos que virão encartados, gratuitamente, na edição.
• De volta ao futuro • Personal Nerd: Tire fotos em 3D • Cada óculos com sua tela • Perspectiva • Em produção • Servidor: iPhone4, Facebook e Google • Gre-Nal na África do Sul • Um novo World Trade Center • O grande delírio 3D de 2010 • Imprime-se tudo • Vida Digital: Lucas Werthein •
E a edição desta segunda-feira do Link é toda em 3D. Explico: o que começou como uma ação publicitária do jornal que trabalho terminou como pauta do caderno de hoje – não precisaríamos falar das três dimensões enquanto assunto da edição. Mas foi acender a luz no horizonte que começamos a ir atrás de novidades e logo pudemos encher um caderno de 14 páginas quase todo ele com matérias sobre o tema, sem precisar recorrer aos clichês recentes do gênero – como falar de TV 3D, do 3D na Copa do Mundo ou de games em 3D. E além de falarmos da recriação do planalto de Gizé em três dimensões, de impressoras que imprimem peças, comidas e prédios, do que significa a terceira dimensão para Hollywood hoje e de um histórico na vontade humana de simular profundidade, ainda disponibilizamos um gerador de fotos 3D, para ser utilizado junto com o par de óculos que acompanha a edição do Estadão de hoje. No vídeo lá em cima, os bastidores da impressão do jornal desta segunda. No vídeo abaixo, eu falo um pouco sobre a pauta de hoje e o Tchatcho, que desenvolveu o gerador 3D, fala de como funciona seu software – e o vídeo foi gravado com duas câmeras, simulando, portanto, a profundidade da redação. Ponha seus óculos.
“Cala Boca Galvão”
E se a campanha o calasse?
“Eu com certeza estou nessa campanha”, riu amarelo Galvão Bueno, ao ser entrevistado na Globo, semana passada, para comentar a maior piada interna da história do Brasil. A já clássica frase “Cala Boca Galvão” começou a ser twittada por brasileiros logo que as transmissões dos jogos da Copa do Mundo tiveram início e, como acontece no Twitter, quando um termo é muito repetido por vários usuários da rede, ele foi parar na lista dos “trending topics” – os assuntos mais quentes da hora.
Só que não foi só por uma hora. Nem por um dia. Nem só nos “trending topics” de assuntos brasileiros. Por vários dias consecutivos, a frase – em letras maiúsculas e sem acento – ficou em destaque na lista dos assuntos mais importantes da rede social. Tudo por causa de uma piada, que o jornal The New York Times chamou de “uma das pegadinhas mais bem-sucedidas da história da internet”.
Pois logo que o termo apareceu na rede, quem não sabia português ficou perdido querendo saber que novidade era aquela. Foi quando o humor dos brasileiros se mostrou sagaz e infame, como de praxe. Começaram a explicar que “Galvão” era um pássaro em extinção (pois tradutores online transformavam “Galvão” em “gavião”), que poderia ser salvo via Twitter. Cada vez que a frase era escrita, teoricamente 10 centavos de dólar eram depositados na conta de um certo Instituto Galvão. A campanha, de mentira, logo ganhou cartaz e comercial – tudo em inglês para enganar não brasileiros.
A brincadeira cresceu tanto que logo povoou a mídia – e jornais como o Times americano e o espanhol El País explicaram a piada para seus leitores. E uma faixa com a frase foi estendida na torcida do primeiro jogo do Brasil na Copa.
Até que não deu para Galvão fingir que não era com ele – e deu uma entrevista para a Globo, na terça passada, rindo sem graça da campanha de mentira. Disse que apoiava a brincadeira e começou a falar que era conhecido como “papagaio” no círculo da Fórmula 1, falou de Ayrton Senna e enrolou mais um tanto. Mas não calou a boca.
Muitos brasileiros comemoraram a piada como se fosse um grande trunfo nacional. Claro que não é – toda a campanha para salvar os pobres “galvões” é só uma das inúmeras brincadeiras que começaram na web brasileira e atingiram a mídia tradicional e, finalmente, a rua.
Não dá para comemorar só isso. Como brincadeira, “Cala Boca Galvão” é genialmente cara de pau. Como campanha, é só um trote. Só seria bem-sucedida se realmente calasse Galvão. Sigo na torcida.
Mashup de mídias
Como será a TV do Google
Anunciada no meio deste semestre, a Google TV promete finalmente unir televisão e internet numa mesma interface. Nesta semana, o site divulgou um vídeo que mostra como será o funcionamento do sistema (assista em www.youtube.com/user/Google). A principal novidade é a integração da grade de programação a um sistema de busca. Será que o teclado vai substituir o controle remoto?
• De onde fala? • Personal Nerd: Por que geolocalizar? • E3D • Rádio-relógio: o primeiro aparelho digital • Xerox, 50 anos, redefiniu a era da informação • iPhone 4, Facebook e banda larga móvel • Como o Cala Boca Galvão enganou todo mundo • Póóóóóóóóóóóóóóóóóóón
• Vida Digital: Mombojó •
Entrevistei o Anthony Volodkin, criador do Hype Machine, para esta edição do Link.
“A rádio tradicional só toca as mesmas 40 músicas”
Criador do Hype Machine, agregador de blogs de MP3, ele vem ao Brasil para falar sobre música digital
“Estava na faculdade quando percebi que não ouvia música nova”, lembra Anthony Volodkin, que chega ao Brasil esta semana para participar do evento YouPix. “Não tinha mais tempo para ficar em salas de bate-papo por causa das aulas e do trabalho. Mas descobri os blogs de música e não acreditei quando vi que tanta gente estava escrevendo sobre música só porque gostava. Depois de algumas noites em claro, escrevi um protótipo do que se tornaria o Hype Machine”.
A história se parece com a de muitos criadores de serviços digitais, com um agravante. Quando, há cinco anos, o nova-iorquino Volodkin descobriu o mundo maravilhoso dos blogs de MP3, este era formado por amadores que dispunham seu tempo livre à caça de novos artistas e bandas que ninguém tinha ouvido falar. Cinco anos depois, o Hype Machine não só se tornou a grande central dos blogs desta natureza, como ajudou-os a redefinir um papel importante na história da música digital: o de filtro.
Se as gravadoras se perderam em números de vendas que desabavam enquanto os downloads proliferavam online, os blogs de MP3 se tornaram o grande refúgio para ouvintes que não sabiam o que ouvir. A indústria do disco, perdida entre artistas gigantes que vendem cada vez menos, deixou de ser a referência para descobrir novos nomes. Assim, coube a blogueiros apaixonados por música assumir esse papel.
E são as gravadoras maiores quem mais sofrem com esta nova realidade digital. “Elas não conseguem responder rapidamente a vazamentos de álbuns, por exemplo”.
A reação do mercado ao site foi gradual. “Somos uma forma independente pela qual a indústria pode monitorar o que as pessoas estão fazendo nesta nova mídia”, ele explica, e diz que as gravadoras pequenas e blogs de MP3 responderam positivamente – e logo – à existência do site. “Foi um processo orgânico”, lembra.
Em seus cinco anos de existência, o Hype Machine acompanhou as drásticas mudanças na indústria. “As gravadoras passaram a ousar mais ao vender música online. Já estão contando o fã como um agente importante, em vez de deixá-lo de lado, como no passado”, explica o dono do site, que também comenta as mudanças nos hábitos de consumo. “As pessoas estão comprando mais música digital do que nunca – além de ouvir cada vez mais música na web e nos seus celulares.”
“Mudou também a forma como as pessoas gastam seu dinheiro”, continua. “Isso não quer dizer que a música deixou de ser importante para as pessoas. Mas o mais interessante é perceber como as pessoas interagem e criam neste novo ambiente.”
Às vésperas de lançar uma nova versão do seu site, além de um aplicativo para celular, Volodkin nem pestaneja ao ser perguntado se a internet assumiu o papel do rádio. “Sem dúvida. A rádio tradicional só existe para tocar as mesmas 40 músicas, sempre, sem parar, como se fosse um iPod de baixa capacidade de armazenamento”.
Serviço
YOUPIX.COM.BR – MELHORES DA WEBSFERA 2010.
De 8 a 11 de junho, das 15h às 23h. Museu da Imagem e do Som. Av. europa, 158. Jardim Europa. Volodkin será sabatinado na quinta-feira, às 21h. confira toda a programação no site do evento