O Led Zeppelin comemora o cinquentenário de seu maior álbum transformando Physical Graffiti em um disco triplo! Mas a reedição, feita pela gravadora Rhino (e já em pré-venda), programada para o dia 12 de setembro, ficou aquém do que se esperaria de uma obra tão mastodôntica, trazendo apenas quatro versões ao vivo no terceiro disco que incluíram no primeiro disco duplo da clássica banda setentista, sendo que duas delas nem são do período do disco. Live EP, que acompanha o novo Physical Graffiti, traz versões ao vivo para músicas do disco gravadas primeiro em Earl’s Court, no ano de lançamento do disco (“In My Time of Dying” e uma versão acelerada de “Trampled Under Foot”, cujo clipe foi antecipado essa semana) e depois em Knebworth, em 1979 (“Sick Again” e “Kashmir”). Além do disco ao vivo, a reedição ainda traz um pôster acompanhando o álbum triplo. Mas que fazem falta sobras de estúdios, mais versões ao vivo, fotos das gravações e um livro contando a história do disco (como a maioria das reedições costumam fazer), ah fazem…
Se você é fã de Led Zeppelin, um apelo e uma ressalva meio spoiler, mas vamos lá: VÁ VER BECOMING LED ZEPPELIN SE POSSÍVEL NO IMAX. O documentário oficial sobre a banda é um delírio se visto em uma tela imensa e com o som bem alto, porque boa parte do filme é composto por cenas da banda tocando ao vivo (muitas delas já conhecidas dos fãs). O importante spoiler – e digo isso porque já sabia antes do filme começar, o que me deixou bem menos angustiado do que poderia ficar – é que o filme conta como o grupo surgiu e vai até… o segundo disco. Nada de “Stairway to Heaven”, nada do tempo que a banda era o maior espetáculo da terra, dos discos soberbos, dos excessos e dos limites de estar no alto do panteão do rock clássico em plenos anos 70. Saber disso salva o filme porque, quando ele ultrapassa sua primeira hora de duração a banda começa a decolar e a segunda hora é dedicada ao ano em que eles deixam de ser um delírio de um guitarrista megalomaníaco que não queria que sua banda lançasse singles e se tornam uma das maiores bandas do mundo, em 1969, quando lançaram seus dois primeiros discos e entraram numa turnê interminável pelos EUA e se transformaram num fenômeno. Se você não sabe disso, corre o risco de achar que eles vão reduzir a principal década de atuação da banda a meros quinze minutos, o que felizmente não acontece. Dito isso, o filme é uma aula sobre a banda contada por seus protagonistas e esmera-se ao mostrar – em entrevistas e imagens de arquivo – a formação de cada um dos integrantes e como desde a primeira vez que tocaram juntos, Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham descobriram que eram uma banda única e que precisavam mostrar isso pro mundo. É um delírio vê-los elogiando sua própria dinâmica ao mesmo tempo em que assistimos a trechos inteiros de suas músicas ao vivo. Por ser chapa branca, derrapa em alguns pontos (não cita, por exemplo, que o nome da banda veio de uma piada incrédula de Keith Moon e esquece de citar John Paul Jones na fase psicodélica dos Stones), mas traz uma banda delirando ao descobrir-se foda ao vivo, junto ao público e apesar da crítica. E como uma das entrevistas é uma gravação em áudio inédita do baterista, morto em 1980, é muito bonito ver Plant, Page e Jones ouvindo a voz do velho amigo falando sobre si mesmo e sobre sua banda. Mas fico aqui pensando se esse documentário não seria o primeiro volume de uma trilogia… Imagina…
Assista a um trecho que é mostrado no filme abaixo, a participação da banda num programa de TV na Dinamarca:
Becoming Led Zeppelin, documentário oficial sobre a história de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, estreou no início deste mês lá fora e chega por aqui ainda em fevereiro, a partir do dia 27 de fevereiro. E mais: o documentário dirigido por Bernard MacMahon terá sessões em Imax! Ô glória!
O documentário Becoming Led Zeppelin está sendo prometido há uns três anos mas acaba de oficializar sua data de lançamento nos EUA, em fevereiro do ano que vem. Aparentemente é um documentário tradicional, sem cenas inéditas além das entrevistas com os integrantes originais do grupo e uma entrevista inédita em áudio com o saudoso John Bonham. Mas é importante ter a história de uma das grandes bandas dos anos 70 contada direitinho – ainda mais se der pra gente assistir em Imax (imagina o som!), como o trailer está prometendo. E é assinado pelo mesmo Bernard MacMahon que fez a série American Epic. Assista abaixo:
Eu gosto quando a lógica da inteligência artificial segue um padrão mais naturalista, sem partir pro surrealismo, tentando manter a essência da capa do disco no contexto falso que ela mesma cria para esses ícones.