Celebração da força feminina da música brasileira

Foi bonito o espetáculo que Laya, Malu Maria e Tika fizeram nesta terça-feira no Centro da Terra. Ondas Sísmicas, por Gabriel Bernini, é uma celebração da força feminina da música brasileira e as três fizeram valer a premissa desta ode.

Assista aqui.  

Tika + Malu Maria + Laya: Ondas Sísmicas

Maior prazer receber nesta terça-feira, no Centro da Terra, mais uma versão do espetáculo Ondas Sísmicas, idealizado pelo publicitário e pesquisador Gabriel Bernini, a partir do livro de mesmo nome, em que celebra a presença feminina na música brasileira. No palco, o espetáculo fica na mão de Laya (percussão), Malu Maria (percussão e flauta) e Tika (violão e guitarra) que revezam suas próprias composições acompanhando-as umas às outras. A apresentação desta noite fica por conta da vocalista do grupo Teto Preto, Laura Diaz, o espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.

Centro da Terra: Julho de 2022

O mês de julho já começou mas a temporada deste mês no Centro da Terra começa só nesta terça-feira por motivos de logísticas. Propus uma temporada com vários artistas para as segundas-feiras, mas a Jadsa só conseguia chegar na terça, por isso a temporada Choque Térmico começa neste dia 5 de julho. A proposta é reunir artistas que misturem as linguagens eletrônica e analógica sem pensar nos limites entre ambas. A primeira noite acontece com o Taxidermia, que Jadsa faz com João Millet Meirelles, e a dupla recebe o músico Pedro Bienemann. Na próxima segunda, dia 11, é a vez de Bernardo Pacheco provocar mais uma apresentação de seu projeto Formação, quando chama Juçara Marçal, Rayani Sinara, Yusef Saif e Mau Schramm para uma noite de improviso livre. No dia 18, a guitarrista Sue, da banda Ozu, apresenta seu trabalho solo ao lado de Eddu Ferreira e Paula Rebellato. E fechando a temporada, dia 25, a multiinstrumentista Theo Charbel convida Guilherme D’Almeida e Vinícius Rodrigues para mostrar suas canções. E isso é só uma temporada. Na próxima terça, dia 12, é a vez de Experimentos n°1, projeto que a artista russa Lena Kilina apresenta com o artista multimídia Dudu Tsuda. Depois, na terça dia 19, Malu Maria, Tika e Laya apresentam o projeto Ondas Sísmicas, concebido pelo pesquisador Gabriel Bernini para celebrar a presença da mulher na música brasileira e o show terá apresentação da Laura Diaz, do grupo Teto Preto. Encerrando o mês a banda paulista Bike sobe pela primeira vez no palco do Centro da Terra para mostrar as músicas de seu próximo LP com a presença do produtor do disco, o guitarrista Guilherme Held. As apresentações começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados aqui.

Laya: Cantigas

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Maior satisfação de receber no palco do Centro da Terra nesta terça-feira, dia 17 de setembro, às 20h, a apresentação Cantigas, idealizada pela cantora cearense Laya (mais informações aqui). Inspirada pelos mantras indianos e pela tradição de se reunir ao redor da fogueira para cantar, ela propõe um show em círculo, colocando todos – artistas e público – em uma mesma roda para conduzir o público em um transe coletivo inspirado por suas canções, velhas e novas, além das de seus covidados, os músicos Carlos Hardy, Malu Maria e Michele Tajra. “Fazer um som com as pessoas que estão presentes, sentindo a energia de todos e todos podendo participar, todos cantando junto”, ela me explica na entrevista abaixo, “Cantigas tem muito essa ideia do coro, da roda, de todos estarmos juntos, todos no mesmo lugar, todos se vendo, na mesma altura, com os corações alinhados, gerando um campo de força, um centro de energia”.

A luz de Laya

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A vocalista da banda cearense Jardim das Horas está com seu primeiro disco solo prestes a sair – o lançamento do disco, que leva apenas seu nome, Laya, acontece nesta sexta-feira, no Oi Futuro de Ipanema, no Rio de Janeiro (mais informações aqui), data que também vê a chegada do disco nas principais plataformas de streaming. Ela aproveita o esquenta e mostra em primeira mão o clipe de “A Luz que Corta”, composto a partir de imagens feitas pelo fotógrafo da capa do disco, Gal Oppido.

“No dia, levei figurinos e ele disse pra eu ficar com a camisa que estava vestida, gostou do vermelho, e assim, como poesia que nasce sem esforço, começamos a dança das imagens, e o olhar tão atento a cada movimento, gerou uma infinidade de fotos”, Laya explica. “Quando vi como estava acontecendo já disse: ‘dá pra fazer um clipe com essas fotos, tipo um stop motion, ele não perdia nem um movimento!’ Nem os de ajeitar aqui e ali. É um artista apaixonado, e como é maravilhoso encontrar um assim! Brilho no olho e em tudo. Aí vem o trabalho da Milena (Correia, editora do vídeo), de organizar toda essa fluidez. Não acompanhei o processo dela mas quando vi o resultado achei genial! Ela entrou na dança entendendo tudo, com uma presença e um ritmo importantíssimo, foi dela ainda a escolha da música, ‘A Luz Que Corta’, mulher de visão. E eu só gratidão.” Uma das fotos do clipe foi parar na capa do disco (acima), que também aparece pela primeira vez por aqui e tem assinatura do designer Rodrigo Sommer.

Laya solo

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A vocalista do Jardim das Horas começa a mostrar seu trabalho solo. Laya se descobriu compositora na banda cearense de trip hop, que mudou-se para São Paulo e agora entra em hiato. “Desde que comecei a compor com a banda, muitas canções nasceram e não entraram no repertório, elas existem e nascem de todo jeito a toda hora”, me explica por email. “Eu adoro cantar outros compositores também. Não faltava conteúdo pro trabalho solo, acho que faltava coragem”, ri.

O primeiro disco ainda está sendo gravado e conta com Maurício Tagliari na produção, a quem ela se refere como “professor”. O disco tem a participação de nomes como Thomas Harris, Danilo Penteado, Igor Caracas, Bubu, Mariá Portugal, Luca Raele, Ju Perdigão, Ceruto e ela interpreta músicas próprias, parcerias e músicas de Clima, Rômulo Fróes e Tom Zé. “Adoro esse trabalho de intérprete”, comemora.

O primeiro fruto deste novo trabalho é o clipe de “Vem pra Chuva”, que estreia aqui no Trabalho Sujo. Laya apresenta seu trabalho num show na próxima sexta, dia 3, no Itaú Cultural, em São Paulo. “Canto com Mauricio Tagliari no violão e na guitarra, Igor Caracas no vibrafone e na percussão, Bubu no baixo e Mariá Portugal na bateria. Teremos também a participação de Luca Raele tocando piano Rhodes, clarineta e clarone.”