“Faz um tempo que tenho vontade de criar dentro de um projeto, sem ser assinando meu nome e sobrenome, o que acaba sendo extremamente pessoal, e pretendo focar nessa construção a partir de agora”, ela explica, quando pergunto quais os próximos passos após o lançamento do novo single, “Se acaso a casa”, que lança nesta sexta-feira e antecipa seu clipe em primeira mão nesta quinta, no Trabalho Sujo. “O single de certa forma representou o fechamento de um ciclo – que sempre é também a abertura de outro”, prossegue. “Por ser algo ainda em gestação, não posso adiantar muito sobre a forma final pois eu mesma não sei… ”
O single canta as indecisões e incertezas de 2020, mas abre a janela para a transformação, que parece ser o próximo passo de sua carreira: “Se acaso a casa cair, a asa pode se abrir”, canta no refrão. A faixa é fruto de uma parceria com o produtor Pipo Pegoraro, que quando estava lançando seu disco Antropocósmico no início do ano, chamou a amiga cantora, que também é fotógrafa, para fazer fotos de divulgação para seu novo trabalho. Laura topou e decidiu receber pelo serviço na forma da produção deste novo single, que, por sua vez, foi feito todo à distância, uma vez que Laura mudou-se para Atibaia, no interior de São Paulo.
“Minha intenção é seguir trabalhando com o Pipo, pois achei que nossa dinâmica criativa funcionou muito bem na produção desse single”, conclui, falando na produção de um EP com músicas antigas que ainda não tinham arranjo e outras novas composições, além de esperar a possibilidade de voltar a fazer shows, pois tinha marcado de ir para Portugal. “Era meu plano para esse ano, interrompido por conta da quarentena, por ter gravado António Variações no disco anterior, fui cultivando esse desejo de apresentar minha versão por lá e assim que possível o farei.”
Ela volta a dar notícias, desta vez com a primeira música nova de seu novo disco, Dumbo, gravada ao lado da Juliana R., Laura Wrona, Lulina e de seu filho de oito anos. Ficou massa.