O fim do mundo de Lars Von Trier

Vi o Melancholia, do Lars Von Trier, na semana passada.

Não cheguei a desgostar, o que, pra mim, em se tratando do diretor dinamarquês, é lucro. Há cenas deslumbrantes com uma trilha sonora arrebatadora (“Tristão e Isolda”, de Wagner), uma atuação impecável de Charlotte Gainsbourg e uma mais ou menos de Kirsten Dunst, além de uma história que parece se desenrolar em uma DR familiar espetacular, mas que se perde em devaneios existencialistas esquizofrênicos. O início e o final do filme são ótimos, mas somando tudo não chega a uma nota 7. O que é uma nota alta, quando levamos em consideração que é um diretor autoral disposto a fazer ficção científica. E é mais ou menos a média do Von Trier, o diretor mais superestimado de sua geração. No entanto, vale ver no cinema – só as cenas à la Discovery Channel, em que Lars filma a Via Láctea em todo seu esplendor, já valem o preço do ingresso.

Todo o constrangimento de Kirsten Dunst enquanto Lars Von Trier elogiava Adolf Hitler





Palma de Ouro de melhor atuação pra ela! Vi no Four Four, dica do Privatti.

Hitler não gostou de saber que Lars Von Trier foi banido de Cannes

Tava demorando.

Antijoke chicken – a galinha antipiadas

Todo esse papo de Lars Von Trier causando com a lei de Godwin, João Pereira Coutinho com nojinho de mulher pelada (e comparando amamentação com masturbação!), a iniciação sexual de Bolsonaro e Danilo Gentilli fingindo ser politicamente incorreto sem perceber que não mascara a própria escrotice, me lembrou de um dos meus memes favoritos, essa galinha que estraga as piadas logo de saída:

É demais. E aí em seguida eu vejo esse tweet do Antonio Prata, em sincronia:

Filme catástrofe de arte

Ou seria o oposto? Eis o trailer do próximo Lars Von Trier: Melancholia.

Imagine um Impacto Profundo escandinavo. Acho que é por aí.

Se Lars Von Trier fosse encarregado em vender o turismo da Dinamarca

The Onion pra mim é melhor do que 80% daquilo que se autodenomina jornalismo hoje em dia.