Larissa Conforto transmuta-se em Àiyé

Foto: Rodrigo Tinoco

Foto: Rodrigo Tinoco

Larissa Conforto agora é Àiyé. A ex-baterista do grupo Ventre assumiu o título que deu para sua temporada no Centro da Terra no final do ano passado como sua nova personalidade musical e agora prepara-se para o lançamento do EP Gratitrevas (capa abaixo), cuja primeira música, “Pulmão”, é mostrada em primeira mão no Trabalho Sujo. Ela define a faixa, que estará nesta sexta nas plataformas de streaming, como um “maculelê minimalista”, num trabalho que bebe tanto do trip hop quanto da eletrônica desta década.

Àiyé é apenas Larissa Conforto tocando bateria, cantando, declamando e disparando bases no palco (e chamando eventuais parceiros e comparsas), mas também fruto de uma pesquisa que mistura buscas por timbres e sonoridades específicas – digitais e acústicos. Ao mesmo tempo, traça as origens de um sobrenatural brasileiro que aponta para o futuro, trançando tradições indígenas, europeias e africanas em uma busca pessoal pela própria ancestralidade que confunde-se com a formação do país – um processo que aconteceu simultaneamente com a ida de Larissa para Portugal. Carioca que tinha mudado-se para São Paulo há pouco tempo – um processo que coincidiu com o fim de sua banda anterior, os heróis do indie brasileiro desta década do Ventre -, Larissa agora está em Lisboa, mas volta para o Brasil ainda este ano, quando mostra sua cara Àiyé no palco do próximo Balaclava Fest, que acontece dia 13 de outubro, em São Paulo. Conversei com ela sobre esta nova fase e suas inspirações.

gratitrevas

Larissa Conforto: Àiyé

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Maior satisfação em anunciar que a baterista e vocalista Larissa Conforto passará as quatro segundas-feiras de novembro no Centro da Terra explorando recantos de sua musicalidade com amigos e parceiros. A temporada Àiyé foi dividida de acordo com as fases da Lua e explora diferentes sonoridades e formatos a cada semana. A primeira apresentação, dia 5, começa sob a lua nova, reúne Desirée Marantes (do Harmônicos do Universo), Luccas Villela e Lucas Theodoro (do E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante) e é descrita como “darkzeira pós catástrofe eleitoral. Climão de reviravolta. Goticismo pós moderno com um toque de malícia paulistana. Melancolia esperançosa em camadas generosas de synths, violino, baixo, guitarra, baterias e pedais de efeito”. Depois vem a lua crescente, no dia 12, com Guilherme Marques, dia de “introdução à Gira transcendental. Macumba braba, sim senhora. Os cantos e os tambores sagrados contam a outra história esquecida de minha terra. Bendição ancestral pra lavar o baixo astral. Intervenções em samples de pontos de umbanda e candomblé.” No dia 19, lua cheia, ela vem acompanhada de Helena Maria, Camila Garófalo, do Obinrin Trio e Nana Strassacapa (da banda Francisco, El Hombre), e é noite de “ritual feminoize desplugadão. Cantos de luto e luta, em tambor e voz. O Chamado das manas. Gritaria e grelo duro. O Mito somos nós.” A temporada termina no dia 26, lua minguante, com a participação de Luíza Pereira (da banda Inky) e Guilherme Assis, numa noite de “astrologismos quatizados. Trilha inteiramente plugada e improvisada sob samples de sons da lua captados pela Nasa, synths analógicos e beats overdubeados. No hay orchestra.” Conversei com a Larissa sobre este processo que atravessará as segundas de novembro (mais informações aqui) e a relação deste com seu primeiro registro solo próximo.

Como surgiu a ideia desta temporada?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-como-surgiu-a-ideia-desta-temporada

Como você pensou em dividir a temporada em quatro noites?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-como-voce-pensou-em-dividir-a-temporada-em-quatro-noites

Cada uma das noites isola uma determinada parte de sua musicalidade?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-cada-uma-das-noites-isola-uma-determinada-parte-de-sua-musicalidade

A ideia é dissecar estes conceitos para depois chegar a alguma conclusão?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-a-ideia-e-dissecar-estes-conceitos-para-depois-chegar-a-alguma-conclusao

Em que estágio está seu primeiro disco e como ele conversa com a temporada?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-em-que-estagio-esta-seu-primeiro-disco-e-como-ele-conversa-com-a-temporada

Como você pretende levar os colaboradores da temporada para o disco?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-como-voce-pretende-levar-os-colaboradores-da-temporada-para-o-disco

Como o fato de fazer o show em um teatro – e não em uma casa de shows – ajuda você a desenvolver melhor o conceito de cada noite?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-como-fazer-o-show-em-um-teatro-ajuda-a-desenvolver-melhor-estes-conceitos

Já tem previsão de lançamento para o disco?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-ja-tem-previsao-de-lancamento-para-o-disco

O segundo semestre de 2018 no Centro da Terra

Foto: Nino Andrés

Foto: Nino Andrés

Segura a programação do segundo semestre no Centro da Terra, que o Pedro antecipou no blog dele no Estadão (Rakta e Filipe Catto não conseguiram aparecer pra épica foto do Nino Andres)

Agosto:
Segundas (6, 13, 20 e 27) – Rakta
Terças (7, 14, 21 e 28) – Mawaca

Setembro:
Segundas (3, 10, 17 e 24) – Metá Metá
Terças (4, 11, 18 e 25) – Tássia Reis

Outubro:
Segunda e terça (1 e 2) – Filipe Catto
Segundas (8, 15, 22 e 29) – Universal Mauricio Orchestra
Terças (9, 16, 23 e 30) – Tika e Kika

Novembro:
Segundas (5, 12, 19 e 26) – Larissa Conforto
Terças (6, 13, 20 e 27) – Gui Amabis

Tá demais!

A vida após o Ventre

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Larissa tinha acabado de tocar com a banda Papisa na segunda edição de seu espetáculo Tempo Espaço Ritual no Centro da Terra quando fui cumprimentá-la ao lado do palco. Ela estava exausta e elétrica como sempre fica após os shows, mas seu olhar, em vez de eufórico, estava perdido no infinito. Não consegui segurar e perguntei o que ela tinha – e ela desabafou, lágrimas nos olhos: “A Ventre acabou!”.

Não é preciso nem conhecê-la direito para saber o impacto daquela notícia em sua vida – qualquer um que já tenha assistido a um show do trio formado por Larissa Conforto (bateria e voz), Hugo Noguchi (baixo e voz) e Gabriel Ventura (guitarra e voz) sabe que a intensidade emocional carregada sobre o grupo transpira por todos os poros, atingindo o público como uma tempestade de fortes sensações misturadas: tristeza e esperança, choro e euforia, pânico e êxtase. E se o trio tem sua dose equânime de talento e sensibilidade, a força-motriz deste temporal é Larissa, tanto ao esmurrar sua bateria quanto ao entregar-se nos vocais. E isso não é mérito apenas em sua banda – já a vi fazendo isso nos shows de Thiago Pethit em homenagem à Patti Smith, com o My Magical Glowing Lens e com a Papisa de Rita Oliva, como naquele fim de fevereiro em que a encontrei desolada. Fora seu papel como agente cultural – já trabalhou em gravadora, teve casa de shows e é uma das instrumentistas mais intensamente ativas na cena indie brasileira -, além de ser um amor de pessoa.

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Era fevereiro deste ano e o Ventre ainda iria tocar no Lollapalooza naquela que seria sua grande apresentação às vésperas do segundo álbum. Mas no fundo o trio já sabia que teria que suspender as atividades desde o início do ano, antes de abrir para os shows do Toe em São Paulo e de participar do festival catarinense Psicodália, no carnaval. Encontrei com Larissa pouco tempo antes deste show no Lollapalooza e combinei de bater um papo com ela sobre o fim da banda – que depois o grupo passou a se referir como “pausa” – e o que ela deve fazer em breve. E aproveitei para conversar sobre a cena independente brasileira, arte e política. O papo, via Whatsapp, levou alguns dias entre março e abril, perto do lançamento da primeira parte do EP que encerra as atividades do grupo (Saudade (O Corte 切り)), por isso só agora consegui organizar os áudios e publicar toda nossa conversa.

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Fale sobre o fim da Ventre.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-fale-sobre-o-fim-da-ventre

É o fim, é uma pausa ou está 100% em aberto?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-e-o-fim-e-uma-pausa-ou-esta-100-em-aberto

Como foi o último show da banda no Lollapalooza?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-como-o-ultimo-show-da-banda-no-lollapalooza

E vocês ainda lançam um EP antes de acabar de vez?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-e-voces-ainda-lancam-um-ep-antes-de-acabar-de-vez

Vocês vão fazer mais shows ou fazer um show de despedida?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-voces-vao-fazer-mais-shows-ou-fazer-um-show-de-despedida

O que mais você vai fazer agora que a Ventre acabou?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-o-que-mais-voce-vai-fazer-agora-que-a-ventre-acabou

Como você vê o mercado independente brasileiro de dez anos pra cá?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-como-voce-ve-o-mercado-independente-brasileiro-de-dez-anos-pra-ca

Você falou sobre festivais, mas queria que você falasse sobre o papel das casas de show.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-voce-falou-sobre-festivais-mas-e-as-casas-de-show

E como entra a comunicação e a divulgação nesta história?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-e-como-entra-a-comunicacao-e-a-divulgacao-nesta-historia

É nítida a evolução da cena independente brasileira?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-e-nitida-a-evolucao-da-cena-independente-brasileira

Arte é resistência?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-arte-e-resistencia

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Foto: Breno Galtier (Divulgação)

Numa época política tão conturbada, por que a música brasileira não protesta?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/larissa-conforto-2018-numa-epoca-politica-tao-conturbada-por-que-a-musica-brasileira-nao-protesta

Thiago Pethit encontra Patti Smith

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Da ponte erguida em Rock’n’Roll Sugar Darling, seu álbum mais recente, de três anos atrás, Thiago Pethit desceu em Patti Smith. A conexão entre música, teatro e poesia que sempre esteve presente em sua obra aos poucos despe-se das guitarras para abraçar as palavras e ao imaginar um espetáculo sobre uma de suas principais musas, ele cercou-se de mulheres para seguir com a provocação sobre gênero. Assim, a banda é formada por ele, Larissa Conforto (do Ventre, na bateria), Stéphanie Fernandes (no baixo), Monica Agena (do Moxina, na guitarra) e Rita Oliva (a Papisa, no teclado), além da presença da atriz Leandra Leal, que o ajuda a declamar os textos de Patti, puxando uma vibe “sarau beatnik”, como ele mesmo define. O show acontece no Sesc Pinheiros a partir das 21h (mais informações aqui) e Thiago o vê como a semente de um projeto maior, orbitando ao redor do magnetismo da poeta punk. Conversei com ele sobre este novo show, sua influência, o processo de realização e uma possível continuidade.

Como foi a sua primeira vez com a Patti Smith?
Foi média. Acho que não nos conquistamos de cara. A segunda sim é que foi boa.
Eu escutei Patti quando era adolescente, mas não bateu. Acho que não entendi. Eu era adolescente, né? Em termos de rock, tava mais interessado em ver o Mick Jagger rebolando ou a Debbie Harry fazendo passinhos de dança e a Patti parecia estranha e profunda demais, então ela ficou no ali no canto.
Mas em 2010, nos reencontramos quando li Só Garotos. E aí sim um mar de ideias, sensibilidades, poesias, e identificações foram possíveis. Foi só então que eu voltei aos discos e saquei o que era aquilo.

E quem teve a idéia de fazer um show em homenagem a ela?
Meu namorado. Ele sabe o quanto eu sou apegado ao trabalho da Patti e o quanto ela vem influenciando meu trabalho, não diretamente musical, mas de forma conceitual. Um dia ele falou “quando é que você vai fazer um show sobre isso?” e me deu esse click: é agora!
Desde Estrela Decadente eu venho estudando ensaios e poemas e peças de teatro que ela escreveu e baseando alguns conceitos, ou personagens no meu trabalho. O próprio Joe Dallesandro, que aparece na introdução do meu disco RnR Sugar Darling, me foi ‘apresentado’ pelo Só garotos. Segundo o livro, ele era um “role model” para o Robert Mapplethorpe. De certa forma era tudo que ele queria ser e representar para entrar no mundo do Warhol, então ele seguia todos os passos do Joe. Frequentava os mesmos lugares, faziam michê juntos pelas ruas de NY… Os anjos sujos e com bocas de cowboy que o Joe cita na abertura do meu disco, são eles. E foram ideias que surgiram da peça Cowboy Mouth da Patti com o Sam Shepard.
Mas em termos musicais, eu talvez intuísse que ainda não estava pronto para acessar a Patti. Na verdade, eu ainda sinto que gostaria de fazer mais intervenções sobre o show, gostaria de estar ainda mais pronto como artista, mais completo, para realmente acessar algo que eu ambiciono sobre isso. Pelo menos agora, sinto que me aprofundei suficientemente para poder homenageá-la. Quem sabe mais pra frente eu não vá aos poucos desenvolvendo essas outras ideias.

Você viu ela ao vivo fazendo o Horses em 2015?
Infelizmente não. Mas eu vi um show pequeno, para umas 100 pessoas, em comemoração ao aniversário do Lenny Kaye – o eterno guitarrista de Patti – de 70 anos, um dia antes dela completar 70 também. E foi maravilhoso, ela fez uma participação cantando umas sete músicas com ele e banda. Contou histórias, recitou poesias, e nossa… que poder ela tem com as palavras. Saí do bar como se tivesse levado uma descarga elétrica. Enfiei os dedos na tomada.
É algo impressionante e que não se entende apenas escutando os discos. Por isso também senti a necessidade de ter uma atriz no show, que pudesse trazer essa compreensão da PALAVRA para o palco.

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4) O show é só o Horses? Fala sobre o conceito do show.
Não é só Horses. Tem outras fases. O Horses é o meu preferido e é a maior parte do show, mas eu fui selecionando as músicas – e os trechos poético-literarios – por afeto mesmo. Perguntei para algumas amigas próximas, que também veneram a Patti como eu, pedi sugestões. Peguei tudo o que eu mais gosto de todos as fases, e apenas uma música que eu odeio. Sempre faço isso em shows de versões. Acho que o maior desafio para entender um artista é quando cê tem que se colocar fazendo aquela música que você não gosta mesmo. Então, essa também está e eu jamais direi qual é.
No princípio era só um show de música. Mas a imagem dela ao vivo, a impressão que tive sobre a força das palavras, aliado ao fato de que ela me conquistou pela literatura, acabaram abrindo esse desejo de trazer isso junto ao espetáculo. E esse foi um dos motivos pelos quais eu não quis fazer o Horses inteiro. Porque eu compreendi que existe uma força ali, que é da poesia. São as palavras e os sentidos, a poesia. O rock’n’roll é a arma de comunicação, mas são as palavras que importam. Quando você estuda os arranjos, isso fica nítido. Eles não existem, eles certamente foram gravados em forma de jam session onde a banda acompanhava o sentido das palavras e frases em músicas de três acordes. E para fazer isso, com a mesma ambição eu precisaria ‘versionar’ para o português grande parte das músicas-poesias. E é algo diferente das músicas de poetas compositores como Cohen, ou Chico Buarque. O Horses é um disco de poesia falada. Quase que acidentalmente musical.
Essa é a tal da ambição que falei antes. Virou um pequeno desejo pretensioso guardado aqui para o futuro: chamar pessoas que eu considero gênias das palavras, gente como o Zé Miguel Wisnik, que tem um poder de uso das palavras e seus sentidos, e/ou Helio Flanders, meu pequeno poeta parceiro da minha geração, sentarmos juntos e fazer esse projeto em português. Quem sabe.
Eu até arrisquei sozinho a tradução de alguns poemas que nunca tiveram publicação no Brasil. E alguns trechos estarão no show. Mas mais como forma de trazer ao público alguma dimensão dos significados. Não estou pronto para assumir isso como ‘nossa, fiz uma versão’.

Como a Leandra entrou nessa história?
Leandra, Leandra! Bom, no processo de ensaios eu entendi que alcançar o que eu queria era algo mais ambicioso do que eu havia planejado. As músicas em si já exigem bastante preparação, não em termos de canto e técnica, mas de compreensão. A mente da Patti é complexa e cheia de sobreposições de ideias. São alusões infinitas a Rimbaud e Verlaine e Jimi Hendrix, de Jean Genet aos faroestes americanos e a Bíblia. Impossível cantar essas músicas sem mergulhar o mínimo que seja nesses “autores”. Fazer isso e ainda achar um espaço adequado paras leituras, seria demais. Por isso senti a necessidade de uma atriz.
Mas isso também representava outra dificuldade. Porque eu não queria uma encenação, tipo, a atriz interpreta a Patti Smith. Não é isso que acontece. As leituras são muito mais no sentido de um sarau beatnik do que de uma encenação teatral. E para isso, eu precisaria de alguém que fosse razoavelmente conhecida do público e fosse também conhecida por ter um trabalho e uma persona pública tão legitima, fiel a certos valores artísticos e enfim…. Como eu disse esses dias, eu precisava de uma atriz que tivesse poesia em si, como a pensa e enxerga a Patti e como eu sempre vi a Leandra. É uma mega honra ter a participação dela. Até porque atrizes assim, jovens, conhecidas do público e cheias de poesia, parecem ser uma espécie raríssima hoje em dia.

O show vira uma turnê?
Adoraria que virasse uma turnê. Adoraria que virasse um grande projeto ambiciosamente artístico como o que descrevi. Quem sabe? São possibilidades. Estou crescendo aos poucos com isso, uma hora ficará maduro o suficiente. The infinte Land is surrounded by a sea of possibilities.

My Magical Glowing Lens viajando no azul do céu

MyMagicalGlowingLens

Nossa banda psicodélica capixaba favorita, o My Magical Glowing Lens, lança mais um single de seu disco de estréia, Cosmos. É o primeiro single que a banda lança em português, uma viagem de verão chamada “Raio de Sol”, em primeira mão para o Trabalho Sujo:

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A faixa também vem acompanhada do primeiro clipe do disco, igualmente trippy:

O single também marca o início da turnê que a banda faz pelo Brasil antes do lançamento oficial de Cosmos. Veja as datas e locais no pôster abaixo:

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