Lara Aufranc 2017: “Como é que para o que se quer”

, por Alexandre Matias

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A cantora Lara Aufranc encara o próprio sobrenome (pronuncia-se “ôfranq”) na nova fase de sua carreira. Abandona o codinome que fazia parecer que seu trabalho solo era uma banda (Lara e os Ultraleves) rumo a uma sonoridade menos comercial e mais autoral. “Eu não me preocupei em ser coerente com o disco anterior, em agradar, nada”, me explica a cantora por email. “Foi uma escolha de vida, optei por seguir o meu caminho da forma mais sincera possível. E nesse contexto, assumir o meu sobrenome fez todo sentido.” O primeiro resultado desta nova fase é o clipe de “Passagem”, que estreia em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.

“‘Passagem’ foi uma das primeiras músicas a surgir, e por isso é uma boa representação do caminho que foi desenvolvido no disco”, ela explica. “Existe uma pressão para que a sociedade seja homogênea. Todo mundo no mesmo caminho, na mesma direção. Só que a vida é múltipla, as pessoas são complexas e os desejos são os mais variados. A música e o clipe são um chamado para a vida que acontece agora, imersa nesse fluxo urbano de gente e informação.

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