Mais Lana del Rey ao vivo

Dessa vez, em Glasgow, com mais uma música nova…

Que beleza…

Vida Fodona #305: Pra pista, ma non troppo

Sábado à noite tem Gente Bonita com a Banda Uó e a garota Vida Fodona da semana, a gaúcha Juliana Baldi, na discotecagem – e o programa de hoje funciona como um bom aquecimento… Quem vai?

Washed Out – “New Theory (RAC Remix)”
Toro Y Moi – “I Can Get Love”
Mayer Hawthorne – “Dreaming”
Karina Buhr – “Pra Ser Romântica”
Neon Indian – “Heart-Release”
Wado + Curumin – “Esqueleto”
Radiohead – “Codex (SCNTST Remix)”
Tom Waits – “Talking at the Same Time”
Black Keys – “Run Right Back”
Holy Ghost – “Wait & See”
Viceroy – “Paradise”
Chromeo – “When the Night Falls (Breakbot Remix)”
Miles Fischer – “This Must Be the Place”
Dreams – “Inlove”
Alex Clare – “Caroline”
Lana Del Rey – “Born to Die”

Por aqui.

Lana Del Rey au Paris

Cantando “Video Games”…

Lana del Rey ao vivo

Faixa nova, mostrada pela primeira vez no show dessa sexta-feira.

Smooth…

Mais Lana Del Rey

Há quem não goste…


Lana Del Rey – “Blue Jeans (Club Clique ‘Nothing Is Real’ Remix)” (MP3)

E quem é que tava me esperando quando cheguei de Floripa?

Ela mesma, Lana Del Rey. No caso, o primeiro registro dela em disco – um picture com “Video Games” de um lado e “Blue Jeans” do outro.

É bom que fica no repeat.

E Lana Del Rey assinou com a Interscope!

Nos avisa a Pitchfork, citando a Billboard. Como se isso mudasse alguma coisa…

Lana Del Rey: “I feel better now that is over”

E depois dos prêmios da revista Q, Lana dá uma entrevista em vídeo, em que fala, inclusive, que parou de ler sobre si mesma online, pois começou a ficar chateada. Owwwn, tadinha.

Vida Fodona #304: Que tal uma festa Vida Fodona?

E já que eu vou tocar com a Bia e a Julie, botei elas como Garotas Vida Fodona da vez. Aumenta o som!

Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Chromeo – “When The Night Falls (Sammy Saxy Bananas Remix)”
Peter Bjorn & John – “Second Chance”
Rapture – “In the Grace of Your Love”
Holy Ghost – “Wait & See”
VHS or Beta – “I Found a Reason”
Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Open Heart Surgery”
Architecture in Helsinski – “Escapee”
Paul McCartney – “Temporary Secretary”
Tennishero – “Midnight Love”
Washed Out – “Eyes Be Closed”
Justice – “Audio Video Disco”
Bo$$ in Drama – “Disco Karma”
Lana Del Rey – “Kinda Outta Luck”
Maroon 5 + Christina Aguillera – “Moves Like Jagger”

Vem aê!

Impressão digital #0079: Lana Del Rey

Minha coluna no 2 de domingo foi sobre a “autencidade” (wtf) de Lana Del Rey.

Mentira ou fantasia
O misterioso caso de Lana Del Rey

“It’s you, it’s you… It’s all for you…”. A voz lânguida de Lana Del Rey escorrega-se pelo refrão de “Video Games” como uma diva entediada deslizaria-se numa chaise longue. A música, seu primeiro single, apareceu há dois meses, num vídeo filmado pela webcam e editado por ela mesma, misturando cenas próprias com imagens de arquivo. Em pouco tempo, surgiam novas músicas, todas em vídeo – “Blue Jeans” e “Kinda Outta Luck” –, todas seguindo a mesma estética: Lana fazendo biquinho para mostrar seus beiços grossos, deixando o cabelo cair sobre o rosto para enfatizar o clima retrô, como se fosse uma Jessica Rabbit de carne e osso, sempre com imagens que remetem a uma nostalgia dos anos 50, tão em voga nesses tempos de Mad Men.

Foi o suficiente para que começassem a falar dela, primeiro em blogs de MP3 e depois nos sites, jornais e revistas. E, sem ao menos ter nem um single lançado, ela já era candidata a título de diva de 2012.

E, em seguida, veio a reação. Não era possível que o hype todo viesse sozinho e começaram a fuçar no passado de Lana – e descobriram que esse nome era um pseudônimo e que não era sua primeira incursão ao mercado fonográfico. Chamava-se Lizzy Grant e circulava pelos corredores da indústria – além de ter lábios bem menos cheios. E logo as especulações sobre seu passado se tornaram um certeiro “arrá!” quando, antes mesmo de ter seu single lançado, a cantora anunciou que havia assinado com a gravadora norte-americana Interscope.

E aí chegamos ao ponto central da coluna de hoje: Lana é um artista menor ou pior simplesmente por ter sido “fabricada” por uma gravadora para “enganar” o público que se orienta por música via internet? Reforço as aspas nos verbos pois essa “fabricação” não é necessariamente artificial (Britney Spears é fabricada? E Lily Allen? E Amy Winehouse, também era?) nem essa “enganação” é trapaceira.

Nos tempos de reality show em que vivemos graças à internet – que permite acompanhar passo a passo a vida de qualquer celebridade –, os limites entre realidade e ficção ficaram tão borrados que nos tornamos céticos em relação a qualquer novidade ou notícia que apareça. Há quem diga que esse é o motivo do sucesso dos próprios reality shows, uma vez que novelas, filmes e seriados já foram assimilados a ponto de os distanciarmos da realidade – e não nos envolvermos emocionalmente com eles.

O mesmo acontece na música. E o desafio que Lana Del Rey (seja a artista, seja “o projeto Lana Del Rey”) nos propõe independe do fato de ela ser uma artista de verdade ou um produto fabricado em estúdio. Como escreveu Amy Klein, da banda Titus Andronicus, em seu blog. “Não importa se ela tem algo de real para nos vender porque Lana Del Rey nos fez pensar sobre a relação entre vender uma fantasia e vender mentira. Ela é a mentira que nós mentimos para nós mesmos – e é isso o que os Estados Unidos sempre foram e sempre serão, essa mulher maravilhosa que pode fazer nossos sonhos virarem realidade. Então não importa se ela te ama ou te odeia, porque ela vai pegar todo seu dinheiro e você vai deixá-la ir. Essa é a realidade dela.” Amy está falando dos EUA, mas também sobre o que é música pop.

* A coluna Impressão Digital, do editor do Link Alexandre Matias, é publicada todos os domingos, no Caderno 2