E depois dos prêmios da revista Q, Lana dá uma entrevista em vídeo, em que fala, inclusive, que parou de ler sobre si mesma online, pois começou a ficar chateada. Owwwn, tadinha.
E já que eu vou tocar com a Bia e a Julie, botei elas como Garotas Vida Fodona da vez. Aumenta o som!
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Chromeo – “When The Night Falls (Sammy Saxy Bananas Remix)”
Peter Bjorn & John – “Second Chance”
Rapture – “In the Grace of Your Love”
Holy Ghost – “Wait & See”
VHS or Beta – “I Found a Reason”
Beth Ditto + Simian Mobile Disco – “Open Heart Surgery”
Architecture in Helsinski – “Escapee”
Paul McCartney – “Temporary Secretary”
Tennishero – “Midnight Love”
Washed Out – “Eyes Be Closed”
Justice – “Audio Video Disco”
Bo$$ in Drama – “Disco Karma”
Lana Del Rey – “Kinda Outta Luck”
Maroon 5 + Christina Aguillera – “Moves Like Jagger”
Minha coluna no 2 de domingo foi sobre a “autencidade” (wtf) de Lana Del Rey.
Mentira ou fantasia
O misterioso caso de Lana Del Rey
“It’s you, it’s you… It’s all for you…”. A voz lânguida de Lana Del Rey escorrega-se pelo refrão de “Video Games” como uma diva entediada deslizaria-se numa chaise longue. A música, seu primeiro single, apareceu há dois meses, num vídeo filmado pela webcam e editado por ela mesma, misturando cenas próprias com imagens de arquivo. Em pouco tempo, surgiam novas músicas, todas em vídeo – “Blue Jeans” e “Kinda Outta Luck” –, todas seguindo a mesma estética: Lana fazendo biquinho para mostrar seus beiços grossos, deixando o cabelo cair sobre o rosto para enfatizar o clima retrô, como se fosse uma Jessica Rabbit de carne e osso, sempre com imagens que remetem a uma nostalgia dos anos 50, tão em voga nesses tempos de Mad Men.
Foi o suficiente para que começassem a falar dela, primeiro em blogs de MP3 e depois nos sites, jornais e revistas. E, sem ao menos ter nem um single lançado, ela já era candidata a título de diva de 2012.
E, em seguida, veio a reação. Não era possível que o hype todo viesse sozinho e começaram a fuçar no passado de Lana – e descobriram que esse nome era um pseudônimo e que não era sua primeira incursão ao mercado fonográfico. Chamava-se Lizzy Grant e circulava pelos corredores da indústria – além de ter lábios bem menos cheios. E logo as especulações sobre seu passado se tornaram um certeiro “arrá!” quando, antes mesmo de ter seu single lançado, a cantora anunciou que havia assinado com a gravadora norte-americana Interscope.
E aí chegamos ao ponto central da coluna de hoje: Lana é um artista menor ou pior simplesmente por ter sido “fabricada” por uma gravadora para “enganar” o público que se orienta por música via internet? Reforço as aspas nos verbos pois essa “fabricação” não é necessariamente artificial (Britney Spears é fabricada? E Lily Allen? E Amy Winehouse, também era?) nem essa “enganação” é trapaceira.
Nos tempos de reality show em que vivemos graças à internet – que permite acompanhar passo a passo a vida de qualquer celebridade –, os limites entre realidade e ficção ficaram tão borrados que nos tornamos céticos em relação a qualquer novidade ou notícia que apareça. Há quem diga que esse é o motivo do sucesso dos próprios reality shows, uma vez que novelas, filmes e seriados já foram assimilados a ponto de os distanciarmos da realidade – e não nos envolvermos emocionalmente com eles.
O mesmo acontece na música. E o desafio que Lana Del Rey (seja a artista, seja “o projeto Lana Del Rey”) nos propõe independe do fato de ela ser uma artista de verdade ou um produto fabricado em estúdio. Como escreveu Amy Klein, da banda Titus Andronicus, em seu blog. “Não importa se ela tem algo de real para nos vender porque Lana Del Rey nos fez pensar sobre a relação entre vender uma fantasia e vender mentira. Ela é a mentira que nós mentimos para nós mesmos – e é isso o que os Estados Unidos sempre foram e sempre serão, essa mulher maravilhosa que pode fazer nossos sonhos virarem realidade. Então não importa se ela te ama ou te odeia, porque ela vai pegar todo seu dinheiro e você vai deixá-la ir. Essa é a realidade dela.” Amy está falando dos EUA, mas também sobre o que é música pop.
* A coluna Impressão Digital, do editor do Link Alexandre Matias, é publicada todos os domingos, no Caderno 2
…remixada pelo Joy Orbinson.
Afinal, frio e chuva é bom pra isso.
Washed Out – “Soft”
Twin Sister – “Bad Street”
Pipo Pegoraro – “Radinho de Pilha”
Neon Indian – “Deadbeat Summer”
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Lana Del Rey – “Kill Kill”
Justice – “Helix”
Mallu Magalhães – “Cena”
Wilco – “Whole Love”
Girls – “Magic”
Tennishero – “Midnight Love”
Karina Buhr – “Pra Ser Romântica”
Cícero – “Pelo Interfone”
Flight Facilities + Gisele – “Crave (GoSpaceship Remix)”
Metronomy – “The Bay”
Carte Blanche + Alexis Taylor – “With You”
E o Bombay Bicycle Club pegou carona no hype da Lana Del Rey e acaba de lançar uma versão minimalista para “Video Games”, com a cantora folk – e apadrinhada pelo grupo – Lucy Rose como vocalista convidada.
Bombay Bicycle Club – Video Games (MP3)
“….I would wait a milion years”
É bem capaz que ela seja a maior artista de 2012, hein…
Já serve de aviso que fico fora a partir da próxima quarta atééééé a quarta da outra semana. Não precisa ficar com saudades…
Neon Indian – “Polish Girl”
Toro y Moi – “I Can’t Get Love”
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Kassin – “Quando Você Está Sambando”
Anelis Assumpção + Rodrigo Brandão + Lurdez da Luz – “O Importante é o Que Interessa (Vinil & Digital)”
Bo$$ in Drama – “Disco Karma”
Is Tropical – “Lies”
Dirtyphonics – “Tarantino”
Justice – “Helix”
Lana Del Rey – “Video Games (Club Clique Remix)”
Foster the People – “Broken Jaw”
Rapture – “Come Back to Me”
Girls – “Alex”
Céu – “É Preciso Dar Um Tempo Meu Amigo”
O lançamento do primeiro single de Lana Del Rey virá com o par de remixes oficiais preparados sobre as duas faixas de seu compacto, ambos feitos pelos DJs de Manchester Club Clique. A primeira deles, “Video Games”, foi revelado nessa semana, ao mesmo tempo em que se anunciou a data do primeiro show na Inglaterra, dia 4 de novembro, em Manchester. E ela tem toda a cara de ser esse tipo de artista americano que só é reconhecido no próprio país depois que passa pelo crivo inglês.
Club Clique – “Video Games (Club Clique For The Bad Girls Remix)“ (MP3)