Muito bom ver Luíza Villa crescer entre as duas apresentações que fizemos no Belas Artes dentro da sessão Trabalho Sujo Apresenta. Quando ela estreou seu tributo a Joni Mitchell na sala do cinema da Consolação, em novembro de 2023, ela fazia sua estreia solo ao mesmo tempo em que sua homenageada completava 80 anos e eu ressuscitava essa sessão (que antes da pandemia acontecia na Unibes Cultural) em versão audiovisual. Por isso, ao retornar ao cinema com dois anos de desenvolvimento de sua carreira autoral, que pode, a partir de sua homenagem à Joni, ganhar corpo e desenvolvimento, teve um gosto especial. Ainda mais quando a apresentação reunia muitos pontos de sua curta carreira. Ao ser acompanhada por dois integrantes de sua banda Orfeu Menino (Pedro Abujamra nos teclados e Tommy Coelho na bateria), ela seguiu fiel à Marcella Vasconcellos, baixista com quem fez todos seus seus shows solo (ou “sous sholos”, como ela zoa) desde que ela deixou de apresentar-se apenas com o violão e trouxe a convidada Lalá Santos para brilhar com seu clarinete em quase a metade da noite, além de contar com os visuais da amiga Olívia Albergaría, que fez os vídeos do primeiro show da Joni. O show foi quase todo autoral à exceção de sua versão acústica para “Both Sides Now”, música que batiza o show tributo e que, por questões técnicas (a bateria do violão elétrico arriou minutos antes do show começar), preferiu tocá–la sem eletricidade, nem amplificação no instrumento nem microfone em sua voz, mostrando, na prática, o quanto ela cresceu neste anos. Vambora Villa!
#luizavilla #cinebelasartes #trabalhosujoapresenta #trabalhosujo2025shows 203
Que maravilha o #chamafestival2025 neste sábado na Casa Rockambole. Tudo funcionou lindamente e juntos transformamos uma noite fria de sábado numa celebração festiva de uma parcela considerável comunidade musical paulistana em formação. Artistas e bandas que estão, em sua maioria, nos primeiros anos de carreira, mostraram serviço enquanto se divertiam e faziam sua arte. A Orfeu Menino tacou fogo no festival de cara, botou todo mundo pra dançar e os sopros de Lalá Santos acentuaram o groove do quinteto. Depois o Saravá encaixou-se bem com Ricardo Paes, do Naimaculada, e seu tom meio blues e soul funcionou lindamente com a melancolia pesada do trio. Em seguida, o grupo D’Artagnan Não Mora Mais Aqui trouxe seu noise pós-punk torto e melódico, em que o guitarrista do Nigéria Futebol Clube, Rodrigs, não teve dificuldade para entrar – e prometeu a vinda de seu primeiro álbum. A Monstro Bom trouxe seu indie pop com as intervenções eletrônicas do Lauiz e também falou da vinda de seu disco de estreia. A alternância entre palcos funcionou e todos conseguiam ver tudo, sem perder o show anterior ou o seguinte. O Tutu Naná derreteu todos com ruído e melodia e Karin Santa Rosa tornou-se quinta integrante do grupo. Mas ninguém estava preparado pro que o Gabiroto iria fazer: ele começou o show tendo suas mãos tatuadas no palco (enquanto cantava) e, depois de convidar Trash para a noite, abriu uma clareira no público para a entrada de uma garota pendurada no teto por num tecido, um cara de pernas de pau e bailarinas com, um verdadeiro circo freak. A noite terminou com duas doses pesadas de rock: a psicodelia do Applegate com o hard rock do Malvisto e a crueza do Ottopapi com a presença efusiva da estreante da Isabella Gil. Shows que deixaram todos extasiados e felizes, com a casa cheia pra ver nomes que sequer tinham ouvido falar. E assim a curiosidade vence a apatia. Missão cumprida!
#chamafestival2025 #gabiroto #trash #sarava #ricardopaes #orfeumenino #lalasantos #applegate #malvisto #tutunana #karinsantarosa #monstrobom #lauiz #dartagnannaomoramaisaqui #rodrigs #ottopapi #isabellagil #inferninhotrabalhosujo #aportamaldita #casarockambole #trabalhosujo2025shows 191 a 198
Ottopapi, D’Artagnan Não Mora Mais Aqui, Gabiroto, Orfeu Menino, Monstro Bom, Tutu Naná e Applegate são as atrações da primeira edição do Chama Festival, que tem como o intuito mostrar as novas bandas brasileiras que estão surgindo nesta década. Idealizado por mim e pelo Arthur Amaral (que criamos estes celeiros de talentos no Inferninho Trabalho Sujo e no Porta Maldita), o festival reúne oito bandas – que por sua cada uma delas recebe seus respectivos convidados: Ottopapi recebe Isabella Gil, D’Artagnan Não Mora Mais Aqui convidou o Rodrigs do Nigéria Futebol Clube, Gabiroto chamou o Trash, Orfeu Menino veio com a Lalá Santos, Monstro Bom trouxe o Lauiz, Tutu Naná convocou Karin Santa Rosa e Applegate acionou o Malvisto. O festival acontece no sábado dia 13 de setembro de 2025 a partir das 16h20 na Casa Rockambole. Os ingressos já estão à venda.