Tou esperando aparecer a versão a capella desse remix: aí sim. Porque essa voz em 45 RPM caga tudo.
Cuidado ao clicar nesse site: http://raraahahahromaromamagagaoohlala.com/
Rolou ontem no Grammy (alguém ainda se importa com isso?). E não é só o velho Elton que gosta da Gaga: Ozzy também.
Pronto, pronto, passou…
Alphabeat – “Digital Love”
DJ Tripp – “Just Stop Believin'”
Radiohead – “Everything In Its Right Place (Gilgamesh Disco Tech Remix)”
Pnau – “With You Forever (FM Attack Remix)”
Phoenix – “Lisztomania”
Franz Ferdinad – “No You Girls”
Lyrics Born – “I Changed My Mind (Stereo MCs Remix)”
Budos Band – “Ghostwalk”
Amigos Invisibles – “Mentiras”
Hot Chip – “One Life Stand”
Gossip – “Heavy Cross”
Drus – “Might Like Jeffer Better”
Lady Gaga – “Bad Romance (Hercules & Love Affair Mix)”
Dragonette – “Fix Into Thrill”
Fabian – “Alpha”
Ainda na praia da infâmia e dos mashups, essa “Papparazi” no samba rock ficou bem, er…, “suave”, hein. Culpe o Thiago Correa, puro feeling.
Um mashupzinho pra encerrar essa década loucaça – Lady Gaga x música-tema da última cena dos Sopranos a cargo do DJ Tripp (a faixa faz parte da já tradicional compilação de melhores mashups do ano que a festa Bootie, de San Francisco, faz todo ano). E se você acha que as coisas podem voltar ao normal, deixa eu profetizar: em dez anos um monte de doença vai ser extinta (como a miopia nessa última década, alguém reparou?), o ser humano vai se misturar cada vez mais com a máquinas (as Paraolimpíadas serão mais legais que as Olimpíadas, mas será que vai dar pra fazer o download da consciência?), os links da internet sairão para a vida real (imagine se o Google pudesse ser acionado de forma tão rápida quanto um pensamento), a sua localização geográfica será pública e provavelmente os direitos autorais e a privacidade se transformarão em coisas completamente diferentes do que conhecemos hoje. Mas isso é futurismo de botequim: aproveite o fim da década como se fosse 1999 e se prepara, porque os próximos dez anos serão de tirar o fôlego (sem contar 2012 e o Omega Point!).
É claro que não, mas a comparação é bem mais justa do que a comum e preguiçosa afirmação que, com a morte de Michael Jackson, a menina seria a nova rainha do pop. Piada. Lady Gaga deve mais ao Bowie pelo impacto visual e esquisitice consciente do que o apelo pop total que exalava do saudoso Michael. A comparação com Bowie vem pelas mãos do mashupeiro Terry Urban, que topa fazer a comparação indo além dos próprios remixes – seu EP de tributo às duas figuras, Lady Stardust, abre com frases retiradas de programas de rádio e TV que falam do impacto dos dois em sua época, comparando o personagem Lady Gaga a Ziggy Stardust. Mas enquanto Bowie é um compositor de primeira linha, o melhor crooner de sua geração (Freddie Mercury? Bryan Ferry? Para com isso…) e um classudo vampiro de personalidades artísticas (como Caetano, no Brasil), Lady Gaga é uma voz fácil de ser lembrada, refrões repetitivos e muita promoção de gravadora (pra quem acha que elas não têm mais força…). Sua “Poker Face” (um mashup de base Eurhythmics com o refrão genérico de Cher) vem ganhando notoriedade basicamente devido à repetição insistente, mais do que sua qualidade musical propriamente dita. O EP não é grande coisa, o melhor mashup cruz “Just Dance” com “Let’s Dance”, que eu linko aí embaixo.