Sensacional essa justaposição de “Eventually”, do Tame Impala, sobre o clássico da ficção científica de Kubrick, 2001 – Uma Odisseia no Espaço, que dá novos contornos à canção.
Conversei com o carioca Leandro Copperfield, que fez uma montagem dos filmes do Scorsese com os do Kubrick e foi parabenizado pelo próprio Martin lá pro meu blog no UOL.
Esse mashup de James Stewart nos filmes de Hitchcock e do imaginário de Stanley Kubrick parece que vai dar em David Lynch, mas aí a viagem começa a bater sério…
O editor de filmes canadense somersetVII usou uma frase de Stanley Kubrick que fala sobre cinema como música (“Um filme é – ou deveria ser – mais música do ficção. Deveria ser uma progressão de climas e sentimentos. O tema, o que está por trás da emoção, o significado, tudo isso vem depois”) e alinhou movimentos de câmera, conceitos, temas e olhares em uma grande homenagem ao cinema do mestre.
No ano passado, a editora Taschen lançou um daqueles livraços definitivos que publica de vez em quando com o making-of do 2001 de Kubrick. A obra – edição limitada, de luxo, altíssimo padrão e pesando quase 10 quilos – está esgotada e dá pra achar edições usadas à venda por mil e quinhentos dólares na Amazon, mas pra quem não tem essa disposição financeira toda pode se contentar com a versão mundana do livro, que traz o mesmo conteúdo só que com um acabamento sem tanta ostentação e vendido a 46 dólares, que será lançado no início de setembro. Dá uma sacada no material, abaixo:
O arquiteto e ilustrador italiano Federico Babina reuniu suas duas paixões a uma terceira – o cinema – e criou essas casas fictícias pra vários diretores clássicos num projeto chamado Archidirector:
O canadense Richard Vezina misturou a paranoia alucinante do filme de Kubrick com elementos da filmografia de David Lynch e o resultado é um Hotel Overlook que parece ter saído de um sonho…
…ou de um pesadelo?
As comparações entre o épico scifi de Christopher Nolan do ano passado com o pai-de-todos 2001 – Uma Odisseia no Espaço são evidentes, mas neste clipe que postei lá no meu blog do UOL vemos que há semelhanças e diferenças que praticamente conversam entre si http://matias.blogosfera.uol.com.br/2015/04/13/o-que-interestelar-de-christopher-nolan-tem-a-ver-com-o-2001-de-kubrick/.
“Interestelar”, o épico sci-fi emocional que Christopher Nolan trouxe ao mundo no ano passado, é um filhote quase-clone do pai-de-todos em sua categoria, o épico sci-fi racional “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick. São duas histórias completamente diferentes, impulsionadas por motivações diametrialmente opostas, mas que vasculham a mesma área do inconsciente coletivo, uma expectativa por uma transcendência a outra dimensão que justificaria a existência humana, e entregam experiências audiovisuais bem parecidas. O estudante de cinema Jorge Luengo Ruiz, de Madri, parelhou os dois filmes ao som da deslumbrante valsa “Danúbio Azul” de Johann Strauss e o resultado sublinha a inevitável semelhança entre as obras do mestre e do discípulo.