E o King Crimson segue sua meticulosa tarefa de disponibilizar para os fãs a maior quantidade de sua música gravada a partir de versões expandidas de sua concisa discografia. Desta vez é o brutal Red, que completa meio século de idade neste 2024, a receber uma nova edição, reunindo novas mixagens, os “mixes elementais” feito pelo produtor e ex-empresário da banda David Singleton, gravações de shows da época e trechos das gravações do disco. Red – The 50th Anniversary Edition será lançado no dia 25 de outubro e já está em pré-venda, tanto em CD (que conta com um blu-ray com as gravações de nove shows que o grupo gravou em 1974) quanto em vinil. O disco marca o fim da primeira fase da banda clássica, com sua formação reduzida a um trio liderado – sempre – por seu fundador Robert Fripp na guitarra, Bill Bruford na bateria e John Wetton no baixo e vocais e traz a fase mais incisiva da banda, além de ser seu disco mais popular após o disco de estreia, In the Court of Crimson King, lançado cinco anos antes. O disco ainda conta com participações de músicos ligados a outras formações da banda, como David Cross, Mel Collins, Ian McDonald, Robin Miller e Mark Charig, mas seu cerne está na dinâmica entre os três instrumentistas principais, além de trazer a imortal “Starless”. A nova edição ainda traz os Elemental Mixes, feito pelo produtor e ex-empresário David Singleton da banda, que reuniu trechos das gravações para reimaginar o disco a partir de outras versões instrumentais, além de uma nova edição mixada em 2024 feita pelo às Steven Wilson sob supervisão de Robert Fripp. Veja abaixo a cara da nova edição do disco:
E a Balaclava aperta a veia prog ao anunciar mais um showzaço esse semestre, desta vez trazendo o violinista, tecladista e flautista David Cross, integrante de uma das fases clássicas do cabeçudaço King Crimson, para uma apresentação em que, ao lado de seu conjunto, irá tocar a íntegra do soberbo Larks’ Tongues in Aspic (1973), além de músicas dos discos Starless and Bible Black e Red, ambos lançados há 50 anos. O show acontece dia 28 de novembro na Casa Rockambole e ainda contará com uma roda de conversa antes do show em que Cross falará ao lado do baterista de sua banda (Jeremy Stacey, que toca na fase atual do King Crimson) e do produtor e empresário iugoslavo Leonardo Pavkovic, que à frente do selo MoonJune Records, mantém a chama progressiva acesa até hoje. Os ingressos já estão à venda.
O grupo King Crimson acaba de anunciar uma edição de aniversário para um de seus maiores clássicos, Larks Tongues In Aspic, lançado no início de 1973, que virá a público no próximo dia 13 de outubro. O álbum marcou mais uma mutação na banda dirigida pelo guitarrista Robert Fripp, a terceira, quando recriou o grupo de dispensar Mel Collins, Boz Burrell e Ian Wallace (coautores do soberbo Islands) e convocar o baterista do Yes Bill Bruford, o ex-baixista da Family John Wetton, o violinista e tecladista David Cross e o percussionista Jamie Muir. Na nova formação, o grupo (louvado hoje por Fripp como “a versão mais King Crimson do King Crimson, uma banda mágica!”) começou a explorar novos limites de sua musicalidade, entre as fronteiras do jazz rock, música erudita do leste europeu e improviso livre (chegando a um horizonte de ruído que o metal só atingiria na década seguinte), consolidando-se como a banda mais ímpar do rock progressivo.
A nova edição do disco, já em pré-venda no site da banda, reúne em dois CDs e dois Blurays tudo que já foi reunido nas outras edições de aniversário do disco, além de novas mixes feitos neste ano em Dolby Atmos, DTS-HD MA 5.1 Surround Sound e Estéreo em Alta Resolução, todos feitos por Steven Wilson e outros feitos por David Singleton, que mixou todas as sessões de gravação do disco, além do áudio-documentário Keep That One, Nick, feito para a edição de 30 anos do disco. A nova edição também vem em vinil duplo, ambas versões em capa dupla, com encarte escrito pelo biógrafo da banda, Sid Smith. Coisa fina.
E o Marko viu o post que fiz nesta segunda sobre a inteligência artificial esticando as bordas de discos clássicos brasileiros e resolveu fazer essa mesma experiência com discos estrangeiros, botando Led Zeppelin, Beatles, Miles Davis, John Coltrane, King Crimson, The Who, Patti Smith, Pink Floyd, entre outros, para ampliar seus horizontes visuais à base de inspiração robô.
Sai fora, frio.
Toro y Moi – “Ordinary Pleasure”
Broken Bells – “Good Luck”
Def – “Casa (Paulo)”
Wilco – “Before Us”
Angel Olsen – “Spring”
Lana Del Rey – “Venice Bitch”
O Terno – “Nada / Tudo”
Blur – “Death of a Party”
King Crimson – “Red”
Beatles – “You Never Give Me Your Money (Take 36)”
David Bowie – “Kingdom Come”
Crime Caqui – “Gostosinha”
La Leuca – “Saliva Salina”
Velvet Underground – “Some Kinda Love”
Em seu aniversário de 50 anos, o primeiro disco do King Crimson, In the Court of the Crimson King recebe tratamento de luxo ao ser transformado em uma caixa com quatro LPs ou 3 CDs, que trazem além da íntegra do álbum com mixagem 5.1 stereo (no formato blu-ray), versões ao vivo, instrumentais e só com os vocais isolados, remixados por Steven Wilson e David Singleton e aprovados pelo próprio Robert Fripp. Esta edição (já em pré-venda) fará parte de uma caixa ainda maior, chamada Complete 1969 Session, que será lançada em um futuro próximo que reúne tudo que o grupo fez em seu primeiro ano de atividade. E tudo isso faz parte de um enorme projeto lançado no início deste ano para revisitar toda a discografia da banda. Enquanto isso, o grupo toca aqui em dois shows no mês que vem…
É o que anuncia o Flesch no Destak ao começar a investigar os desdobramentos do Rock in Rio: além do King Crimson, o Weezer também deve vir pra São Paulo depois de se apresentar no festival carioca (Dave Matthews Band também, mas quem se importa?).
Ainda em janeiro.
James Blake + André 3000 – “Where’s The Catch!”
Beck – “Readymade”
Jards Macalé + Tim Bernardes – “Buraco da Consolação”
Yma + Lau – “Sun and Soul”
Against All Logic – “Know You”
Sharon Van Etten – “Seventeen”
Racionais MCs – “Preto Zica”
Massive Attack – “Be Thankful For What You Got”
Dr. Dre – “Let Me Ride”
Tim Maia – “Manhã de Sol Florida, Cheia de Coisas Maravilhosas”
Janelle Monáe + Brian Wilson – “Dirty Computer”
Zombies – “This Will Be Our Year”
Cidadão Instigado – “Como As Luzes”
Ava Rocha – “Beijo no Asfalto”
Can – “One More Night”
King Crimson – “21st Century Schizoid Man”
Flaming LIps – “Suddenly Everything Has Changed”
Inacreditável! Um dos maiores nomes da história do rock progressivo, o grupo King Crimson tocará no palco Sunset do Rock in Rio – e não é especulação: o próprio grupo postou em sua página no Facebook. Reunido em 2013 (primeiro como um septeto e agora como octeto, com três baterias!), o grupo liderado por Robert Fripp vem se apresentando cada vez mais e acaba de anunciar uma turnê comemorativa de seu cinquentenário, que deverá ter 50 apresentações na Europa e na América, começando em junho pela Europa e terminando no Brasil no dia 6 de outubro.
Como é bem pouco provável que o grupo toque seus shows com mais de duas horas no festival carioca, a minha aposta é que eles tocarão apenas seu primeiro clássico, o álbum de estreia In the Court of Crimson King, marco zero da comemoração do cinquentenário do grupo que completa 50 anos de seu lançamento exatamente quatro dias depois do show do grupo no Brasil. A formação atual da banda inclui o saxofonista Mel Collins, o baixista Tony Levin, o percussionista Pat Mastelotto, o baterista Gavin Harrison, o vocalista de guitarrista Jakko Jakszyk, o baterista Bill Rieflin, o baterista Jeremy Stacey (sim, três bateristas) e, claro, Robert Fripp tocando guitarra, teclados e disparando seus Frippertronics.
A turnê faz parte do enorme pacote que o grupo preparou para o cinquentenário de sua existência – seu primeiro ensaio aconteceu no glorioso 13 de janeiro daquele mesmo 1969, no Fulham Palace Café, em Londres, e inclui uma série sensacional de lançamentos. O primeiro deles é uma seleção de 50 faixas raras do grupo que serão lançadas semanalmente por David Singleton, que gerencia o selo do grupo, Discipline Global Mobile. A primeira faixa desta seleção, chamada de KC 50, também marca o primeiro contato profissional entre Singleton e Fripp. Depois que apresentou ao produtor a faixa de abertura de seu primeiro álbum, Fripp teve de ouvir que a faixa era ótima, mas os solos eram exagerados demais e que ela iria precisar de um edit pra tocar no rádio. Ainda sem conhecer o trabalho – e o humor – de Fripp, Singleton foi desafiado a fazer um radio edit para a faixa que era o cartão de visitas de uma das bandas mais complexas da cultura pop, “21st Century Schizoid Man”. Ele publicou a faixa inclusive comentando que não gosta do resultado hoje, mas é uma boa introdução para esta seleção.
Além das faixas digitais (que irão colocar o grupo pela primeira vez nas plataformas de streaming), o King Crimson ainda lançará duas caixas de discos (uma em vinil cobrindo o período entre 1972 e 1974 e outra em CD cobrindo o período entre o fim dos anos 90 e 2008, completando toda a discografia do grupo em 5.1)…
…os últimos três discos de sua série de seu clube de colecionadores (incluindo a recém-descoberta gravação da mesa de um show da época do disco Larks Tongues in Aspic, em 1972), uma caixa comemorando o cinquentenário de In the Court of Crimson King, o relançamento da biografia In the Court of King Crimson, de Sid Smith, que estava fora de catálogo, um documentário (Cosmic F*Kc, dirigido por Toby Amies) e uma edição limitada de pôsteres com a imagem completa da capa e da contracapa do primeiro disco da banda, numeradas e autografadas pelo próprio Fripp (mais informações no site da gravadora).
Agora é torcer por um show em São Paulo – ou mais de um, imagina!
“King Crimson tocou ‘Heroes’ de David Bowie no Admiralspalast de Berlim como uma celebração, uma memória e uma homenagem. O show aconteceu trinta e nove anos e um mês após as sessões de gravação originais no Hansa Tonstudio próximo ao Muro de Berlim”, escreveu Robert Fripp, autor da guitarra que conduz a música original de David Bowie, ao anunciar o EP Heroes (já à venda), às vésperas da turnê que seu renascido King Crimson fará pela América do Norte no meio deste ano (datas aqui). A nova versão mantém a sensibilidade do clássico single.