Retorno para minha terra-natal neste fim de semana para realizar o primeiro Inferninho Trabalho Sujo fora de São Paulo e também o último do ano. E que maravilha poder dividir essa noite com artistas que são compadres e comadres desse nosso cerradão. A noite marca o lançamento ao vivo do primeiro disco solo de Guilherme Cobelo, vocalista da Joe Silhueta, que finalmente traz ao mundo seu Caubói Astral, que vem matutando há uns bons anos. Quem abre a noite é a maravilhosa Gaivota Naves, que também é vocalista da Joe e que também mostra sua faceta solo. Eu discoteco logo depois ao lado de dois monstros sagrados: Ivan Bicudo, da mítica festa Toranja, e o grande Kelton (que também está com um trabalho solo engatilhado…). A festa acontece neste sábado, dia 21, na já clássica casa Infinu, que fica na 506 da W3 sul, ao lado Praça das Avós, e os ingressos já estão à venda online neste link (que é mais barato do que comprar na hora). Vamos?
Mais um motivo para esperar por 2025: depois da primeira exibição oficial, que acontece agora em janeiro no festival de Sundance, nos EUA, o novo documentário de Questlove, sobre ninguém menos que Sly Stone, estreia no dia 25 de fevereiro pelo serviço de streaming Hulu. Sly Lives! (aka the Burden of Black Genius) conta com entrevistas com nomes célebres da música daquele país, entre contemporâneos e influenciados por ele, como André 3000, D’Angelo, Chaka Khan, Q-Tip, Nile Rogers, George Clinton e Clive Davis, além de depoimentos de ex-integrantes da Sly and the Family Stone, como Sylvette Phunne Robinson, Novena Carmel e Sylvester Stewart Jr. O ano que vem promete!
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Finalmente consegui ver a edição especial da revista Rolling Stone sobre o Iron Maiden em que fui convidado pelo compadre Pablo Miyazawa para contar a história do grupo e falar sobre meus discos favoritos da banda – a saber, o disco de estreia, Powerslave, Somewhere in Time e Seventh Son of a Seventh Son, além do disco ao vivo Live After Death e sobre aquela que foi escolhida em votação como a melhor música do grupo, a épica “Hallowed Be Thy Name”. Não consegui ir nos shows que o grupo fez no Brasil desta vez, mas pelo menos marquei meu 2024 com o Iron nessa edição que não está nas bancas, mas pode ser comprada no site da revista. Up the Irons!
O júri de Musica Popular da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), do qual faço parte ao lado de Adriana de Barros @dribarrosreal (TV Cultura e Mistura Cultural), Bruno Capelas @noacapelas (Programa de Indie), Camilo Rocha @bateestaca (Bate Estaca), Cleber Facchi @cleberfacchi (Música Instantânea e Podcast VFSM), Felipe Machado @felipemachado_oficial (IstoÉ), Gulherme Werneck @guiwerneck (Canal Meio e Ladrilho Hidráulico), José Norberto Flesch @jnflesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa @screamyell (Scream & Yell), Pedro Antunes @poantunes e Pérola Mathias @poroaberto (Poro Aberto e Resenhas Miúdas), acaba de anunciar os indicados em quatro categorias dos Melhores de 2024: Artista do Ano, Artista Revelação, Melhor Show e Melhor Música. A categoria Melhor Disco de 2024 já conta com 25 discos indicados no primeiro semestre ao qual serão acrescidos mais 25 discos do segundo semestre, a serem anunciados em janeiro. Veja abaixo: Continue
E essa pra terminar o ano? No meio de seu show nesta quinta-feira em Londres, Paul McCartney chamou ninguém menos que Ringo Starr para acompanhá-lo por dois clássicos dos Beatles: a versão reprise de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” e “Helter Skelter”. Foi a última data da turnê de Paul que passou pelo Brasil e a primeira vez em 50 anos que Paul subiu ao palco com seu clássico baixo Hofner 500/1, que havia sido roubado em 1972 e foi recuperado no início deste ano. Paul e Ringo são os beatles que mais tocaram juntos desde o fim da banda, mas essa é a primeira vez que os dois se reencontram depois da pandemia – os encontros anteriores aconteceram em algumas datas da turnê que Paul fez entre 2018 e 2019 e quando Ringo foi entronizado ao Rock and Roll Hall of Fame em 2015. A noite ainda teve a participação do jovem Rolling Stone Ronnie Wood (meros 77 anos), que tocou com a banda de Paul em “Get Back”. Que noite!
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“Eu preciso destruir pra nascer”, cantava Kiko Dinucci no início de seu último show de 2024, que aconteceu nesta quinta-feira, na Porta, olhando tanto para seu passado recente quanto para um futuro próximo ao convidar Pedro Silva para derreter seu Rastilho num remix ao vivo de um dos discos mais marcantes dos últimos anos. Trilha sonora involuntária do período trevoso que atravessamos no início da década, o segundo disco solo de Kiko foi lançado pouco antes de afundarmos no abismo da pandemia, mas já à sombra de outro pesadelo, quando já descíamos a íngreme ladeira abaixo que foi a presidência brasileira anterior à atual, mas quando o vírus maldito entrou em nossas rotinas, o realismo na cara do disco acústico ganhou contornos ainda mais distópicos que nem Kiko poderia imaginar ao compor canções que falavam que não ia dar, que íamos explodir e de sermos arremessado no tranco. Quatro anos depois e lá estavam os mesmos versos e violão sendo submetidos à distorção e reinvenção por meios elétricos e digitais, reconectando Kiko à microfonia e a glitches eletrônicos que os acompanharam em outro projeto seu do mesmo período, o pós-moderno Delta Estácio Blues, de Juçara Marçal. Mas o que no disco de Juçara eram paisagens e horizontes antianalógicos, naquele Rastilho derretido aos poucos assumia a centralidade em uma nova fase do disco que o torna ainda mais apocalíptico a partir das intervenções de Pedro, aproximando-o tanto do caos elétrico noise quanto de um eletrônico esquizofrênico que por vezes pairava ambient, noutros era pura distorção. Os dois só haviam feito uma apresentação desta versão anteriormente, que Kiko até considerou comportada comparada à desta quinta, e prometem seguir nesse rumo 2025 adentro, expandindo os rumos para o que pode se tornar o próximo trabalho do músico, que encerrou a noite tocando uma versão atravessada de “Silêncio no Bixiga”, de Geraldo Filme. Vai, Kiko!
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Estreia nesta quinta-feira a websérie Racionais 3 Décadas, que o grupo paulistano exibirá em seu canal no YouTube e que volta à turnê comemorativa de 30 anos que fizeram em 2019, com cada um dos episódios focado em um dos quatro integrantes do grupo musical brasileiro mais importante da virada do século.
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St. Vincent e Kim Gordon JUNTAS NO MESMO PALCO?! Sim, vai acontecer no dia 27 de maio, em Santiago, no Chile, e, melhor, num teatro (e QUAL teatro, o quase centenário Caupolicán)! Os ingressos começam a ser vendidos nessa quinta-feira por este link e a própria Annie pediu pra usar o código SCREAMING na hora de comprar (mas podia ter usado a palavra-chave em espanhol, já que acabou de lançar seu próprio disco neste idioma). Mas como as duas vêm tocar no Popload Festival logo depois, não duvide se ganharmos essa de lambuja…
O ótimo Pavements, que mistura documentário, cinebiografia, autoparódia, musical, cenas de shows, entrevistas e até uma exposição sobre aquela que é anunciada como “a maior banda de rock dos anos 90”, será responsável pela primeira música inédita do grupo em um quarto de século. Foi o que revelou o guitarrista Scott “Spiral Stairs” Kannberg ao podcast Kreative Kontrol, ao ser entrevistado ao lado do diretor Alex Ross Perry e do editor e produtor Robert Greene para falar sobre o lançamento comercial do filme, que acaba de fechar o circuito de festivais (passou inclusive pela Mostra desse ano), e deve chegar às salas de cinema dos Estados Unidos no próximo semestre. E para surpresa até mesmo dos dois envolvidos no filme, o guitarrista da banda revelou que acabara de ouvir à versão mixada da música, revelando que ela estará na trilha sonora do filme. A música parece ter surgido nos ensaios da recente turnê de reunião que o grupo fez nos últimos dois anos (passando inclusive pelo Brasil) e é a primeira música nova lançada por eles desde o EP Major Leagues, lançado em 1999. Ouça o trecho da entrevista abaixo: Continue
Morreu nesta terça-feira um dos maiores nomes do cinema espanhol. A musa Marisa Paredes tinha meros 78 anos de idade e estava prestes a estrear uma nova peça quando sofreu um ataque cardíaco nesta madrugada e não resistiu, como contou seu companheiro, o cineasta Chema Prado, que foi diretor da Filmoteca Española. Ela atuou em 75 filmes, trabalhou com o mexicano Guillermo del Toro (A Espinha do Diabo, 2001) e com o italiano Roberto Benigni (A Vida é Bela, 1997), mas foi com seu conterrâneo e amigo Pedro Almodóvar que teve seu nome eternizado na história do cinema, em filmes emblemáticos do diretor espanhol como Maus Hábitos (1983), De Salto Alto (1991), Tudo Sobre Minha Mãe (1999), A Pele Que Habito (2011) e, claro, a performance mais memorável da atriz no filme A Flor do Meu Segredo (1995). Saiu deste plano mas seguirá eterna graças ao velho amigo, que soube extrair grandes momentos de sua arte.