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Atravessei a maratona de programação do Yahoo Open Hack que aconteceu em Nova York, no sábado retrasado – e a materinha saiu no Link de hoje.
Foto: Yodel Anecdotal
Os MCs da premiação, Eric Wu e Neal Sample
Hackers reúnem-se em NY para criar à vontade
Yahoo Open Hack reúne mais de duas centenas de programadores para desenvolver aplicativos a partir das ferramentas e bancos de dados disponíveis
Chris Yeh, responsável pela plataforma de desenvolvimento em rede do Yahoo, está a postos para apresentar os vencedores a nona edição do Yahoo Open Hack, que ocorreu em Nova York, no penúltimo sábado (10). Em frente a uma plateia formada pelos programadores que participaram do evento, ele explica sua falta de intimidade ao falar em público e comenta que, sob a imponência do local da apresentação (o centenário Hudson Theatre, do hotel Millennium Broadway, quase vizinho ao Times Square) e devido ao caráter técnico de seu cargo, se limitará a ler os termos de uso da plataforma de desenvolvimento do site.
Mero jogo de cena. À medida em que começa a ler as letrinhas miúdas do termo, Yeh é interrompido por outros dois executivos do site, Neal Sample, vice-presidente para plataformas sociais, e Eric Wu, gerente-sênior para integrações e aquisições. “Estamos hackeando sua apresentação”, explicam os dois, que sobem ao palco em trajes nada executivos – ambos vieram paramentados de acordo com a estética do evento, o tema “steampunk”, característico da revolução tecnológica da Inglaterra vitoriana. E antes de dar início à apresentação, exibem um vídeo que fizeram há pouco, na Times Square, em que pediam para os transeuntes explicarem o que eles entendiam por “hacker”.
O resultado, claro, foi um festival de variações de “alguém que invade seu computador com más intenções”. As gargalhadas do público – programadores e desenvolvedores, mas também hackers, todos eles – vinham de duas constatações: a de que a maioria das pessoas ainda associa o termo à má-fé e a de que, aos poucos, essa definição está sendo revista.
Vide o próprio Yahoo Open Hack, maratona de 24 horas de programação, em que desenvolvedores de Nova York foram convidados a hackear os códigos do Yahoo para criar aplicativos que possam melhorar o desempenho do site e até bolar soluções que os programadores originais sequer cogitaram originalmente. Diferentes palestras e apresentações ocorriam ao mesmo tempo em que um andar inteiro do Millenium Broadway foi tomado por programadores que, espalhando-se entre pufes, poltronas e mesas, transformaram o ambiente numa pequena zona autônoma temporária, com regras e éticas próprias.
Terminado o prazo, os hackers tiveram dois minutos cada para apresentar seus feitos, que variavam de coisas completamente inúteis até invenções realmente inovadoras. Na primeira turma, ninguém foi mais infame do que o New York Toast, criado pelo grupo MarketBot. Modificando uma impressora 3D, eles fizeram que o aparelho pudesse “imprimir” notícias e fotos em torradas, usando pasta de amendoim.
Mas estes eram minoria. Entre outros apresentados estava o Power Trends, do grupo Power Trio, que permitia, através de redes sociais, fazer que prefeituras pudessem acompanhar e, assim, economizar o consumo de energia des seus cidadãos. O AudioTexter, do grupo HellaCool, transforma mensagens de SMS em áudio e vice-versa. O programador Tom Pinckney criou o Community Bulletin Boards, que permite acrescentar fóruns de discussão em pontos de mapas online, e o grupo Yinzoo criou o TVitter, que permite que telespectadores usem o Twitter para comentar programas de TV em grupo. O campeão, apresentado por Addy Cameron-Huff, foi o InsiderTrades.org, que usa aplicativos de finanças para passar informações em tempo real para os investidores, sem a interferência humana – tudo é gerado por bancos de dados.
O evento faz parte de mais uma reinvenção do Yahoo, que sai de um ano marcado pela longa possibilidade de fusão com a Microsoft. Os dias de hacker do Yahoo já aconteceram em nove cidades do mundo – inclusive em São Paulo, no final do ano passado – e são cruciais para este novo Yahoo, que abre APIs e bancos de dados para aproximar-se destes personagens que ainda são vistos como vilões digitais. “Apostamos nisso, além do marketing tradicional”, diz Cody Simms, da plataforma YOS, ao referir-se ao enorme outdoor que o grupo acaba de inaugurar em plena Times Square.
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Dessa vez mexendo na história do mercado editorial:
Qual é o segredo do autor do ‘Código Da Vinci’?
Dan Brown volta às notícias com seu novo livro, ‘The Lost Symbol’: o e-book está vendendo mais do que o livro de papel
Vão falar em conspiração. Apesar do novo livro de Dan Brown, The Lost Symbol, mais uma vez abordar temas polêmicos, ele está prestes a entrar para a história por outro mérito: desde seu lançamento, na terça-feira passada, o livro ocupa, simultaneamente, as duas primeiras posições na lista dos mais vendidos em ficção na loja online Amazon. O detalhe histórico é que a versão eletrônica, o e-book, que só pode ser lida no Kindle, o e-reader lançado pela loja, está acima da versão em papel.
Aguardado desde o lançamento de O Código Da Vinci, que vendeu mais de 80 milhões de exemplares em todo mundo, o livro não criou uma expectativa de lançamento como se esperava, mesmo com o uso de ferramentas como o Twitter e o Facebook para promovê-lo. Mas sem vender um exemplar sequer, Lost Symbol já tinha conseguido seu pequeno lugar na história ao se tornar o primeiro livro a ser lançado tanto em formato eletrônico quanto em papel no mesmo dia. Até então, a cópia eletrônica sempre era lançada depois.
Mas bastou o livro chegar às lojas para conseguir suas primeiras marcas consideráveis. A primeira foi no terreno físico. Lost Symbol atingiu a marca de um milhão de cópias vendidas no primeiro dia de lançamento.
O feito invejável veio logo que a semana terminava e, embora a Amazon não confirmasse oficialmente, estava no site: o e-book, lançado há menos de uma semana, era mais vendido do que a edição de papel, posto em pré-venda há seis meses.
No Brasil, a editora Sextante, que lançará o livro em dezembro, já criou um blog (www.sextante.com.br/simboloperdido) para divulgar o lançamento. Mas não há previsão sobre uma versão eletrônica do livro.
Mas o ponto é que, mesmo que no fim das contas o e-book ainda não desbanque o livro de papel, vimos, na semana passada, o primeiro passo dado rumo à popularização do livro eletrônico, fato de que até os mais céticos duvidavam.
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Mesmo de (pseudo)férias dou uma sacada como andam as coisas lá no Link. E apesar do anúncio da Apple de hoje não ter contemplado a fronteira final dos Beatles para a música digital como eu havia escrito segunda-feira, trouxe novos modelos de iPod e a ressurreição de Steve Jobs em seu palco favorito. O Jô está em San Francisco e postou fotos do evento, além de dar uma passada para ver a recepção do Beatles Rock Band nas lojas de lá. Do outro lado do planeta, o Filipe conferiu as novidades da Nokia pra transformar celular e computador num mesmo aparelho e a Tati segue sua cobertura frenética (via Flickr, Twitter, YouTube e blog do Link) da IFA deste ano, em Berlim. Ela até botou o Link no Android, o sistema operacional de celulares do Google, olha só:
Não se contente com o link para as matérias que eu posto toda segunda-feira e dá uma conferida na edição em papel que eu – com a minha equipe, que é fodona – garanto a melhor cobertura de cultura digital do Brasil. E não foi à toa que o Lucio percebeu e mandou essa:
* LINK – Falei isso uma vez para o Matias, sobre o caderno de tecnologia do “Estadão”, que ele comanda. Agora vou escrever aqui. Se a “Wired” é a nova “Rolling Stone”, o “Link” é a nova “Ilustrada”. Deu para entender?
Duvida? Compra o Estadão segunda pra ver. O site é de graça e já é um belo aperitivo…
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