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Quando o baixista do grupo Do Amor, Ricardo Dias Gomes, convidou a fotógrafa Caroline Bittencourt para fazer um clipe de uma das faixas do disco que ele lançou no ano passado, Aa, ela parou em “Fogo Chama”, que tem a participação do guitarrista Arto Lindsay. “Quando ouvi, me veio uma uma imagem fotográfica”, lembra a fotógrafa. “A Islândia como cenário seria perfeito. A terra do gelo, sempre em ebulição, pronta a explodir”. O clipe foi feito a partir de imagens que Caroline fez na terra da Björk, tanto com seu celular quanto em 35 mm, dirigido por Alê Dorgan e que aparece agora pela primeira vez no Trabalho Sujo.

“Não conheço a Islândia. Carol foi quem teve a visão do clipe e executou com a Alessandra”, explica Ricardo, sobre o processo de criação do curta. “A música compus e gravei ainda no Rio, pensando no fogo e mergulhando nessa dualidade entre seu significado histórico e antropológico ou do desejo e da paixão”, explica avisando que esteve em Nova York há duas semanas gravando bases para um próximo trabalho.

Aproveito para perguntar sobre a vida em Portugal, já que o músico mudou-se para além mar há dois anos. “Portugal está num período de aumento da sua visibilidade no mundo. Muita gente se mudando para lá, o que trás uma efervescência cultural cada vez maior. Sempre me surpreende a quantidade de pequenos eventos (de todas as artes) pipocando nas associações culturais e até em apartamentos. Brasileiros estão vindo aos montes, muitos bolsominions infelizmente, mas não só. É muito bom que cheguem tantos músicos brasileiros. Agora, pra mim, é, mais do que nunca, tão claro que não há no mundo um país tão incrível musicalmente como o Brasil. No geral os portugueses reconhecem isso.”

E fala sobre a sobrevivência de sua banda à distância. “É impossível pra mim tirar os dois pés do Rio. É uma vida inteira construída e Do Amor é das coisas mais especiais que há. Temos para nós que a banda segue firme nesses novos tempos. Claro que não devo estar presente em todos os shows que vão surgir mas pretendo estar presente o máximo possível”, conclui.

Aproveitando o aniversário de 40 anos de um dos discos mais emblemáticos da história do rock, o grupo inglês The Clash, um dos pilares do punk, tem sua saga revisitada a partir de novembro no Museum of London, na Inglaterra. A exposição The Clash: London Calling leva o nome do clássico álbum pois o utiliza como ponto focal e reúne mais de uma centena de itens relacionados ao grupo, entre equipamentos, peças de roupa, fotos e trechos de filmes, detalhando especificamente o processo de realização do disco – que chegou a se chamar The Ice Age e New Testament.

Entre os itens que estarão à mostra em público pela primeira vez estão as baquetas do baterista Topper Headon, a capa de fita cassete em que o guitarrista Mick Jones definiu a ordem das músicas do disco, a máquina de escrever e o caderno de rascunho de Joe Strummer e os pedaços do baixo que Paul Simonon espatifou no chão em um show em Nova York dois meses antes do lançamento do disco, gesto que rendeu a fotografia imortalizada em sua capa (veja abaixo).

O caderno de anotações de Joe Strummer

O caderno de anotações de Joe Strummer

O baixo quebrado por Paul Simonon na foto que foi eternizada na capa de London Calling

O baixo Fender Precision quebrado no palco por Paul Simonon em Nova York no dia 21 de setembro de 1979 na foto que foi eternizada na capa de London Calling

A fita cassete com a caligrafia de Mick Jones que definiu a ordem das faixas de London Calling

A fita cassete com a caligrafia de Mick Jones que definiu a ordem das faixas de London Calling

A máquina de escrever de Joe Strummer

A máquina de escrever de Joe Strummer

Baquetas de Topper Headon

Baquetas de Topper Headon

A exposição será gratuita ao público, abre no dia 15 de novembro e funciona até o meio do semestre que vem (mais informações aqui), coincidindo com o lançamento do livro London Calling Scrapbook, que será lançado pela Sony e reúne fotos e anotações manuscritas da banda sobre o disco histórico lançado no final de 1979.

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O cantor e compositor Michael Kiwanuka anuncia o sucessor do ótimo Love & Hate, de 2016, com a deliciosa e assertiva faixa de abertura “You Ain’t The Problem”, que traz ecos de “The Bottle” de Gil Scott-Heron, para o século 21.

Seu terceiro álbum, batizado apenas com seu sobrenome, será lançado no dia 25 de outubro – já está em pré-venda – e, como o disco anterior, também foi produzido por Danger Mouse. Abaixo você vê a capa e a ordem das músicas:

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“You Ain’t The Problem”
“Rolling”
“I’ve Been Dazed”
“Piano Joint (This Kind Of Love) Intro”
“Piano Joint (This Kind Of Love) Main”
“Another Human Being”
“Hero/Hard To Say Goodbye”
“Final Days/Interlude (Loving The People)”
“Solid Ground”
“Light”

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Em mais um cinquentenário beatle devidamente registrado em uma edição de luxo, o disco Abbey Road recebe o tratamento especial que Sgt. Pepper’s e o Álbum Branco receberam nos anos anteriores, com o lançamento de uma versão remasterizada do álbum que conta com 23 faixas inéditas, entre versões alternativas e faixas que não entraram no disco original.

São três versões: uma quádrupla com três CDs e um bluray com o disco em alta definição, além de um livro de cem páginas cheio de fotos inéditas, uma tripla em vinil com o disco remasterizado e as versões alternativas (sem o livro), além de um CD duplo (e versões picture disc)

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Uma boa amostra são estas três versões de “Something”, obra-prima de George Harrison, que vem nas versões demo, cordas e remasterizada. Sente só:

E além das todas as faixas disco em versões diferentes, a nova edição ainda traz versões para “The Ballad Of John And Yoko” (que saiu como compacto), “Old Brown Shoe” (lançada no disco Let it Be, do ano seguinte), “Goodbye” (que John e Paul deram para Mary Hopkin) e “Come And Get It” (que Paul compôs para a trilha de The Magic Christian e depois deu para o Badfinger), além de uma versão preliminar no medley do lado B do disco batizado de “The Long One” – com “Her Majesty” no meio e não no final. Segue a ordem das faixas da nova versão.

CD 1: 2019 Stereo Mix

“Come Together”
“Something”
“Maxwell’s Silver Hammer”
“Oh! Darling”
“Octopus’s Garden”
“I Want You (She’s So Heavy)”
“Here Comes The Sun”
“Because”
“You Never Give Me Your Money”
“Sun King”
“Mean Mr Mustard”
“Polythene Pam”
“She Came In Through The Bathroom Window”
“Golden Slumbers”
“Carry That Weight”
“The End”
“Her Majesty”

CD 2: Sessions

“I Want You (She’s So Heavy)” (Trident Recording Session & Reduction Mix)
“Goodbye” (Home Demo)
“Something” (Studio Demo)
“The Ballad Of John And Yoko” (Take 7)
“Old Brown Shoe” (Take 2)
“Oh! Darling” (Take 4)
“Octopus’s Garden” (Take 9)
“You Never Give Me Your Money” (Take 36)
“Her Majesty” (Takes 1–3)
“Golden Slumbers”/”Carry That Weight” (Takes 1–3 / Medley)
“Here Comes The Sun” (Take 9)
“Maxwell’s Silver Hammer” (Take 12)

CD 3: Sessions

“Come Together” (Take 5)
“The End” (Take 3)
“Come And Get It” (Studio Demo)
“Sun King” (Take 20)
“Mean Mr Mustard” (Take 20)
“Polythene Pam” (Take 27)
“She Came In Through The Bathroom Window” (Take 27)
“Because” (Take 1 – Instrumental)
“The Long One” (Trial Edit & Mix – 30 July 1969)
“You Never Give Me Your Money”, “Sun King”, “Mean Mr Mustard”, “Her Majesty”, “Polythene Pam”, “She Came In Through The Bathroom Window”, “Golden Slumbers”, “Carry That Weight”, “The End”
“Something” (Take 39 – Instrumental – Strings Only)
“Golden Slumbers”/”Carry That Weight” (Take 17 – Instrumental – Strings & Brass Only)

O disco já está em pré-venda e será lançado no dia em que completa 50 anos, dia 26 de setembro.

ArthurNestrovski

Em quatro vídeos feitos pela Piauí, o diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Arthur Nestrovski, sintetiza a importância do maior artista brasileiro, João Gilberto, que morreu há um mês.

.lanadelrey

Nossa musa Lana Del Rey prepara o terreno para seu sexto álbum, Norman Fucking Rockwell, que se tornará público no penúltimo dia deste mês, e lança uma versão para “Season of the Witch”, clássico de Donovan nos anos 60, para manter seu nome quente durante este mês de agosto. Produzida pelo mesmo Jack Antonoff que a produziu em seu próximo disco, a faixa não estará no novo álbum e sim na trilha sonora do novo filme de Guillermo del Toro, baseado na trilogia de livros Scary Stories to Tell in the Dark, que estreia agora em agosto nos EUA.

O single reforça a aura de feitiçaria que ela vem assumindo desde seu disco mais recente, Lust for Life. Já Norman Fucking Rockwell teve sua capa e nome das músicas revelados no fim do mês passado, além de um trailer (abaixo). Todas as músicas que Lana mostrou antes do novo lançamento (“Venice Bitch”, “Mariners Apartment Complex”, “Hope Is a Dangerous Thing for a Woman Like Me to Have – But I Have it” e a versão para “Doin’ Time” do grupo Sublime) entraram no álbum.

Dividindo a capa com ela surge Duke Nicholson, neto de Jack Nicholson. Tira onda essa Lana…

normanfuckingrockwell

“Norman Fucking Rockwell”
“Mariners Apartment Complex”
“Venice Bitch”
“Fuck it I Love You”
“Doin’ Time”
“Love Song”
“Cinnamon Girl”
“How to Disappear”
“California”
“The Next Best American Record”
“The Greatest”
“Bartender”
“Happiness is a Butterfly”
“hope is a dangerous thing for a woman like me to have – but i have it”

O disco já está em pré-venda em vários formatos.

davidberman

Que notícia triste – além de autor de um dos melhores discos dos anos 90 (American Water, dos Silver Jews) e um dos grandes compositores de sua geração, Dave Berman se despede deste plano logo após ter lançado um grande disco, o primeiro em dez anos, sob o nome de Purple Mountains. Abaixo, reproduzo a curta entrevista que fiz com ele, por email, em 1999, justamente quando estava lançando seu disco clássico.

O que é a Nova Abertura?
É um nome de mentira para uma iniciativa real: a rejeição da ironia como uma estratégia artística. No Estados Unidos, a ironia se tornou um gás sufocante que sai da boca de qualquer figura público. A idéia é simples: diga o que você quer, queira o que você diz.

E isso não te torna bastante público? Não é como se despir em público?
É justamente o contrário. Expressar seus sentimentos é uma necessidade que todos têm. Nossa cultura definharia e morreria sem isso. Todos viveriam melhor se pudessem andar sem as roupas na rua.

Você tem algo contra a ficção ou a fantasia?
Precisamos de música e de arte que cubra toda uma área. Fantasia é tão valiosa quanto a dura realidade. O conflito entre as duas é o impulso que nos faz progredir.

E como esta idéia lírica se encaixa com a música? Como você encara a música dos Silver Jews?
Eu gosto de acordes leves e machucados. Sons orgânicos feridos. Resoluções pacíficas. Paz que parece morte, mas que não é morte.

E sua relação com o Pavement? Você sente-se mal ao ficar na sombra do grupo?
Eu gosto, porque as pessoas descobrem a música. Não importa como eles cheguem, pra mim está bom. Se a associação com o Pavement persiste depois que as pessoas me conhecem é um tanto desolador, mas é minha culpa se a música não se destingue como própria o suficiente para ser percebida como própria.

O nome Silver Jews vem de onde?
É inventado. Ninguém se lembra direito. Apareceu num dia e parecia ser o ideal. São apenas duas palavras legais de serem ditas em voz alta.

E o nome do disco, American Water, como surgiu?
Tem uma raça de cachorros que se chama American Water Spaniel. Eu estava levando meu cachorro ao veterinário quando eu vi este nome num pôster sobre raças de cães. Aquela noite eu sonhei com este nome e ele ficou.

E qual sua relação com a crítica? Você lê suas resenhas?
Eu leio as resenhas. Eu não acho que a imprensa musical aqui consegue fazer seu trabalho. Aqui nos Estados unidos não existem críticos com suas próprias vozes. Eles são apenas cafetões do status quo. A escrita é muito semelhante à da publicidade. Eles são uma droga e é uma situação chata.

Por que você não faz shows?
São muitos motivos para serem listados. Não é digno, pra mim. Eu acho que os discos bastam. Turnês interromperiam o ritmo da minha vida. É como uma infância suspensa. Estou tentando viver como um adulto. Não nasci para estar sob os holofotes, num palco. Eu sou o observador, não o observado. É que parece errado para a minha natureza.

O que você está ouvindo hoje em dia?
Blue Öyster Cult, Jerry Jeff Walker, Jackson C. Frank, U.S. Maple e O Clube da Esquina, do Milton Nascimento.

doamor_2019

Mesmo separado em três cidades diferentes (uma delas, além mar), o quarteto carioca Do Amor conseguiu, à distância, encontrar um jeito para gravar um disco novo – e eles lançam seu A Zona Morta nesta sexta-feira, antecipando a primeira faixa, “Guanabara”, com clipe artesanal dirigido pelo guitarrista Gustavo Benjão, aqui no Trabalho Sujo.

“O nome do disco tem a ver com a zona morta do arremesso de três do basquete, mas também tem muito a ver com o mundo de hoje em dia em que vão se criando vazios, vácuos de conhecimento, de cultura, de amor e isso afeta a sociedade de uma maneira geral, mas também abre espaço para novas coisas e manifestações culturais e pessoais florescerem”, me explica Benjão.

“Mesmo com os quatro morando no Rio a gente já teve dificuldade de divulgar o disco anterior, por causa da vida doméstica, das carreiras solo de cada e isso atravancou a divulgação do disco”, continua o baterista Marcelo Callado, que comenta a saída de dois dos integrantes originais da cidade-natal da banda, quando o baixista Ricardo Dias Gomes foi para Lisboa e Gabriel Bubu mudou-se para São Paulo. “Com isso, a banda foi dando uma certa minguada, os trabalhos solo foram tomando proporções maiores e a banda foi ficando de lado. Mas sempre com carinho”, completa, ressaltando que a banda nunca cogitou terminar.

Pelo contrário, o grupo pensou em como continuar desta maneira. “A gente teve uma ideia de fazer um disco de colagens, que não precisava estar junto pra gravar, que um fizesse uma parte de uma música e outro fosse completando, à distância”, lembra Callado. “E esse processo gerou muitas músicas, algumas que foram pro meu disco solo, Caduco.” “A gente foi pré-produzindo com alguns meses antes, trocamos muitas músicas e muitas ideias de maneira virtual, dada à distância – Ricardo tá morando em Portugal, Bubu em São Paulo – é uma junção de ideias”, emenda Benjão.

“Aí no meio desse processo, o Ricardo tava aqui no Rio”, continua o baterista, “e o Bubu teve uma ideia boa de se encontrar os quatro e gravar tudo em dois dias. E foi o que a gente fez. A gente fez uma seleção dessas músicas, escolheu as que tivessem mais a ver com esse formato e gravou como se gravava antigamente, os primeiros discos dos Ramones e dos Beatles, aprendendo a música na hora e gravando.” Gustavo continua: “Escolhemos dez músicas, definimos a forma e ensaiamos rapidamente e gravamos da maneira mais simples, só os quatro gravando numa sala, na Áudio Rebel, ao vivo, sabendo que já ia ser o disco. A gente já pensou nos arranjos de baixo, guitarra e bateria pra não ter nenhuma sobreposição, nenhum instrumento foi gravado posteriormente, só os vocais. Um disco cru como faríamos no palco”.

E Benjão não está exagerando quando diz cru. A placidez de “Guanabara” não traduz as guitarras pesadas que dominam o disco, que está mais para os primeiros discos dos Beatles e dos Ramones como Callado descreve, embora com aquele jeito torto típico das composições dos quatro. Algumas faixas (como a expansiva “Planeta Fome”, o bailinho de “Não Peida no Amor” e a vibe soy darks de “No Cemitério”) até saem da atmosfera musical Ween do iê iê iê que paira sobre o disco, mas as guitarras estão sempre lá, mais incisivas devido à gravação ao vivo.

“É um disco sem adereços, que tem a pilha do encontro, só os quatro, fazendo o que a gente faz juntos, sem outros elementos além daquilo que a gente tá fazendo ali”, explica Benjão. “Fizemos vários takes ao vivo de cada música, escolhemos o melhor, e depois gravamos as vozes. Foi um jeito de dar mais relevância pra esse encontro, já que a gente não tá tão junto fisicamente. Inicialmente a gente pensou em gravar o disco mono em cassete, mas devido à sonoridade a gente abandonou essa ideia.” Essa vibe crua traduz o hiato do grupo, como resume Callado: “A banda nunca acabou, mas realmente ficou numa zona morta”, embora refute que o nome do disco não esteja ligado a isso.

Abaixo, a capa e o nome das músicas de Zona Morta:

zonamortadoamor

“Roquinho Triste da MPB”
“Zona Morta”
“O Tempo”
“Azar”
“Guanabara”
“Não Peida no Amor”
“Planeta Fome”
“No Cemitério”
“Falta”
“Flórida”

todo-o-disco-ava-rocha

Na nova temporada da série de encontros Todo o Disco, mergulhamos no universo de Trança, o disco cheio de camadas que Ava Rocha lançou no ano passado e que ela ajuda a decifrar numa conversa que acontece agora na Unibes Cultural, gratuitamente. É o sexto encontro da série neste ano, e, por duas horas, conversamos apenas sobre o disco – na primeira hora o papo vai para a concepção, composição, produção e lançamento e na segunda hora ouvirmos o disco com comentários faixa a faixa da própria Ava. O encontro acontece na próxima quarta-feira, dia 7 de agosto, com entrada gratuita (basta garantir seu lugar neste link), a partir das 20h (mais informações aqui). Vamos?

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Francis Ford Coppola volta mais uma vez à sua obra-prima Apocalypse Now em uma versão definitiva para Imax que estreia ainda este mês nos EUA. “Estou animado com esta versão porque percebi que queria fazer uma versão que eu gostasse”, diz o diretor no trailer. Não importa: olha só a qualidade das imagens e imagina isso com um som de uma sala decente. Pode pegar meu dinheiro, Coppola!

https://www.youtube.com/watch?v=VyNwha5hrAo