Jornalismo

Os fãs dos Mutantes já devem conhecer a participação do grupo paulistano no programa português Discorama, que dedicou meia hora de sua edição ao grupo de Arnaldo Baptista, Rita Lee, Sergio Dias e Dinho Leme em 1969. O programa já circulava online há tempos, mas com a marcação de tempo estampada sobre o vídeo como uma marca d’água. Mas a emissora RTP acaba de disponibilizar a versão do programa na íntegra em seu site oficial (assista aqui).

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Morreu o baterista original do Pavement, Gary Young, veterano da cena punk de Stockton, na Califórnia, quando a então dupla formada por Stephen Malkmus e Scott “Spiral Stairs” Kanneberg resolveram gravar a banda que tinham começado depois de tocar versões de Can e Fall. Caíram no estúdio de Young, onde gravaram seus primeiros discos, trazendo o baterista para a formação original do grupo, que depois contou com Bob Nastanovich e Mark Ibold. O estilo de tocar bateria de Young tornava o Pavement uma banda única na costa oeste norte-americana, além do baterista ser afeito a plantar bananeira no meio dos shows da banda, às vezes por minutos sem parar.

Um passo importante – talvez o mais difícil- em uma reconciliação histórica foi dado quando a revista People publicou uma entrevista com o ex-líder dos Talking Heads David Byrne, que reconheceu ter sido escroto com seus colegas de banda nos últimos anos da carreira do grupo. “Eu não era uma pessoa legal para ficar junto quando eu era mais jovem”, contou o cantor norte-americano para o site da revista. “Quando estava trabalhando com os Talking Heads eu era meio tirânico. Depois eu aprendi a relaxar e também que ao colaborar com outras pessoas os dois lados ganham mais em uma boa relação do que em vez de eu dizer a todos o que fazer. Acho que não lidei bem com isso e o final foi meio feio.” E por mais ególatra que Byrne poderia ser, ele pelo menos manteve essas questões na esfera privada, ao contrário de outros integrantes da banda, como o casal Tina Weymouth e Chris Frantz, que sempre reclamaram em público que Byrne tinha sido egoísta e que a banda só não voltava por culpa dele. O outro integrante do grupo, Jerry Harrison, mantêm uma relação cordial com David e nunca veio a público expor rusgas do passado. Mas às vésperas do primeiro reencontro em duas décadas, o improváveis mea culpa de Byrne pode caminhar para um pedido de desculpas e uma reconciliação transparente e franca, aos olhos dos fãs. Isso ainda é muito longe de uma volta aos palcos, mas sinto que estamos só no começo de uma longa jornada que envolve uma das maiores bandas da história da música pop.

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Lá vem o L7!

Uma das principais bandas de rock do inicio dos anos 90, o grupo L7 volta ao Brasil dentro de uma turnê sul-americana com sua formação clássica, que voltou à ativa em 2014, depois de debandar em 2001, com Donita Sparks (guitarra), Suzi Gardner (guitarra), Dee Plakas (bateria) e Jennifer Finch (baixo). As quatro passam por São Paulo no dia 20 de outubro deste ano, quando tocam no Carioca Club com abertura do Cólera e das Mercenárias. Os ingressos já estão à venda neste link. Depois de São Paulo elas passam por São Luís, no Maranhão (dia 22), em Curitiba, no Paraná (dia 24), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (dia 25) e no Rio de Janeiro (dia 29).

Na próxima quinta-feira, dia 24, o grupo Garotas Suecas mostra seu recém-lançado disco 1 2 3 4 pela primeira vez ao vivo, no Auditório do Sesc Vila Mariana, num show em que o quarteto paulistano, uma instituição do rock independente da cidade, às vésperas de completar duas décadas em atividade, me convidou para fazer a direção. Assim, pensamos juntos em como mostrar um disco que ao mesmo tempo é um retrato da época trevosa que estamos finalmente saindo, e também tem uma importância crucial nestes quase vinte anos de banda. Os ingressos para o show já estão à venda (neste link) e a banda ainda traz algumas surpresas, que estão preparando nos ensaios. Enquanto isso, vão arredondando cada vez mais o disco novo só os quatro, como filmei nessa versão para “Todo Dia É Dia de Mudança”.

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Domingo passado o Brasil pode assistir, depois de acompanhar a série de trapalhadas do evento que proporcionou aquele encontro, ao momento em que Caetano Veloso dedicou ao seu Transa acompanhado de ninguém menos que Jards Macalé, Tutty Moreno e Áureo de Souza, que tocaram no clássico disco de 1972. E enquanto o festival não disponibiliza online sua versão do show, transmitida ao vivo pelo YouTube do evento, coube ao herói youtuber Vingador de Lampião, colocar a sua própria captação da íntegra do show online.

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Ainda é cedo pra comemorar, mas o Toronto International Film Festival acaba de marcar um golaço ao confirmar a primeira aparição pública dos Talking Heads em 21 anos, quando reúne David Byrne, Tina Weymouth, Chris Frantz e Jerry Harrison em uma entrevista antes da exibição do clássico Stop Making Sense, mitológico filme de Jonathan Demme que registra a banda ao vivo no melhor registro cinematográfico de um show, que será relançado em alta definição pela distribuidora A24. O reencontro acontece no dia 11 de setembro e terá mediação feita por Spike Lee, que há pouco trabalhou com Byrne ao dirigir seu espetáculo da Broadway American Utopia. Isso não quer dizer que o grupo possa voltar a fazer shows, algo que Byrne já disse, em outras épocas, que nunca aconteceria. Embora tenha encerrado suas atividades em 1991, desde o inicio de 1984 o grupo não toca mais junto. As únicas exceções aconteceram em 1989, quando Jerry e David compareceram ao show do grupo Tom Tom Club, formado por Chris e Tina, para tocar “Psycho Killer” ao vivo, e treze anos depois, quando os quatro se reuniram para tocar em sua indicação para o Rock and Roll Hall of Fame. Tomara que esse reencontro faça o grupo perceber como seria bom para o mundo se pudessem se reunir para mais uma rodada de shows.

Assista abaixo à última apresentação ao vivo do grupo, em 2002: Continue

E não é só a capa: Ana Frango Elétrico começa a mostrar seu terceiro disco com a groovezeira “Electric Fish”, que lançou de surpresa no início desta quarta-feira. Primeira música de Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua a vir a público aos poucos revela a nova personalidade musical de sua autora ao reunir cobras como Sérgio Machado, Alberto Continentino e Guilherme Lírio, entre outros, em sua banda-base, o que dá um outro patamar ao novo degrau na carreira da carioca.

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Tatá Aeroplano soltou um disco de surpresa! Em Boate Invisível, que ele lançou na meia-noite desta segunda pra terça, sem sobreaviso ele reuniu a banda com quem já vem trabalhando há anos (o power trio Bruno Buarque, Dustan Gallas e Junior Boca às vocalistas Kika e Malu Maria) para compor um disco no estúdio, sem canções ou atranjos prontos, para que tudo fluísse coletivamente. O resultado é um delicioso disco dançante, embebido no pop dos anos 80, equilibrando sua natureza festiva com o que ele descreve na faixa-título como “melancolia New Order”. Bom demais.

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A cantora Anná traz sua mistura de sagrado e mundano para o Centro da Terra nesta terça-feira, com o espetáculo Deusa Diaba da Terra do Sol, em que mistura sambas de raiz, forró e experimentações dance digitais, como o funk e o piseiro, em uma apresentação que é acompanhada de Allan Gaia Pio, Wanessa Dourado e Raquel Tobias. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.