Jesus & Mary Chain para ler

jamc

“A mistura de música pop com barulho e o jeito esculhambado com que se comportaram ao longo dos anos, de não se levarem muito a sério, o sarcasmo das letras… É a soma quase perfeita de elementos pra construir a imagem e a estética de uma banda de rock. Em uma entrevista à revista Bizz, em 1990, falando sobre o irmão William, o Jim Reid disse algo como ‘ele sabe como tocar guitarra da maneira errada’. E eu acho que o rock, em essência, é exatamente isso, tocar guitarra da maneira errada”.

Assim Filipe Albuquerque, um dos donos da novíssima editora Sapopemba, explica o motivo de escolher Barbed Wire Kisses – A história do Jesus and Mary Chain, da jornalista inglesa Zoë Howe, para inaugurar o catálogo de sua empreitada. Fundada com o sócio Mauro Albano (o nome por trás das clássicas fotonovelas Wagner & Beethoven), a editora surgiu da vontade dos dois de lançarem livros que gostariam de ler. “O nome vem da tentativa de fugir dos nomes em inglês, por ser um nome de um bairro tradicional de São Paulo – nós dois somos paulistanos – que é bastante sonoro e gráfico. A linha editorial é esse universo meio indefinido da cultura pop e do comportamento, em que a música é talvez o principal elemento.”

“Sempre gostei muito de biografias e a do Jesus and Mary Chain era uma que eu sabia que seria das mais legais de se ler. Quando fiquei sabendo do lançamento do livro da Zoë Howe, em 2014, encomendei com uma amiga que estava de viagem aos EUA e, enquanto lia, tive a ideia de tentar comprar os direitos autorais”, lembra Filipe. “Entre pensar nisso e comprar os direitos de fato foram quase três anos. Mas pensei em começar pelo livro por ser um tema familiar, já que eu sempre gostei da banda, desde a primeira vez que ouvi/vi “Just Like Honey”, entre 85, 86, provavelmente no Som Pop, do Kid Vinil. Tenho os discos, fui a dois dos três shows que fizeram em São Paulo – no Terra e no Festival Cultura Inglesa. Achei que conhecer o tema do livro e o universo em que a história da banda se passa ajudaria a errar menos considerando que era algo que a gente estava fazendo pela primeira vez.”

A Sapopemba no entanto faz mistério sobre seus próximos lançamentos. “Há um outro livro já sendo trabalhado, mas sobre esse eu não posso adiantar praticamente nada”, esconde Filipe, não sem antes deixar de dizer que o trabalho mais conhecido de seu sócio deve sair da internet. “Existe a ideia de, no ano que vem, lançar uma coletânea com o melhor de Wagner & Beethoven, e seguir com títulos na área da música e cultura pop. Acho que existe uma trilha boa a seguir por aí.” Barbed Wire Kisses (que já está à venda na Amazon)foi lançado pegando carona na quarta vinda do grupo para o país, no mês passado, e a editora cedeu um trecho de um dos capítulos para publicar no Trabalho Sujo, que conta o momento em que o grupo começa a preocupar a cena inglesa, no histórico e tumultuado show na North London Polytechnic, no dia 15 de março de 1985:

jesus-and-mary-chain-barbed-wire-kisses

Os ingressos para o show seguinte, no North London Polytechnic, esgotaram-se rapidamente. O show seria no dia 15 de março, o famoso “ides of March” [nos idos de março, no meio do mês], quando o profeta alertou o imperador romano Júlio César para que tomasse cuidado. A situação do Jesus and Mary Chain não foi tão dramática quanto a do imperador Júlio César no “ides of March”, mas foi uma noite e tanto. O número de fãs da banda crescia dia a dia, e naquela noite, quando Neil Taylor entrou no North London Polytechnic, na Holloway Road, o sentimento dominante era, nas palavras dele: “A besta cresceu demais”.

Os companheiros de Creation, Jasmine Minks e Meat Whiplash, abririam o show. Adam Sanderson, líder dos Jasmines, já antecipava os problemas, para grande surpresa da atração principal da noite. Bobby Gillespie contou: “Na passagem de som, o Adam me disse: ‘Olha!’. Ele abriu a mochila e mostrou um martelo. Perguntei: ‘Por que você trouxe isso?’ Ele respondeu: ‘Esta noite vai ter confusão’”.

“Ele morava em um squat em King’s Cross e deve ter ouvido alguma coisa. Ele me disse: ‘Cara, ‘tô pronto para o que der e vier. Se algum filho da puta vier pra cima de mim, estouro a cabeça dele!’ Só pensei: ‘Aí é um pouco demais, que pretensioso’.”

O local já estava lotado, mas, quando o Jesus and Mary Chain definhava no camarim, bebendo com toda a determinação, a porta foi escancarada. “Alguém disse: ‘Tem centenas de pessoas na rua, sem conseguir entrar’”, contou Gillespie. “O Douglas e eu abrimos as portas de emergência pra aquela gente. Foi uma atitude punk: entra todo mundo!”

O Meat Whiplash, garotos de East Kilbride fazendo o primeiro show em Londres, subiu ao palco e foi imediatamente atingido por um míssil. Quando os Jasmine Minks entraram, o vocalista-líder arremessou uma garrafa de vinho no público. “Provavelmente não foi uma boa forma de começar”, observou Neil Taylor.

Quando o Jesus and Mary Chain entrou no palco, a atmosfera já estava bem carregada. Por um momento, o rumor anárquico foi abafado por um som puro, lembrou o engenheiro de som do Mary Chain, David Evans, ex-Biff Bang Pow!: “A intenção da banda não era chamar a atenção do público com aquilo, mas fizeram uma microfonia ensurdecedora, deixando todo mundo num enorme estado de excitação, mas também certa frustração, esperando pela próxima música, como se uma música tivesse começado e sido interrompida, pra começar de novo em seguida. Foi um momento muito especial”. Os fãs ficaram eletrizados com a apresentação no North London Poly. Um deles, perguntado por um jornalista de TV por que gostava do Mary Chain, respondeu simplesmente: “Fazem bastante barulho”.

Bobby Gillespie disse: “Toda noite era diferente, sem roteiro. O William é um guitarrista virtuoso. Eu sempre tinha a guitarra dele no meu retorno. Ele começava com aqueles riffs e ia viajando, e aquilo me inspirava a tocar com mais energia. Eu me guiava por ele, atento ao que ele tocava. E, um dia, o Jim me disse que, quando me via ficando maluco, ficava maluco também”.

“O Bobby era o nosso motor”, disse Jim. “Se eu estivesse pensando: ‘Não estou entendendo como estão as coisas, onde é que isso vai dar?’, era só eu olhar em volta e veria o Bobby com um sorriso radiante na cara. Aí eu pensava: ‘Isso está ficando bom demais’.”

Naquela noite, no North London Poly, o público era uma mistura de devotos do Jesus and Mary Chain, pessoas curiosas com aquele fenômeno e uma significativa parcela de encrenqueiros. “Com certeza”, disse Neil Taylor, “o que aconteceu foi um setlist muito curto, falação exagerada, a bebedeira de sempre, as quedas em cima de tudo, as quedas do palco… Então as pessoas ou quiseram mais ou pensaram ‘O.k., esse é o sinal pra gente começar o bom e velho furdunço e partir pra porrada’.”

Alan McGee e David Evans insistem que, honestamente, não esperavam que as coisas saíssem do controle e ficassem violentas como ficaram. Certamente não pensaram que a própria segurança seria colocada em risco. O equipamento, como geralmente acontecia nos shows do Jesus and Mary Chain, ficou à disposição: chutes nas caixas de som e quebradeira – a diferença é que dessa vez os fãs é que se encarregaram, e não Jim Reid. Dessa vez, isso não fazia parte do show, embora os envolvidos não tivessem dúvida de que fazia parte da energia violenta e do barulho que tinham sido desencadeados pela banda.

Bobby Gillespie viu, com o bom humor de sempre, o recrudescimento do tumulto, que começou antes que a banda deixasse o palco. “As pessoas estavam jogando coisas na gente, e eu joguei os tambores nelas. Não senti medo nenhum. Ei, North London Poly, eu estava adorando aquilo!”

Joe Foster, que era professor do Poly naquele tempo, ficou horrorizado com o que se desenrolava, principalmente quando viu que alguns estudantes corpulentos tinham conseguido puxar Jim do palco. “Foi bizarro, um caos, horrível”, lembrou ele. “Sendo – como eu posso dizer – um idiota, mergulhei no meio do povo e agarrei o Jim. Tentamos voltar pro palco, mas aí um dos estudantes fortões decidiu que devia nos pegar. E nós, tipo: ‘O.k., então você acha que vai nos dar uns belos chutes na bunda com sua perna musculosa de jogador de rúgbi? Não vai, não!’” Joe Foster foi demitido no dia seguinte por causa da ligação com o Jesus and Mary Chain.

McGee também ficou horrorizado com o caos e também não demorou muito para se jogar no meio da briga.

Enquanto mais policiais chegavam, o que serviu para colocar mais lenha na fogueira, a banda escapou para a segurança do camarim e lá ficou escondida, porque uma horda correu atrás dela. “Começaram a bater na porta com extintores de incêndio”, contou Douglas. “Parou de ser engraçado, virou uma brutalidade.”

A lembrança de Bobby Gillespie é um pouco diferente. Ele estava entusiasmado com o perigo que sua presença parecia ter desencadeado. “Quando o McGee veio e disse: ‘Estão tentando entrar no camarim’, eu pensei: ‘Que demais!’ Eu queria mexer com o máximo de pessoas possível. Tinha esperado a vida inteira para estar no olho do furacão, porra!”

Quando a situação se acalmou e o local ficou tranquilo, a banda emergiu para dar uma entrevista, parecendo totalmente calma. Talvez os caras estivessem só disfarçando magistralmente a própria aflição, e isso só podemos cogitar, mas seu jeito blasé certamente foi convincente.

Durante a entrevista, Jim foi categórico ao responder às acusações de que as guitarras estavam desafinadas, explicando que a guitarra de William estava perfeitamente afinada, mas a dele não, porque essa servia “para ser chutada”. Sem evitar alguns palavrões, Douglas respondeu suavemente à inevitável pergunta sobre seu baixo Gibson de duas cordas, explicando ao jornalista que aquelas eram as únicas duas cordas que usava, então por que se incomodaria em comprar as outras duas? Jim acrescentou que “o cara ficaria atrapalhado se tivesse que lidar com mais cordas”. O jornalista perguntou como eles se sentiam ao serem descritos, muitas vezes, como a melhor e a pior banda do hemisfério ocidental. Depois de uma pausa contemplativa, William respondeu: “Minha cor favorita é dourada”. Para um grupo de jovens supostamente sociopatas, sabiam dar boas declarações.

“Assisti a algumas dessas gravações recentemente”, disse Gillespie. “Só estávamos tentando parecer cool. No fim, estou sentado no palco e digo: ‘Só quero que as pessoas escutem a música. Ouça a si mesmo! Quem você pensa que é?’ Não parecemos muito assustados naquela filmagem, não é? Estamos é muito arrogantes.”

Enquanto a entrevista rolava, Neil Taylor já estava no telefone com a NME, e a lenda do show do North London Poly já estava sacramentada. “Acho que faltavam uns dois dias pra imprimir, mas derrubaram qualquer que fosse a matéria que ia na página três e colocaram essa. Sempre fico irritado quando me lembro disso, porque o subeditor fez a seguinte chamada: ‘Tumulto Jesus and Mary Chain’. Eu não disse que tinha sido um tumulto, ainda que tenha sido quase isso. Houve cenas violentas. Aí a banda saiu dizendo ‘Não foi um tumulto, foi aquele cara da NME que disse isso’ ou alguma coisa assim, e é por isso que sempre volto a falar nesse assunto.”

William insiste que nunca houve nenhum “tumulto” de verdade, apenas “um palhaço, que pensou que era o Rambo, sapateando na mesa de som”. Ainda assim, não importa o quanto minimizassem, a quantidade crescente de confusões em seus shows estava se tornando uma preocupação, não apenas do ponto de vista da segurança pessoal, mas porque violência significava o oposto do que o Jesus and Mary Chain realmente era. “Odeio isso”, disse William na época. “Estamos tentando nos mostrar como uma banda séria, e não um tipo de banda Oi!, como o Cockney Rejects.”

No dia seguinte ao fiasco no North London Poly, McGee e a banda foram para a Alemanha, para uma apresentação na TV. “Foi tudo bem, um pouco de paz”, disse McGee. Naturalmente, a imprensa já queria informações sobre as loucuras da noite anterior, mas McGee colocou seus verdadeiros sentimentos de lado, em uma tentativa de dar uma declaração fria e ao estilo Malcolm McLaren: “O público não destruiu o local, destruiu a música pop… Foi realmente arte usada como terrorismo”. Os Situacionistas teriam adorado.

“Na verdade, não foi uma boa declaração”, disse ele na entrevista para esta biografia. “Ficou meio esquisita e, depois daquele ponto, ficou parecendo ingênua. Eu achava que todo mundo percebia que a gente estava brincando, mas de repente as pessoas estavam destruindo coisas e não tinha mais graça. Ainda que a maior parte fosse nossa responsabilidade, quer dizer, a ‘arte como terrorismo’ etc., a verdade é que acabamos ficando: ‘Que porra está acontecendo aqui?’”

Os melhores discos de 2017: 69) Jesus & Mary Chain – Damage & Joy

60-2017-jamc

“Yeah, it’s just a bitch”

A ressurreição de Jesus & Mary Chain

damage-and-joy-jamc

Março está chegando e com ele virá o primeiro disco que o Jesus & Mary Chain lança desde o longínquo Munki, a obra-prima auto-indulgente que o grupo lançou em 1998 como se fosse seu Abbey Road. Mais de uma década depois de voltar à estrada, a banda liderada pelos irmãos Reid voltou ao estúdio no final do ano passado e seu Damage and Joy foi produzido pelo músico Youth, o fundador do Killing Joke que já trabalhou com Cult, Sugarcubes, The Verve, Paul McCartney e The Orb. E além da faixa “Amputation”, que o grupo revelou ainda no final do ano passado…

https://www.youtube.com/watch?v=RAddFyu4lEk

…agora eles mostraram mais um novo single, “Always Sad”, este acompanhados pelo doce vocal de Bernadette Denning.

https://www.youtube.com/watch?v=rSnhUtDnDVM

As duas faixas apontam um rumo interessante para o novo álbum: mais melódico que de costume, as composições de Jim Reid parecem abandonar a jaqueta de couro do rock’n’roll para vestir a camisa de flanela do pop perfeito perseguido por conterrâneos escoceses anteriores (Bay City Rollers, Aztec Camera, Simple Minds, Wet Wet Wet, Cocteau Twins, Pastels) e posteriores (Belle & Sebastian, Teenage Fanclub, Franz Ferdinand, Primal Scream, Delgados, Bis) à sua revelação. As duas canções são barulhentas mas não propriamente pesadas, esvaziando o tradicional wall-of-sound que o grupo jogou sobre esta tradição do pop da Escócia e que ajudou a mante-la acesa até nos anos menos melódicos do pop (da virada dos anos 80 para os anos 90) e encaixando-se perfeitamente neste cânone, sem precisar do alarde que precisou para entrar na história da música pop e do rock independente.

Jesus & Mary Chain vai lançar disco novo!

jamc-2016

O influente grupo inglês Jesus & Mary Chain voltou a ativa em 2007 mas apenas para shows, embora seu líder Jim Reid sempre tenha dito em entrevistas que estão compondo músicas novas. Mas não havia nenhuma notícia sobre material inédito desde o ótimo Munki, de 1998 – até agora. O próprio empresário da banda Alan McGee que antecipou a notícia em entrevista à rádio pública canadense CBC Music, dando inclusive fatos confirmados em seguida na página da gravadora de McGee, a Creation, que o disco será lançado em março e terá distribuição da Warner. Além de Jim, a banda conta, óbvio, com seu irmão William também nas guitarras e vocais e o trio de músicos formado pelo guitarrista australiano Scott Von Ryper, o baterista Brian Young (que era do Fountains of Wayne) e o baixista Mark Crozer. Grande notícia!

Disco novo do Jesus & Mary Chain?!

jesus-and-mary-chain

Apesar de já ter voltado à ativa há um tempo, o Jesus & Mary Chain não lança um disco de inéditas desde 1998, quando publicaram o disco Munki um ano antes da relação entre os irmãos Reid fazer a banda terminar no século passado. Mas em entrevista ao NME, Jim Reid diz que pode ser que 2015 assista ao primeiro lançamento do Jesus & Mary Chan no século 21. “Temos o material e já estamos falando em fazer um álbum há muito tempo. Voltamos em 2007 e esse era o plano. Pensamos ‘temos algumas músicas que poderiam valer um bom disco do Jesus & Mary Chain’ – e aí começamos a nos estapear de novo, eu e meu irmão. ‘Quero fazer assim’ e ‘eu não’ e então partimos pro ‘vai se fuder’ e começamos a nos agredir. A mesma merda de sempre, basicamente”, disse Jim. “Mas estamos chegando a um acordo, o que é bem estranho pra nós. Haverá um disco – nós o vamos fazer. Eu estou mais convencido agora do que nunca que haverá um novo disco do Jesus & Mary Chain.” Não custa lembrar que eles anunciaram há pouco que irão excursionar o ano inteiro com o show em que tocam a íntegra do primeiro disco da banda, o essencial Psychocandy. Então se dá pra juntar uma coisa com a outra…

Jesus & Mary Chain comemora os 30 anos de Psychocandy tocando o disco ao vivo na íntegra

psychocandy

O empresário Alan McGee já cantava essa bola no ano passado (“só vai dar Psychocandy nos festivais”) e os irmãos Reid acabaram de anunciar nove datas em maio nos Estados Unidos tocando um dos discos mais importantes do indie rock na íntegra. Psychocandy completa 30 anos em 1985 e é um show que com certeza passa pelo Brasil esse ano (resta saber quem traz). Eis as datas que já foram anunciadas (e se liga que ainda tem Europa e outro naco dos EUA pra serem cobertos):

1º – Toronto
3 – Detroit
5 – Chicago
7 – Dallas
9 – Austin (detalhe: no Austin Psych Fest)
11 – Denver
13 – Vancouver
14 – Seattle
16 – San Francisco

Vai que alguém tá na área ou programando férias…

Capas de discos via Adventure Time

adventuretime-play

Adventure Time talvez seja um dos grandes trunfos culturais dessa década, ainda crescendo lentamente rumo ao topo do pop. A popularização do desenho já está em estágio avançado de massificação e se você não sabe do que se trata, faça-se o favor de se informar e cair na melhor psicodelia do século até agora. Os personagens do programa do Cartoon Network aos poucos estão se embrenhando em nosso inconsciente e não duvide se 2015 assistir ao momento em que eles se tornarão mais populares que o Mickey, o Snoopy ou o Super Mario para todas as faixas etárias. Essa compilação de capas de discos clássicos mashupadas com o imaginário do título, reunida por este blog, já dá uma vaga noção de que o desenho não é mais um segredo entre crianças apaixonadas, pais vidrados e doidões deslumbrados:

adventuretime-tomwaits

adventuretime-who

adventuretime-whitestripes

adventuretime-vu

adventuretime-stooges

adventuretime-pumpkins

adventuretime-cure

adventuretime-trex

adventuretime-clash

adventuretime-sunra

adventuretime-spoon

adventuretime-sonicyouth

adventuretime-slint

adventuretime-inrainbows

adventuretime-radiohead

adventuretime-pinkfloyd

adventuretime-mbv

adventuretime-milesdavis

adventuretime-mgmt

adventuretime-loureed

adventuretime-ledzeppelin

adventuretime-lcd

adventuretime-kingcrimson

adventuretime-joydivision

adventuretime-jamc

adventuretime-huskerdu

adventuretime-gorillaz

adventuretime-godspeed

adventuretime-franz

adventuretime-zappa

adventuretime-fleetwoodmac

adventuretime-elliotsmith

adventuretime-djshadow

adventuretime-descendents

adventuretime-can

adventuretime-cake

adventuretime-bjork

adventuretime-beck

adventuretime-air

Lá no blog tem muito, muito mais.

E essa caixa do Jesus & Mary Chain…?

The-Jesus-and-Mary-Chain-box-set

Ficou de cara com a foto? Saca o vídeo:

São onze discos em vinil, sendo que cinco deles são os discos de estúdio (Psychocandy, Darklands, Automatic, Honey’s Dead, Stoned & Dethroned e Munki) remasterizados na metade da velocidade de gravação e a partir das fitas originais. Os outros discos incluem basicamente todos os registros do grupo ao vivo na BBC e uma compilação com faixas inéditas, raridades e lados B, além de um livro de 32 páginas com entrevistas e artigos sobre a banda. Uma maravilha, mas não dá para comprar online se você estiver no Brasil.

Todo o show: Jesus & Mary Chain ao vivo em Londres, 1988

jamc-1988

E por falar em Jesus, que tal a íntegra do show que eles fizeram no dia 29 de abril de 1988, na casa Ulu, em Londres?

O setlist segue abaixo:

 

Vida Fodona #379: Que eu puder ver ao vivo nessas últimas duas semanas

vf379

Momento “minhas férias”.

Poolside – “Harvest Moon”
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards”
Do Make Say Think – “Do”
Dinosaur Jr. – “Freak Scene”
Bob Mould – “Star Machine”
Postal Service – “Clark Gable”
Deerhunter – “Monomania”
Christopher Owens – “Riviera Rock”
Breeders – “I Just Wanna Get Along”
Tinariwen – “Imidiwan Matanam”
Jesus & Mary Chain – “Reverence”
Wedding Present – “Kennedy”
Blur – “This is a Low”
The Knife – “Raging Lung”
Wu-Tang Clan – “C.R.E.A.M.”
Thee Oh Sees – “Carrion Crawler”
Nick Cave & the Bad Seeds – “The Mercy Seat”
Phosphorescent – “Song for Zula”
My Bloody Valentine – “New You”
Los Lobos – “Chuco’s Cumbia”
Neil Young & Crazy Horse – “Like a Hurricane”

Por aqui.