Que boa surpresa é descobrir que a banda do ator James Franco é um chillwavezinho acústico, quase praiano, meio Little Joy, tirando os momentos em que discursa como um Johnny Cash mais novo. A banda chama-se Daddy e é uma parceria de Franco com o músico Tim O’Keefe. O primeiro registro – o EP da banda, MotorCity – vê a luz do dia hoje, mas o clipe de “Love in the Old Days” já tinha estreado na semana passada no site da Rolling Stone.
O diretor (David Gordon Green) é o mesmo, assim como dois de seus protagonistas (Danny McBride e James Franco). E Your Highness (Sua Alteza?, em português) ainda tem a Natalie Portman e a Zooey Deschanel.
Pode dar errado? Claro, mas é muito azar…
Escrevi sobre o novo filme da série O Planeta dos Macacos no Divirta-se dessa sexta. O filme vale – e muito.
Esqueça o ‘Planeta dos Macacos’ de Tim Burton (aquele acinte à história da ficção científica). Planeta dos Macacos – A Origem não tenta inventar moda nem reescrever nenhuma história. Pelo contrário. Parte do pressuposto tão em voga na ficção científica do século 21 que dispõe-se a contar o que aconteceu antes da história que todos conhecem.
Vale um parêntese: (assistir ao primeiro ‘Planeta dos Macacos’ ou às suas quatro continuações – produzidas entre 1968 e 1973 – não é um pressuposto imprescindível para ver o novo filme, mas há uma série de referências e cenas rápidas que farão os fãs dos originais sorrir em silêncio – como a rápida citação a ‘Os Dez Mandamentos’, com Charlton Heston, o protagonista do primeiro filme.)
‘A Origem’ acompanha a carreira do cientista Will Rodman (James Franco, ótimo como sempre), que tenta desenvolver uma droga para curar o mal de Alzheimer, que aflige seu pai (John Lithgow). Mas, ao testá-la em chimpanzés, Rodman percebe que sua invenção vai além do proposto e aumenta a inteligência dos bichos-cobaia. E leva um deles para a casa, para logo perceber que seu remédio tem funcionado bem demais.
O que vemos a seguir é o auge de uma parceria já consagrada: a do ator Andy Serkis e do estúdio de efeitos especiais Weta, de Peter Jackson. Serkis pode ser desconhecido à primeira lembrança, mas é o mesmo ator que vive o Gollum na saga ‘O Senhor dos Anéis’ e o personagem principal de ‘King Kong’ (2005). Sua interpretação magistral e efeitos especiais de primeira fazem o macaco de Rodman, batizado Caesar, um dos principais eventos cinematográficos do ano.
E, para quem teme que o filme seja apenas ação e ficção científica, o trunfo de seu diretor (o novato Rupert Wyatt, em seu segundo filme) é equilibrar isso com cenas tocantes da relação homem-animal. Há certa demagogia, mas na medida certa, sem nunca tornar o filme piegas.
Também convém observar a câmera de Wyatt, que balança entre árvores, prédios e carros como a graça e a destreza de um animal selvagem – uma espécie em extinção.
Não costumo ser fã de prequels, mas esse parece ser melhor que a média.
Você assistiu Pineapple Express e talvez Freaks & Geeks. Mas o cara diz que não fuma um, é só atuação. Certo.
Certo ele. Mais fotos no Buzzfeed.
O Oscar desse ano foi tão tedioso que até acompanhar as expressões de James Franco no palco foi mais interessante do que ver quem ganhou o quê.
Tem mais lá no Jezebel.
Cova Rasa, Trainspotting, Por Uma Vida Menos Ordinária, A Praia, Extermínio, Caiu do Céu, Sunshine e Quem Quer Ser um Milionário? – cada filme de Danny Boyle é uma experiência diferente, um gênero inesperado e uma paranóia particular. Seu novo filme, 127 Horas, traz James Franco fazendo o papel de Aron Ralston, que ficou preso ao escalar montanhas nos EUA e teve de fazer um sacrifício para sair. O Bruno conta mais do filme do que eu, vê lá.
Howl, o filme.
Taí uma ponta que eu não havia ligado: a nova inocência (o foda-se zen) misturada a um revival beat. Depois eu falo mais disso.