Polimatias: Solidão e reclusão

polimatias5

Em tempos de quarentena, eu e Polly Sjobon resolvemos falar sobre arte, cultura, solidão e reclusão, cutucando questões que são sempre associadas a grandes nomes da nossa história. Por que se retirar da vida pública? A solidão é amiga da criatividade? A popularidade é inimiga da inspiração? E falamos sobre Stanley Kubrick, Dalton Trevisan, Thomas Pynchon, Greta Garbo. Rubem Fonseca e J.D. Salinger, na edição desta semana do Polimatias.

J.D. Salinger – O filme

JD Salinger

Nicholas Hoult fará o papel do escritor recluso e autor de uma das obras-primas do século passado – escrevi sobre isso lá no meu blog no UOL.

DJ Salinger

Via Pi4nobl4ck.

On the run 94: Livros e música

O Shin se empolgou com O Estrangeiro, do Camus, que deu origem ao primeiro single do Cure (“Killing an Arab”), e fez uma mixtape com livros que inspiraram canções.


Shin Oliva Suzuki – “Livros e Música”

David Bowie – “1984” (1984, de George Orwell)
Cure – “Killing an Arab” (O Estrangeiro, de Albert Camus)
Velvet Underground – “Venus in Furs” (A Vênus das Peles, de Leopold Sacher-Masoch)
Leonard Cohen – “Hallelujah” (Bíblia)
Radiohead – “2+2=5” (1984, de George Orwell)
Ira! – “Os Meninos da Rua Paulo” (Os Meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnar)
Police – “Don’t Stand So Close to Me” (Lolita, de Vladimir Nabokov)
Led Zeppelin – “Ramble On” (O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien)
Cream – “Tales of Brave Ulysses” (Odisséia, de Homero)
Nirvana – “Scentless Apprentice” (O Perfume, de Patrick Süskind)
Green Day – “Who Wrote Holden Caufield?’ (O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger)

Teve algum que ele esqueceu?

J.D. Salinger (1919-2010)

Pode parecer fake, pode parecer vazio, pode parecer oportunista. Mas o fato é o depoimento dessa blogueirinha confessando pra webcam sintetiza a essência do Apanhador no Campo de Centeio, o livro mais popular de J.D. Salinger, mas nem de longe sua melhor obra. “People always think something’s all true”. Poizé.

Mas cá entre nós…

Gênio recluso por gênio por recluso, eu prefiro um que faça uma ponta nos Simpsons: Salinger morreu, mas Thomas Pynchon segue vivo e publicando.