Tila parecia nervosa mas no início da apresentação que fez nesta terça-feira no Centro da Terra, mas era só a apreensão natural de chegar no palco. Logo na segunda música de seu espetáculo Estelar ela já estava bem mais à vontade e foi ficando cada vez mais tranquila, deslizando sua voz macia entre músicas próprias e algumas alheias pinçadas a dedo, evidenciando a natureza feminina de sua apresentação: uma de Sílvia Machete (“Toda Bêbada Canta”), outra de Anelis Assumpção (“Eu Gosto Assim”), uma de Letícia Novaes nos tempos do Letuce (“Potência”) e ma música que Rita Lee compôs para Gal (“Me Recuso”), além de três do Péricles Cavalcanti (duas eternizadas por Gal, “O Céu e o Som” e “Quem Nasceu?”, e uma por Caetano, “Blues”). Acompanhada do trio Julio Lino, Yara Oliveira e Rafael Acerbi (este último também na direção musical da apresentação), ela ainda contou com a presença da diva Izzy Gordon, que ainda cantou uma música inédita de seu próximo disco. Começou bem.
Uma linda noite celebrando um dos maiores nomes da canção brasileira, Izzy Gordon reuniu uma banda feminina afiadíssima (regida pela baixista Beatriz Lima, que ainda tinha teclas de Ana Cruse, bateria de Yara Oliveirae guitarra de Luciana Romanholi) para reverenciar sua tia, a eterna Dolores Duran, e pode contar até com a presença de sua mãe, Denise, irmã de Dolores, para cantar alguns de seus clássicos em família.
Desde que fizemos a temporada do coletivo D’Águas no Centro da Terra no ano passado que falamos sobre este projeto que uma de suas integrantes, a cantora Izzy Gordon, acalentava há alguns anos. Sobrinha de Dolores Duran, ela queria revisitar o repertório da tia – tanto as músicas mais conhecidas quanto as menos lembradas – com uma roupagem mais moderna e para isso reuniu uma banda formada só por mulheres, que sobe em nosso querido palco nesta terça-feira, com a presença inclusive de sua mãe, irmã de Dolores, Denise Duran. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados antecipadamente aqui.
Vamos começar o ano no Centro da Terra? A curadoria de música do nosso querido teatro do Sumaré retoma os trabalhos já no primeiro dia de fevereiro e durante este mês teremos espetáculos de segunda a quarta. A primeira apresentação marca o retorno de Carla Boregas e M. Takara aos palcos do teatro, quando recebem a flautista Marina Cyrino para o espetáculo Grande Massa D’Água já na primeira quarta-feira do mês. Dia 6 é dia de receber o cantor e compositor Lucas Gonçalves, que se reúne a Lucca Simões, apresentando o espetáculo Se Chover. Na primeira terça-feira do mês, dia 7, quem retorna aos palcos do teatro é Izzy Gordon, revisitando o repertório de sua tia, Dolores Duran, numa apresentação que deve transformar-se em disco, ao lado de uma banda formada só por mulheres, incluindo a participação de sua mãe, irmã de Dolores, Denise Duran. Na quarta-feira, dia 8, Anna Vis convida Kauê e Caxtrinho para uma apresentação única, costurando seus repertórios num encontro inédito Mais Que Uma Canção, Menos Que Um Amor. Na segunda-feira dia 13 é a vez de Chico Bernardes repassar canções de seu primeiro disco solo e antecipar algumas de seu próximo álbum, além de fazer algumas versões, no espetáculo Rádio Chico. Na terça, dia 14, a curitibana Bruna Lucchesi traz seu espetáculo Quem Faz Amor Faz Barulho, dedicado à obra, especificamente às canções, do poeta conterrâneo Paulo Leminski. Dia 15 quem apresenta-se no teatro é Sophia Chablau, que vem em versão solo, mostrando canções conhecidas e inéditas no espetáculo Só. E depois do carnaval, no dia 27, primeiro recebemos Marcela Lucatelli, que traz seu Brazilian Songbook pela primeira vez ao Brasil, e, no dia seguinte, dia 28, é a vez do encontro inédito de duas das principais bandas pesadas do Brasil, os paulistanos Test e os paraibanos Papangu. E aproveite para conhecer o novo restaurante Shakshuka, no terréo do teatro, que agora abre desde a hora do almoço – e traz refeições e drinks. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados antecipadamente neste link.
Na última noite da temporada A Luta é Florescer, no Centro da Terra, Izzy Gordon, Tita Reis, Renato Gama e ALldry Eloise, que formam o coletivo D’Águas, tiveram o prazer de receber o grande Tony Gordon, que coroou o mês de junho com muito soul para uma casa cheia.
Mais uma bela apresentação que o quarteto D’Águas faz no Centro da Terra, reunindo composições de seus quatro autores – Renato Gama, Alldrey Eloise, Izzy Gordon e Tita Reis. A temporada A Luta é Florescer encerra-se na próxima segunda-feira e promete ser especial.
Lindo o show que o coletivo D’Águas fez nesta segunda-feira no Centro da Terra. Formado pela união das carreiras solo de Renato Gama, Izzy Gordon, Alldry Eloise e Tita Reis, o grupo ainda conta com a direção do baixista e produtor Ronaldo Gama, que convidou Lucas Rocha Freitas e Leo Carvalho para fechar este espetáculo, que ainda teve a participação do artista plástico João do Belmonte.
As segundas-feiras de junho no Centro da Terra ficam a cargo do coletivo D’Águas, quatro artistas que se reuniram para valorizar os próprios repertórios ao mesmo tempo em que passeiam por diferentes recortes da cultura contemporânea, como o jazz, o samba e o afrofuturismo. Izzy Gordon, Alldry Eloise, Tita Reis e Renato Gama reúnem-se ao produtor e arranjador Ronaldo Gama (que colaborou com os trabalhos solo de todos os envolvidos) para quatro noites em que celebram a própria obra e musicam poetas como Neide Almeida, Débora Garcia e Sérgio Vaz. Os ingressos podem ser comprados aqui.