Isaac Asimov e a internet, em 1988

Eis o papel da ficção científica: pensar um mundo que ninguém sequer cogita para que, depois, cientistas, homens de negócio e burocratas consigam transformá-lo em realidade.

Quer dizer, que mané ficção científica: eis o papel da arte.

Impressão digital #0052: “Friday”, de Rebecca Black

E a mesma “Friday” é assunto da minha coluna deste domingo no Caderno 2 do Estadão (que entrevista a ministra da cultura Ana de Hollanda em sua capa, vale ler).

Fun, fun, fun, fun…
“Friday” e o futuro do pop

Você já ouviu “Friday”, hit sem graça da adolescente Rebecca Black? Se não, prepare-se para ouvir. Em pouco mais de duas semanas, a norte-americana de 13 anos transformou um clipe idiota para uma música ainda mais estúpida em um dos grandes fenômenos da história do YouTube. Às vésperas de completar 50 milhões de views até o fechamento desta coluna, na sexta-feira, o vídeo de Rebecca conseguiu, em poucos dias, o dobro do que Lady Gaga teve com seu vídeo mais recente, “Born This Way”, lançado há mais de um mês.

Mas quem é ela e por que uma menina tão sem graça, num clipe tão besta, cantando uma música tão boba é motivo de tanto barulho? Vale rebobinar a fita (que termo arcaico!) para entender o que está acontecendo.

O clipe foi lançado pelo escritório Ark Music Factory que, em vez de tentar convencer marcas a usar a internet para que elas se tornem conhecidas, deixou empresas de lado e voltou-se para as pessoas. Mais especificamente pais que acham que seu filho tem talento para se tornar o próximo Justin Bieber.

Pois os pais de Rebecca acharam que a filha tem talento (não tem), funciona em vídeo (não funciona) e é bonita (não é) o suficiente para justificar o investimento. O clipe foi lançado no fim de fevereiro, mas só no dia 11 de março se tornou viral. Primeiro pelo próprio ridículo do clipe (seu vídeo já é o décimo mais comentado na história do YouTube). Depois, com a insistente repetição online, virou motivo de piada: remixes, mashups, colagens e recombinações de toda ordem fizeram a menina se tornar o sucesso que é – dando entrevistas e até fazendo shows! O nível de insanidade é tal que ela não saiu dos trending topics do Twitter desde que entrou pela primeira vez.

Mas o que isso quer dizer? Que a internet aceita qualquer coisa? Que a cultura do século 21 é o sonho do pós-modernista mais ferrenho, em que o conteúdo pouco importa e sim a forma como ela se espalha? Que, tanto faz marca, modismo ou arte, o público só quer consumir e pronto? Aguardem cenas do próximo capítulo: essa história está longe de terminar… Até lá, decore o refrão: “Fun, fun, fun, fun…”

Menos de uma semana para as minhas férias!

Bring it on!

As necessidades diárias de cada um

Vi aqui.

A inclusão digital de Xuxa

Não é só em tempos de Twitter que a rainha dos baixinhos se atrapalha com o mundo digital. A Bia fez uma matéria comparando a evolução de alguns sites conhecidos (das Casas Bahia ao do Vaticano, passando por UOL, Globo, Madonna e MTV Brasil) e no meio tinha essa comparação entre os medonhos sites que a Xuxa em sua trajetória. Os grifos são da própria Bia.

Digital zen

Do Toothpaste for Dinner.

Link – 5 de julho de 2010

Fora de controleSteven Pinker: Não culpe a internetPersonal Nerd: A internet atrapalha a sua vida?Faz mal ou não faz?EyePhoneFotobuscaChip do iPhone 4 não tem nada de novoHá algo de podre do reino de Steve JobsVida Digital: Don Tapscott

Internet: onde as religiões vêm morrer

Dica do Rafa de Almeida, o maior estrategista de campanhas digitais da paróquia – elegeu o Tatu!

A internet e o cérebro


Ilustração: Hljod.Huskona

Rebatendo o tema do novo livro do Nicholas Carr, que diz que a internet está nos tornando mais distraídos, o professor de psicologia de Harvard Steve Pinker rebate:

“Os novos meios tornaram-se populares por um motivo. O conhecimento cresce exponencialmente; a capacidade do cérebro humano e as horas que as pessoas permanecem acordadas não. Felizmente, a internet e as tecnologias da informação nos ajudam a administrar, buscar e recuperar nossa produção intelectual coletiva em diferente escalas, do Twitter e dos pequenos vídeos aos livros eletrônicos e enciclopédias online. No lugar de nos fazer estúpidos, essas tecnologias são as únicas coisas que vão nos manter inteligentes”

Vi no Renato Cruz.

“Two hearts believing in just one mind”

Duas vidas, duas rotinas, duas estéticas. Em comum: internet e Big Brother Brasil. Vi na Bean.