Todo o Disco: Instituto fala sobre Violar

Violar

Dando continuidade à segunda temporada do curso Todo o Disco, no Espaço Cult, esta terça é dia de dissecar mais um clássico recente da música brasileira, o impressionante Violar, que a agora dupla de produtores formada por Tejo Damasceno e Rica Amabis lançou no fim do ano passado. As inscrições podem ser feitas no site do Cult.

***

Em 2015, o antigo coletivo Instituto encerrou um hiato de treze anos lançamento finalmente seu segundo disco, Violar. Nesta quase década e meia de maturação, além de reunir talentos contemporâneos e novos nomes em sua jornada musical, também perderam a presença do maestro Daniel “Ganjaman” Takara da formação, ficando reduzido à dupla de não-músicos Tejo Damasceno e Rica Amabis. Os dois produtores chegaram a um consenso sobre o material gravado nos últimos treze anos no fim do ano passado, quando lançaram o incômodo disco Violar, que reúne monstros sagrados, grandes nomes e novos talentos da música brasileira – além de alguns gringos pesos pesados – para fazer um disco crítico em relação ao nosso tempo.

Vagas limitadas, garanta a sua no site do Espaço Cult

Todo o Disco – Segunda Temporada

Nunca se produziu tanto, nunca tantos artistas brasileiros lançaram tantos discos bons em tão pouco tempo mas ao mesmo tempo nunca se discutiu tão pouco sobre música. A overdose de informação e a concorrência por atenção apenas trata discos como notícias e mesmo com a amplitude da internet, estes discos não são tratados como obras importantes na carreira do artista e sim como mero gancho para notícias.

A partir desta constatação, o jornalista Alexandre Matias, do site Trabalho Sujo, junto com o Espaço Cult, propõe uma investigação musical ao lado dos autores de importantes discos lançados recentemente. A série Todo o Disco foi iniciada em novembro do ano passado com encontros com o grupo Cidadão Instigado, o músico Siba, o rapper Emicida e a cantora Karina Buhr. Em março, a segunda temporada do curso reúne nomes como Mariana Aydar, Ava Rocha, Tulipa Ruiz, Rodrigo Ogi e Instituto todas as terças-feiras de março, do dia primeiro ao dia 29, sempre a partir das 20h.

01/03 – Tulipa Ruiz fala sobre Dancê

08/03 – Instituto fala sobre Violar

15/03 – Rodrigo Ogi fala sobre Rá!

22/03 – Ava Rocha fala sobre Ava Pátrya Yndia Yracema

29/03 – Mariana Aydar fala sobre Pedaço Duma Asa

Todo o Disco, segunda temporada

Todoodisco-2016

Mais uma vez chamo artistas pra falar sobre seus discos mais recentes – e apenas isso – no Espaço Cult. É a segunda temporada do curso Todo o Disco. E depois de reunir Siba, Cidadão Instigado, Emicida e Karina Buhr na primeira temporada no fim do ano passado, desta vez chamei Tulipa Ruiz, Ava Rocha, Instituto, Rodrigo Ogi e Mariana Aydar para falar sobre os grandes discos que cada um deles lançou no ano passado. O curso acontece durante o mês de março, sempre às terças, e há descontos para quem quiser assistir ao curso inteiro ou apenas algumas aulas. As inscrições já estão abertas no site do Espaço Cult – veja aqui. Abaixo, a ementa dos encontros:

Nunca se produziu tanto, nunca tantos artistas brasileiros lançaram tantos discos bons em tão pouco tempo mas ao mesmo tempo nunca se discutiu tão pouco sobre música. A overdose de informação e a concorrência por atenção apenas trata discos como notícias e mesmo com a amplitude da internet, estes discos não são tratados como obras importantes na carreira do artista e sim como mero gancho para notícias.

A partir desta constatação, o jornalista Alexandre Matias, do site Trabalho Sujo, junto com o Espaço Cult, propõe uma investigação musical ao lado dos autores de importantes discos lançados recentemente. A série Todo o Disco foi iniciada em novembro do ano passado com encontros com o grupo Cidadão Instigado, o músico Siba, o rapper Emicida e a cantora Karina Buhr. Em março, a segunda temporada do curso reúne nomes como Mariana Aydar, Ava Rocha, Tulipa Ruiz, Rodrigo Ogi e Instituto todas as terças-feiras de março, do dia primeiro ao dia 29, sempre a partir das 20h.

01/03 – Tulipa Ruiz fala sobre Dancê

08/03 – Instituto fala sobre Violar

15/03 – Rodrigo Ogi fala sobre Rá!

22/03 – Ava Rocha fala sobre Ava Pátrya Yndia Yracema

29/03 – Mariana Aydar fala sobre Pedaço Duma Asa

Tudo Tanto #016: Um 2015 espetacular

tudotanto2015

Na edição de janeiro da minha coluna na revista Caros Amigos, eu escrevi sobre o grande ano que foi 2015 para a música brasileira.

A consagração de 2015
O ano firmou toda uma safra de artistas que lançou discos que reverberarão pelos próximos anos

Alguma coisa aconteceu na música brasileira em 2015. Uma conjunção de fatores diferentes fez que vários artistas, cenas musicais, produtores e ouvintes se unissem para tornar públicos trabalhos de diferentes tempos de gestação que desembocaram coincidentemente neste mesmo período de doze meses e é fácil notar que esta produção terá um impacto duradouro pelos próximos anos. O melhor termômetro para estas transformações são os discos lançados durante este ano.

Os treze anos de espera do disco novo do Instituto, o terceiro disco pelo terceiro ano seguido do Bixiga 70, os seis anos de espera do disco novo do Cidadão Instigado, o disco que Emicida gravou na África, um disco que BNegão e seus Seletores de Frequência nem estavam pensando em fazer, o surgimento inesperado da carreira solo de Ava Rocha, o disco mais político de Siba, o espetacular segundo disco do grupo goiano Boogarins, os discos pop de Tulipa Ruiz e Barbara Eugênia, a década à espera do segundo disco solo de Black Alien, o majestoso disco primeiro disco de inéditas de Elza Soares, os quase seis anos de espera pelo disco novo do rapper Rodrigo Ogi, dos Supercordas e do grupo Letuce e um projeto paralelo de Mariana Aydar que tornou-se seu melhor disco. Mais que um ano de revelação de novos talentos (o que também aconteceu), 2015 marcou a consolidação de uma nova cara da música brasileira, bem típica desta década.

São álbuns lançados às dezenas, semanalmente, que deixam até o mais empenhado completista atordoado de tanta produção. É inevitável que entre as centenas de discos lançados no Brasil este ano haja uma enorme quantidade de material irrelevante, genérico, sem graça ou simplesmente ruim. Mas também impressiona a enorme quantidade de discos que são pelo menos bons – consigo citar quase uma centena sem me esforçar demais – e que foram feitos por artistas jovens, ainda buscando seu lugar no cenário, o que apenas é uma tradução desta que talvez seja a geração mais rica da música brasileira. A quantidade de produção – reflexo da qualidade das novas tecnologias tanto para gravação e divulgação dos trabalhos – não é mais meramente quantitativa. O salto de qualidade aos poucos vem acompanhando a curva de ascensão dos números de produção.

Outro diferencial desta nova geração é sua transversalidade. São músicos, compositores, intérpretes e produtores que atravessam diferentes gêneros, colaboram entre si, dialogam, trocam experiências. Não é apenas uma cena local, um encontro geográfico num bar, numa garagem, numa casa noturna, num apartamento. É uma troca constante de informações e ideias que, graças à internet, transforma os bastidores da vida de cada um em um imenso reality show divulgado pelas redes sociais, em clipes feitos para web, registros amadores de shows, MP3 inéditos, discussões e textões posts dos outros.

A lista de melhores discos que acompanha este texto não é, de forma alguma, uma lista definitiva, mesmo porque ela passa pelo meu recorte editorial, humano, que contempla uma série de fatores e dispensa outros. Qualquer outro observador da produção nacional pode criar uma lista de discos tão importantes e variada quanto estes 25 que separei no meu recorte. Dezenas de ótimos discos ficaram de fora, fora artistas que não chegaram a lançar discos de fato – e sim existem na internet apenas pelo registros dos outros de seus próprios trabalhos. E em qualquer recorte feito é inevitável perceber a teia de contatos e referências pessoais que todo artista cria hoje em dia. Poucos trabalham sozinhos ou num núcleo muito fechado. A maioria abre sua obra em movimento para parcerias, colaborações, participações especiais, duetos, jam sessions.

E não é uma panelinha. Não são poucos amigos que se conhecem faz tempo e podem se dar ao luxo de fazer isso por serem bem nascidos. É gente que vem de todos os extratos sociais e luta ferrenhamente para sobreviver fazendo apenas música. Gente que conhece cada vez mais gente que está do seu lado – e quer materializar essa aliança num palco, numa faixa, num mesmo momento. Esse é o diferencial desta geração: ela vai lá e faz.

Desligue o rádio e a TV para procurar o que há de melhor na música brasileira deste ano.

Ava Rocha – Ava Patrya Yndia Yracema
BNegão e os Seletores de Frequência – TransmutAção
Barbara Eugênia – Frou Frou
Bixiga 70 – III
Boogarins – Manual ou Guia Prático de Livre Dissolução de Sonhos
Cidadão Instigado – Fortaleza
Diogo Strauss – Spectrum
Elza Soares – Mulher do Fim do Mundo
Emicida – Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa
Guizado – O Vôo do Dragão
Ian Ramil – Derivacivilização
Instituto – Violar
Juçara Marçal & Cadu Tenório – Anganga
Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Thomas Harres – Abismu
Karina Buhr – Selvática
Letuce – Estilhaça
Mariana Aydar – Pedaço Duma Asa
Negro Leo – Niños Heroes
Passo Torto e Ná Ozzeti – Thiago França
Rodrigo Campos – Conversas com Toshiro
Rodrigo Ogi – Rá!
Siba – De Baile Solto
Space Charanga – R.A.N.
Supercordas – A Terceira Terra
Tulipa Ruiz – Dancê

As 75 melhores músicas de 2015: 35) Instituto + Tulipa Ruiz – “Tudo Que Se Move”

35-instituto

“Todos nossos erros em um só olhar”

Os 75 melhores discos de 2015: 10) Instituto – Violar

10-instituto

Tempo fechado.

Vida Fodona #518: Vida Fodona de amigo oculto

vf518

Tirei a Carol no amigo oculto da firma e ela levou esse Vida Fodona de presente.

Bárbara Eugenia + Rafael Castro – “Pra Te Atazanar”
Ryan Adams – “Style”
Grimes – “Flesh Without Blood”
Weeknd – “Can’t Feel My Face”
Kendrick Lamar – “Alright”
Instituto + Karol Conká + Tulipa Ruiz – “Mais Carne”
Chairlift – “Ch-Ching”
Jamie Xx + Young Thug + Popcaan- “I Know There’s Gonna Be (Good Times)”
Hot Chip – “Started Right (Joe Goddard Disco Remix)”
Tame Impala – “Let It Happen (Soulwax Remix)”
Mano Brown + Naldo Benny – “Benny & Brown”
Emicida – “Salve Black (Estilo Livre)”
Diogo Strausz – “Narcissus”
Elza Soares – “Pra Fuder”
BNegão + Os Seletores de Frequência – “Giratória (Sua Direção)”
Bixiga 70 – “100% 13”
Deerhunter – “Snakeskin”
Mark Ronson + Bruno Mars – “Uptown Funk”
Anitta – “Bang!”
Will Butler – “Anna”
Unknown Mortal Orchestra – “Ur Life One Night”
Toro y Moi – “Empty Nesters”
Supercordas – “Sinédoque, Mulher”
Siba – “Mel Tamarindo”
Cidadão Instigado – “Land of Light”
Ava Rocha – “Transeunte Coração”
Boogarins – “Mario de Andrade/Selvagem”
Yumi Zouma – “Second Wave”
Letuce – “Mergulhei de Máscara”
Anelis Assumpção + Amigos Imaginários – “Eu Gosto Assim (Dub Version)”

Vamos?

Lá vem o vinil do disco novo do Instituto

instituto-vinil-01

Eita, que o vinil do segundo disco do Instituto já está entre nós.

instituto-vinil-02

A versão LP de Violar será lançada em parceria com a Somatória do Barulho, onde o disco entra em pré-venda a partir desta segunda-feira, dia 7. O lançamento oficial acontece na loja Patuá Discos, do mesmo Ramiro que deu aquela aula sobre rap e black music com o KL Jay, ali na Vila Madalena, no dia 19, mas o disco já estará à venda semana que vem no Festival Batuque, no Sesc Santo André.

instituto-vinil-03

E aos poucos os grandes discos de 2015 começam a se materializar em vinil…

Com o Nexo

Minha primeira colaboração com o novo jornal Nexo é um perfil sobre a importância do Instituto, que com o lançamento de seu segundo disco Violar oficializa a saída de Daniel “Ganjaman” Takara e transforma o coletivo na dupla original Rica Amabis e Tejo Damasceno.

rica-tejo-instituto

Dá pra ler o texto na íntegra lá no Nexo – e aproveita pra fuçar este promissor novo jornal, que tem um monte de gente boa no expediente, dá uma sacada nos créditos da matéria.

Vida Fodona #514: Vida Fodona Especial 20 anos do Trabalho Sujo

vr514

“I’m going through changeees…”

Instituto + Sabotage + Nação Zumbi + Otto + Sombra – “Alto Zé do Pinho”
Jamie Xx – “Loud Places (Mike Simonetti Dark Places Remix)”
Hot Chip – “Dancing In The Dark”
Disclosure + Lorde – “Magnets (VIP Remix)”
Akase – “Under The Pressure”
NWA – “Fuck da Police”
Criolo – “Demorô”
Clarice Falcão – “Survivor”
Drake – “Hotline Bling”
Floating Points – “Peroration Six”
Deerhunter – “Ad Astra”
Gareth Liddiard – “Birdland”

Vem cá.

Vida Fodona #512: Uma mácula histórica

vf512

Pelo menos um segundo Vida Fodona neste mês.

Style Council – “Shout it to the Top”
Instituto + Tulipa Ruiz – “Tudo Que Se Move”
Deerhunter – “Snakeskin”
Courtney Barnett – “Shivers”
Ryan Adams – “I Know Places”
Karina Buhr – “Conta Gotas”
Bárbara Eugenia – “Doppelganger Love”
BNegão e os Seletores de Frequência – “Mundo Tela”
Kendrick Lamar – “King Kunta”
Rodrigo Ogi + Kiko Dinucci + Juçara Marçal – “Correspondente”
Tika – “Antimusa”
Lana Del Rey – “Music To Watch Boys To”
Hot Chip – “Dancing In The Dark”
Disclosure – “Jaded (Lone Remix)”
Magic! – “Rude”

Vamo lá