Conceitualmente falando, via Information is Beautiful.
Falando nisso, todo mundo deveria conhecer o melhor site de infografia da internet – que seu próprio criador, o jornalista inglês David McCandless, nem chama de infográfico e sim de dataviz (visualização de dados). A Diana o entrevistou para uma edição do Link de semanas atrás:
É por essa razão que ele faz questão de mencionar todas as suas fontes em seu blog, o InformationIsBeautiful.net, e abrir espaço para comentários e discussões. Para David, a audiência é parte importante do processo e o ajuda a refinar os seus gráficos. Segundo ele, quando a pesquisa tem bases sólidas, proposta e significado, a imagem tem apelo para todo tipo de pessoa. “Acho que um dos melhores efeitos colaterais da visualização é apresentar novas realidades para pessoas que originalmente não se interessariam por determinados assuntos. Pessoas que não teriam saco de acompanhar meses de notícias para entender aquilo que está sendo lindamente contado através de uma imagem”, argumenta. Até hoje, ele não teve de fazer inimigos para ter acesso às informações que precisou, mas admite que a abertura e a transparência política estão longe de ser uma realidade quando se trata de números. “É uma linda bandeira para governos democráticos. ‘Nossos dados estão todos disponíveis, façam suas pesquisas online’, mas será que a história é essa mesmo? Quais são os dados que o governo nos permitem ver? Quem decide o que pode ser visto?”, pergunta.
Como falar de um fenômeno online duas semanas depois de ele aparecer? Jornalismo básico: procure analisá-lo em novos contextos. Foi isso que fizemos no Link dessa semana: escrevi um texto tentando entender o fenômeno e a Tati fez um infográfico que explica como a Banda receberia direitos autorais do Ecad a partir de seus milhões de views no YouTube. Ei-los:
Ver a banda passar
Você já viu esse fenômeno algumas vezes. Mas desta vez foi bem mais rápido. E no Brasil
Você já viu esse filme – ou melhor, esse clipe. Alguém grava um vídeo de uma música, sem muita pretensão e, por algum motivo inesperado, começa a ser visto diversas vezes por milhares de pessoas e, em pouquíssimo tempo, vira uma modinha, e depois uma febre, e depois um fenômeno. Foi assim com o Cansei de Ser Sexy, com a Lily Allen, com Mallu Magalhães e com Rebecca Black. Uma história que, para quem vive na internet, não parecia mais ser surpresa.
Até que aparece alguém com um gravador descendo uma escada, cantarolando uma música que é só um refrão e encontra-se com um músico, mais outro músico até que chega a uma sala cheia de gente feliz e sorridente repetindo o mesmo trecho, num mantra coletivo, por seis minutos de vídeo no YouTube.
A Banda Mais Bonita da Cidade começou a aparecer na semana retrasada e em pouquíssimo tempo – menos de uma semana – já atingia o seu primeiro milhão de views no site de vídeos. Ninguém entendeu nada. Quem é essa banda? De onde ela vem? É armação? É viral de alguma marca? É uma comunidade hippie? É um exercício de cinema?
Não era nada disso. Com três anos de existência, a banda de Curitiba não é uma trupe de teatro com dezenas de integrantes, mas apenas seis amigos que reuniram outros tantos para filmar um clipe que, como afirmariam logo após acusações online, foi inspirado na versão que o site francês La Blogothèque fez para a música “Nantes”, da banda americana Beirut.
“Oração”, o clipe em questão, até o fechamento desta edição, na sexta passada, já havia atingido três milhões de views no site – e se desdobrado de forma viral tanto na briga de novos fãs contra novos desafetos quanto em remixes, mashups, paródias e todo o tipo de gracinhas típicas a um fenômeno desta categoria.
Em comum com os outros artistas citados no início do texto – e talvez um dos motivos do sucesso do clipe da Banda Mais Bonita da Cidade – há o fato de que eles não parecem ser “artistas”, no sentido mercadológico. Não há direção de arte, plano de marketing, modelo de negócios, efeitos especiais nem superproduções, o que torna a identificação com o público mais instantânea – e menos artificial.
A diferença é a velocidade. O que aconteceu durante meses com o Cansei de Ser Sexy e Mallu Magalhães, está atropelando os dias dos curitibanos. Resta saber se daqui a um mês lembraremos deles. O Ecad certamente sim. Afinal, o escritório de arrecadação de direitos autorais tem um belo problema diante de si: quanto eles devem aos curitibanos por esse tanto de view no YouTube.
Impressionante. Daqui.
…um filme de ação?
…uma animação?
…um pornô?
…um curta?
…ou um de terror?
Esses infográficos fazem parte de uma campanha publicitária do Canal + francês. Via Ads of the World.
Uma versão da Koalogy. Queria ver um do Brasil.
Via Voxy.