Impressão digital #0053: Curtir
Minha coluna no Caderno 2 essa semana foi sobre o “Curtir” do Google.
A guerra dos botões
Google copia “Curtir” do Facebook
O início de 2011 tem sido tenso para o Google. Nada que abale sua moral – atualmente. Mas uma série de acontecimentos mexeram com o site mais conhecido do mundo e não há dúvidas sobre o motivo dessas mudanças – chama-se Facebook. A rede social de Mark Zuckerberg não é apenas um Orkut global – mais do que ambiente digital de relacionamento pessoal, o “Feice” (como os brasileiros chamam o site) se tornou uma espécie de território seguro que abriga toda a internet.
As mudanças no Google começaram em fevereiro, quando seu CEO, Eric Schimdt, anunciou que deixaria o cargo em abril, ficando a vaga para Larry Page, um dos fundadores do site. No mesmo mês, o Google também se viu obrigado a mudar seu algoritmo de buscas, pois alguns sites conseguiam entender como trapacear o ranking de páginas oferecido a cada pesquisa, subindo degraus e figurando entre os primeiros resultados.
Na semana passada, o site apresentou mais uma novidade para melhorar suas buscas, um botão chamado “+1”. Após fazer uma busca sobre qualquer assunto e descobrir entre os primeiros resultados obtidos qual é o link que melhor se encaixa à pesquisa, basta clicar o “+1” para mostrar que o link é confiável e que alguém o recomendou.
Familiar? Demais. O botão “+1” é idêntico ao “Curtir” do Facebook, botãozinho mágico que ajudou o Feice a crescer ainda mais no segundo semestre de 2010. Mas por que o Google está copiando o Facebook?
A página inicial do Google pergunta para quem o visita o que ele quer da rede. Isso fazia sentido na virada do século. Hoje em dia, com a tonelada de informações que recebemos, não. Não queremos descobrir coisas novas. Nos anos 10 do século 21, queremos que nos digam o que vale a pena. Eis a sacada do Facebook, que, em vez de perguntar o que quer, oferece dicas de amigos. O Google tenta correr atrás, mas será que o “+ 1” pega?
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