Impressão digital #0005: South Park e o Facebook

, por Alexandre Matias

O episódio da semana do South Park foi o gancho da minha coluna de domingo no Caderno 2.

“Minha avó no Facebook”
A criação de um ambiente virtual

“Até a minha avó está no Facebook!”, comentou com espanto o repórter Filipe Serrano durante o fechamento do Link da semana passada. Na quarta-feira anterior, nos EUA, o desenho animado South Park dedicava um episódio inteiro (You Have 0 Friends) à maior rede social do mundo – e o personagem Stan também ficava impressionado com o fato de suas tias e parentes mais velhos também terem perfis no site.

Criado em 2004 pelo estudante de Harvard Mark Zuckerberg, o site é uma rede social nos moldes do Orkut, só que com layout elegante e uma série de funcionalidades que o transformam em mais do que uma mera rede de relacionamentos.

Ancorado nos aplicativos (pequenos programas criados para rodar dentro do site), o Facebook é uma espécie de ambiente virtual, semelhante ao Windows. Nesse sentido, a grande diferença é que, como o sistema operacional da Microsoft foi criado antes da popularização da internet, foi criado para ser utilizado por uma pessoa por vez, sem conectar-se às outras – é um recinto quase privado. O Facebook age como um grande Windows online, que conecta estes universos virtuais em uma grande área de comunicação e troca de informações e experiências. “Queremos que as pessoas não precisem sair do Facebook para fazer o que quiserem na internet”, me disse seu criador quando veio ao Brasil em agosto do ano passado.

E o site é todo organizadinho. Sua interface clean facilita entender todos os níveis de interação da rede social. É isso que tem tornado o Facebook tão forte e onipresente. Ao contrário do Orkut, do Twitter ou do MySpace, que exigem que o usuário gastasse algum tempo online para entender a lógica por trás dos sites, o Facebook é didático e facilita a vida de quem não queria estar online, mas teve de mudar de planos por motivos óbvios.

Para quem vê de fora, o site parece uma alegoria da vida real, ironizada no episódio de South Park – em certa passagem, o pai de um personagem questionava a amizade com o filho só pelo fato dos dois não serem amigos no Facebook. Mas, seja na rede de Mark Zuckerberg, seja no Google ou em contas de redes fechadas como as da Apple, Nintendo, Sony ou Microsoft, é através dessas redes que aprendemos como funcionará a cultura e a sociedade num futuro próximo.

Por isso, não se espante se a sua avó aparecer no Facebook. Ela não está querendo ser moderninha – ela só percebeu que é na internet que as pessoas se comunicam, se divertem e se informam hoje em dia.

No mural
O Estado de S. Paulo e o Link também estão lá

E por falar em Facebook, esta semana foram inauguradas as páginas do Estado de S. Paulo e do caderno Link na rede social. Ao se tornar fã da página, você passa a acompanhar as notícias publicadas pelo jornal e por seu suplemento de cultura digital direto em seu perfil no site, além de poder comentar e discutir os assuntos abordados nas reportagens. Para adicionar as páginas à sua conta no site é só clicar em http://www.facebook.com/estadao e http://www.facebook.com/linkestadao.

Tudo online
Southparkstudios.com
No ar desde 2008, o site South Park Studios é uma aula de como a televisão pode usar a internet a seu favor. Todos os episódios da série estão disponíveis em streaming – até mesmo “You Have 0 Friends”, que acabou de ser exibido nos Estados Unidos.

Tags: , , , , ,