Hoje no Prata da Casa: Ogi

, por Alexandre Matias

Hoje começa a minha curadoria do Prata da Casa, no Sesc Pompéia – e o primeiro nome que escolhi foi o Rodrigo Ogi. Abaixo, o texto de apresentação que fiz para o show de hoje.

Os anos 10 têm sido promissores para o rap nacional, principalmente por consolidar carreiras de artistas que há anos “no corre”. Ogi (nascido Rodrigo Hayashi) é desses: lançou-se no grupo Contra Fluxo e já pichava anos antes de começar a rimar – os grafiteiros Osgêmeos fizeram a capa de seu primeiro disco solo justamente por serem conhecidos desde os tempos do pixo -, mas só lançou seu primeiro trabalho solo agora. Crônicas da Cidade Cinza foi festejado desde seu lançamento no primeiro semestre, terminando o ano entre os melhores discos nacionais de 2010. De título auto-explicativo, o disco tece sua narrativa a partir de diferentes pontos de vista sobre São Paulo em faixas curtas e dirigidas como pequenos filmes, de ambiência estudada e rimas que fogem do óbvio. Em Crônicas vivem o nordestino exilado (“Eu Tive um Sonho”), a vítima de violência policial (“Noite Fria”), o motorista da madrugada (“180 por Hora”), o operário (“Corrida de Ratos”), o motoboy (“Profissão Perigo”) e outros personagens comuns ao cotidiano de São Paulo, todos encarnados por Ogi, sempre em primeira pessoa.

Lembrando que o show começa pontualmente às 21h e os ingressos começam a ser distribuídos (é de graça!) às 20h. A chuva passou, vambora! E na semana que vem tem o Cícero.

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