Hoje no Prata da Casa: Jorginho Neto

, por Alexandre Matias

E hoje no Prata da Casa é dia de samba-jazz: o bamba Jorginho Neto promete debulhar bonito numa noite que pode ser uma boa opção para comemorar o dia dos namorados (prum pré-programa ou prum after-jantar). É só chegar no Sesc às 20h, quando os ingressos começam a ser distribuídos, e o show começa uma hora depois. Abaixo, o texto que escrevi para o projeto.

Um dos instrumentos de sopro mais antigos do mundo (suas origens remontam ao Egito antigo e os ancestrais mais próximos da versão moderna já existiam no século XV), o trombone foi incorporado à música brasileira com uma personalidade específica, que logo se associou à musicalidade do samba. Mas ao ser incorporado ao samba jazz na metade da década de 60, ganhou papel de protagonista e ajudou a revelar nomes que mesclavam o ritmo, a melodia e o sabor do samba à liberdade harmônica e estilística do jazz, lançando carreiras de músicos como Raul de Souza, Bocatto e Paulo Malheiros. Jorginho Neto é o caçula desta linhagem e, depois de tocar com nomes como Roberto Menescal, Johnny Alf, Banda Mantiqueira e Sandália de Prata (além de ser integrante do sexteto MP6), lança seu primeiro disco, batizado apenas de Samba Jazz. Nele, não apenas reverencia o cânone do seu instrumento no Brasil como aponta novos horizontes para um gênero tido como parado no tempo.

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