Um programa para o feriado.
Secos e Molhados – “Amor”
Eminem – “Lose Yourself”
Beth Ditto – “Fire”
Lorde – “Green Light”
Flora Matos – “Preta da Quebrada”
Fujiya & Miyagi – “Collarbone”
Cicada – “Falling Rockets (Just A Band Remix)”
Katy Perry – “Dark Horse”
Kendrick Lamar – “DNA”
Marcelo D2 + Helio Bentes + Siba – “Resistência Cultural”
BaianaSystem + BNegão – “Invisível”
Frank Ocean + Jay-Z + Tyler the Creator – “Biking”
Criolo – “Menino Mimado”
MC Beijinho – “Me Libera Nega”
Sinkane – “Telephone”
Busy P + Mayer Hawthorne – “Genie”
Tare Sang – “Let’s Do”
Gilberto Gil – “Back in Bahia”
Thundercat – “Friend Zone”
Ed Sheeran – “Shape of You”
Spoon – “First Caress”
D2 volta a dar o ar de sua graça depois de quatro anos parado com o primeiro capítulo do álbum-visual que pretende lançar no fim do ano, mais precisamente no dia 5 de novembro, quando completa cinquenta anos de idade. Marcelo explicou o conceito do próximo álbum ao Matias Maxx na Vice, mandando a letra sobre o que podemos esperar:
O filme é uma ficção não linear que conta a história desse cara que nasce numa favela não pacificada do Rio de Janeiro, tem as tretas dele lá, tem que sair do morro fugido, um cara que cresceu gostando de arte, mas vindo de um lugar violento arte era quase que uma utopia na vida dele. Depois disso ele encontra uma modelo e artista plástica francesa que vem estudar Tarsila do Amaral e modernismo aqui no Rio e aí eles acabam se encontrando e a vida tá ótima, mas o passado o atormenta. Eu vejo uma molecada de revólver na mão tirando onda, e me veio à cabeça que isso daí qualquer otário faz, empunhar um revólver e se achar foda, agora quer ver amar, segurar bronca mesmo, de ter amor, carinho e compaixão pro próximo. Amar é para os fortes! E a história é meio sobre isso, tem sexo, drogas e rap.
O clipe de “Resistência Cultural” foi todo filmado com celular, além de produzido e dirigido pelo novo crew de Marcelo, chamado Mulato. A música ainda conta com participações de Siba e do Hélio Bentes, vocalista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, e é uma clara tentativa de Marcelo se reconectar com seu passado recente, quando, logo após sair do Planet Hemp, começava a reconfigurar o hip hop brasileiro traçando pontes com outras musicalidades e usava a política como cultura – e vice-versa.
Mas ainda não bateu. As referências estão corretas, o flow é bom como sempre, a estética é bonita, a mensagem foi passada. Mas há algo entre a melodia do refrão e a forma como o auto-tune é usado que não transforma esta canção no que ela poderia ser, um hit pesado, que marcasse realmente a volta de D2 à praça. Mas é só o começo, vamos ver o que vem por aí…