Estava com uma certa expectativa em relação ao próximo disco das Haim, mas com este segundo single que elas acabaram de lançar, perdi um pouco das esperanças. Amo o disco mais recente das três irmãs, Women in Music Pt. III, lançado em plena pandemia, e queria que elas superassem aquele trabalho (afinal já se passaram cinco anos!). E a não ser que elas estejam escondendo o ouro, tanto o primeiro single “Relationships” quanto este recém-lançado “Everybody’s Trying to Figure Me Out”, que são boas canções, mas nada demais, parecem antever um disco quase genérico de si mesma, algo que as três sempre corriam o risco, mas se superavam a cada novo álbum. Tomara que eu esteja errado…
E as Haim lançaram o que é sua introdução para seu quarto álbum, o single “Relationships”, que elas vinham atiçando nos últimos dias. Mas a balada dance suave sobre a necessidade de se manter um relacionamento não me parece ter a presença que um primeiro single do primeiro disco em cinco anos, soando quase como uma sobra de seu ótimo Women in Music Pt. III, lançado no meio do primeiro ano da pandemia, ainda mais que elas criaram uma expectativa sobre sua volta que soa mais como um aceno à distância do que o pé na porta que esperávamos. Elas ainda não falam nada sobre o disco novo – data, título, se tem outro single antes – e pelo menos essa sensação de surpresa pode ajudá-las neste novo momento. Mas em uma entrevista à revista i-D disseram que uma das músicas terá o sample de “Freedom ’90”, do George Michael.
E as Haim anunciaram novo single, “Relationships”, preâmbulo de seu quarto álbum, mas sem dizer qual vai ser a data do lançamento da música nova, cuja capa parece ter sido inspirada na clássica foto em que teoricamente Nicole Kidman sai do escritório de seu advogado após ter assinado o divórcio de Tom Cruise, no início do século (que, apesar de ter virado meme, a própria atriz negou ser uma cena real e sim um outtake de um filme, veja abaixo). Mas como parecem dizer as irmãs californianas que não lançam nada desde 2020, quando a lenda é melhor que a realidade, publique a lenda…
LCD Soundsystem, Charli XCX, Stereolab, Kim Deal, Haim, Spiritualized, Jesus Lizard, Wet Leg, TV on the Radio, Salif Keita, Floating Points, Magdalena Bay, Jamie Xx, Idles, Chappell Roan, Cat Power, Fontaines D.C., Caribou, Parcels, Clairo, Beach House, FKA Twigs, Sabrina Carpenter, Beabadoobee, John Talabot, Destroyer… OLHA A ESCALAÇÃO DO PRIMAVERA DE BARCELONA DO ANO QUE VEM… Os ingressos começam a ser vendidos na próxima semana através desse link.
Agora foi a própria Charli XCX quem postou em seu Instagram outras fotos feitas por aí com outdoors, telas de led e cartazes anunciando mais participações em seu disco de remixes que sai na próxima sexta-feira. Alguns nomes (Lorde, Billie, A.G. Cook, Addison Rae, Troye Sivan, Robyn) já são manjados, outros (The 1975. Japanese House, Jon Hopkins, Bon Iver, cantora Tinashe, Bladee e Yung Lean) pintaram antes essa semana, mas alguns (Julian Casablancas! Ariana Grande! Caroline Polachek!) são impressionantes e inusitados. E esta nova versão, chamada de Brat and it’s Completely Different But Also Still Brat, vem num formato físico ocupa três LPs, ao contrário das versões em vinil duplo anteriores, o que pode sugerir que há mais nomes vindo aí – e, como eu disse, já falaram em Haim, Rebecca Black, Chapell Roan, Rosalía, Kim Petras, Ke$ha… e até Taylor Swift! Seeerá?
E pelo visto o disco de remixes de Brat, o disco-acontecimento de 2024, é o passo global que Charli XCX precisava dar pra aumentar a expectativa sobre sua turnê. Nos últimos dias uma série de cartazes, outdoors e pôsteres foram espalhados em diferentes cidades do mundo sempre puxando algum artista importante local para o formato texto sem formatação e fundo verde-limão que caracteriza a direção de arte do projeto-objeto da estrela inglesa. Em seu país de origem surgiram teasers que indicavam os nomes do grupo The 1975 (em Manchester, cidade-natal da banda), da one-girl-band Japanese House e do produtor Jon Hopkins (ambos em Londres, onde eles nasceram), nos EUA surgiram referências ao cantor folk Bon Iver (no estado de Wincosin, onde este nasceu) e da cantora Tinashe (na região de Pasadena, na Califórnia, onde ela nasceu) e na Suécia apareceram referência aos rappers locais Bladee e Yung Lean (em aparições em Estocolmo, onde os dois nasceram), além de pôsteres com os nomes da cantora Chapell Roan e do vocalista do Limp Bizkit Fred Durst, mas especula-se que estes dois poderiam ter sido forjados por fãs ou empresários dos artistas, para aproveitar o hype do ano. Os fãs ainda lembraram do caminhão que anunciava o nome de Ke$ha em Nova York há algum tempo, além de tentar acertar outros possíveis convidados ao listar as Haim, Addison Rae, Rosalía, Kim Petras, Caroline Polachek e até Rebecca Black (!!!). Tem muita limonada pra sair desse verde-limão ainda, diz aí…
Já estamos em 2024, mas os ecos de 2023 seguem aí, como é o caso de mais uma edição impressa da revista Rolling Stone que chega às bancas com o Robert Smith na capa, resumindo os melhores shows que aconteceram no Brasil no ano passado. Fui chamado para escrever sobre dois dos shows que mais gostei no ano, o das Haim no festival Mita e o último show de Paul McCartney em São Paulo. Os textos estão no site da revista, mas também podem ser lidos abaixo:
O segundo dia da segunda edição do Mita desse ano estava mais tranquilo do que no primeiro e isso era evidente devido à quantidade de público, menor que no sábado. Mas alguns problemas persistiam, como filas e corredores estreitos com muita gente ao mesmo tempo. Mas pelo menos deu pra esquecer o pesadelo que foi o dia anterior, embora enfileirar atrações como Capital Inicial e NXZero não seja propriamente um sonho (longe disso). A própria mistura das três atrações internacionais não poderia ser mais díspares: Haim, Mars Volta e Florence and the Machine funcionariam num mesmo evento com dezenas de artistas (algo cada vez mais cansativo hoje em dia), mas como únicas atrações internacionais em um evento pago (e caro) não faz propriamente com que os fãs dos grupos se misturem, mas que muitos deles sequer pensem em ir ao show, preferindo opções mais específicas.