O início de um filme de terror… B!

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É sério que o lema do governo Trump é o mesmo do filme Purge: O ano de eleição?

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Diz o Washington Post:

Halfway through his interview … Trump shared a bit of news: He already has decided on his slogan for a reelection bid in 2020.

“Are you ready?” he said. “ ‘Keep America Great,’ exclamation point.”

“Get me my lawyer!” the president-elect shouted.

Two minutes later, one arrived.

“Will you trademark and register, if you would, if you like it — I think I like it, right? Do this: ‘Keep America Great,’ with an exclamation point. With and without an exclamation. ‘Keep America Great,’ ” Trump said.

Putz…

Como não ter um mau pressentimento sobre isso?

E assim o Meia Hora dos EUA resumiu o dia histórico de ontem

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Não é brincadeira não

4:20

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O que o legislativo norte-americano diz a seu eleitorado

Curto e grosso.

Impressão digital #0087: 2012 digital

Minha primeira coluna do ano saiu hoje no Link.

Google, Amazon, Facebook e Apple juntos em 2012?
Tudo para manter a influência dos EUA

2011 foi um ano de arrumação da casa para os gigantes do mundo digital. O Google começou o ano trocando de CEO – Eric Schmidt deixou o cargo para a entrada de Larry Page, um dos criadores do site – e passou todo o ano passado reestruturando seus produtos e serviços para que eles pudessem conversar entre si. E aproveitou o clima de reforma para lançar seu Google Plus, que não seria uma rede social mas uma “camada social” que interligaria seus produtos – e uma clara tentativa de não perder, futuramente, a importância para o Facebook.

A rede social de Mark Zuckerberg aproveitou 2011 para crescer ainda mais (particularmente no Brasil, que foi o país que mais cresceu no Facebook no ano passado) e adiar a abertura de seu capital na Bolsa de Valores norte-americana. Foi também o ano em que o site reorganizou-se estruturalmente (lançando uma nova interface, a Timeline) e para lançar seu criador como principal personalidade do mundo digital – ao menos para o grande público, quando Zuck apresentou, em setembro passado, o evento F8. E também aproveitou para criar as bases de sua sustentação econômica no futuro, começando a trazer empresas para desenvolver aplicativos em seu ambiente – e, finalmente deslanchar um conceito que vêm trabalhando há tempos, que é o f-commerce – o e-commerce realizado apenas dentro do Facebook.

A economia dos aplicativos – criada pela Apple, no lançamento do iPhone, em 2007 – também mexeu com a Amazon, que abriu sua própria loja de aplicativos e lançou o primeiro concorrente de peso para o iPad, o Kindle Fire, que foi um dos produtos que mais vendeu nos EUA no final do ano passado.

E a Apple, surfando alto graças ao sucesso do iPad, teve o melhor ano de sua história – e é irônico que isso tenha acontecido no mesmo ano em que Steve Jobs tenha morrido. O luto pelo fundador não abalou os números da empresa, que se tornou a maior fabricante de celulares do mundo além de ter atingido, durante o período mais crítico da crise financeira que abalou os EUA no ano passado, o posto de empresa mais valiosa do mundo.

Além de ter criado e feito vingar um tipo novo de aparelho – o tablet –, fez todos correrem atrás. Tudo isso ofuscou o fato de que a empresa adiou o upgrade que faria para seu celular, apresentando um iPhone 4S em vez do esperado iPhone 5. Mas o 4S trouxe uma novidade específica – o aplicativo Siri permite que qualquer um faça buscas online sem encostar um dedo no aparelho, usando apenas a voz. Não é pouco, tanto que o próprio Eric Schmidt, ainda com assento no conselho do Google, declarou que a empresa deve se preocupar com isso, para não perder o posto de líder nas buscas online.

Google social, Facebook como ambiente de compras, Amazon fazendo tablets, Apple entrando na área de buscas. Já deu para entender mais ou menos qual vai ser a tônica de 2012, não?

Afinal, todas estas empresas têm como meta utópica reter seus usuários o máximo de tempo possível em seu ambiente virtual – de preferência sem ter tempo para olhar para o site do lado ou para trocar de aparelho.
Mas, na prática, já está claro que ninguém fica em um só desses ambientes. Dá para preferir um ao outro, claro. Houve quem abraçasse o Facebook e repudiasse o Google Plus, mas é pouco provável que o fã mais entusiasmado da maior rede social do mundo deixe de usar o Google para fazer buscas.

E por mais que essas empresas tentem correr atrás das áreas de atuação das outras, elas não vão conseguir fazer que seu público fique apenas no ambiente criado por elas.

A menos que elas se juntem.

E não estou falando em fusão ou em aquisições. Lembro apenas do discurso do presidente norte-americano Barack Obama no início do ano passado, quando sublinhou que era o líder eleito do país que deu ao mundo o Google e o Facebook. Não custa lembrar que ainda sentimos os ecos da crise financeira de 2008, que abala até hoje os EUA (e também a Europa), ao mesmo tempo em que assistimos a países antes periféricos – como o Brasil – ganhando o palco central do mundo. E não apenas politicamente.

A indústria cultural dos EUA, que por muito tempo ajudou aquele país a se impor inclusive culturalmente, já não é mais a mesma. Ainda que fature cifras consideráveis, seu impacto não é mais unânime justamente devido ao fato de que a produção cultural destes países emergentes também está ebulindo, como suas economias. O impacto ainda é pequeno e é percebido melhor nos próprios países – e não globalmente. Mas, como hoje não para dá separar cultura de internet, é questão de tempo para que estes mesmos países comecem a usar a rede para atingir mercados exteriores e, possivelmente em breve, criar seus próprios ambientes digitais.

E se não dá para dissociar cultura de internet, a dominação cultural norte-americana hoje não acontece através de filmes, discos ou programas de TV. E é justamente nos quatro gigantes citados no início do texto que os EUA estão apostando para transformar o século 21 no que eles chamam de “o novo século americano”.

Por isso que é bem provável que, em 2012, comecemos a ver Google, Apple, Amazon e Facebook mais próximos uns dos outros, aos poucos derrubando as barreiras que os separam para trabalhar conjuntamente, mesmo que de forma tímida. A Stop Online Piracy Act (Sopa) – a dura proposta de lei antipirataria que pode ser aprovada em breve pelo governo norte-americano (e que é o assunto da capa desta primeira edição de 2012 do Link) – é um bom exemplo disso. Estas empresas estão percebendo o quanto o negócio delas é parecido não apenas no sentido administrativo e empresarial, mas também político.

E sob a ameaça de restringir ainda mais o uso da internet com este novo pacote de leis, os quatro – entre vários outros, como a fundação Mozilla do navegador Firefox, o serviço de pagamentos online PayPal e a Microsoft – finalmente começaram a se ver como uma força política e apelar para seu maior trunfo: a enorme audiência global.

O 2012 de seus quatro principais executivos (Steve Bezos da Amazon, Tim Cook da Apple, Larry Page do Google e Mark Zuckerberg do Facebook) deverá ser marcado por uma lenta aproximação mútua, para evitar que o próximo gigante saia da Rússia ou da China. Não há nada no horizonte que indique o surgimento de algo do tipo ainda este ano, mas você sabe como são as coisas na internet… Basta alguém começar algo novo que caia no gosto popular para ver sua audiência subir. Por isso, eles – e o governo de seu país – sabem bem que é melhor se preparar do que remediar.

Porque de nada vai adiantar ter um ambiente social que permita fazer compras e acessar a conteúdo digital em um determinado aparelho se aparecer uma ou mais empresas de fora dos EUA para dar continuidade àquele ciclo típico da era digital, como quando as pessoas param de usar o Friendster para começar a usar o MySpace. Nada impede que o próximo Google, a próxima Amazon, a próxima Apple ou o próximo Facebook venha de um país que não fala inglês. É esperar para ver o que acontece…

Fechou o tempo em Washington

Uma foto pra registrar o clima desses dias…

Daqui.

4:20

Super-Homem renuncia à cidadania norte-americana

Isso aconteceu na semana passada, mas ganha novas interpretações à luz da notícia do fim do primeiro de maio (o mesmo dia em que os Estados Unidos anuciaram a morte do Hitler, lembraram por aí).

Relações perigosas: Obama, Google e Facebook

Nesta edição do Link, publicamos a tradução de uma matéria do New York Times que fala da troca de cadeiras de executivos entre a Casa Branca e os dois maiores sites do mundo. Aproveitei o gancho pra falar do discurso que Obama fez no início do ano, para entender melhor este jogo de poder…

A estratégia de Obama junto ao Google e ao Facebook

Há trinta anos não poderíamos saber que algo chamado ‘internet’ nos levaria a uma revolução econômica. O que podemos fazer agora – o que os EUA fazem melhor do que qualquer um – é instigar a criatividade e a imaginação de nossa gente. Colocamos carros nas estradas e computadores nos escritórios”, disse Barack Obama, em janeiro passado, no tradicional discurso Estado da Nação que o presidente norte-americano apresenta no início de ano. “Somos a nação de (Thomas) Edison e dos irmãos Wright; do Google e do Facebook. Nos EUA, a inovação não só muda as nossas vidas. É como nós a vivemos.” E continuou: “Há meio século, quando os soviéticos nos ultrapassaram ao lançar no espaço um satélite chamado Sputnik, não tínhamos ideia que chegaríamos antes deles à Lua. Não existia tal ciência. Nem a Nasa. Mas depois de investir muito em pesquisa e educação, nós não só passamos os soviéticos como lançamos uma nova onda de inovação que criou milhões de novos empregos. Este é o momento Sputnik de nossa geração.”

Ou seja: a corrida espacial do século 21 acontecerá entre nossos computadores e celulares. O discurso de Obama só não diz com todas as letras que a internet é uma invenção norte-americana. Afinal, não é. A rede Arpanet foi sim criada pelo Pentágono e foram as universidades norte-americanas as primeiras a reconhecer naquela rede um objetivo mais prático do que o que deu origem a ela – inventada por militares, servia para salvar informações que pudessem ser destruídas no caso de um ataque inimigo. Mas a rede só se popularizou graças a uma invenção europeia, a World Wide Web.

Mas se Obama não diz literalmente que a internet é americana, ele sublinha que seus principais personagens atuais – Google e Facebook – são. E isso não fica só no discurso, como pode-se perceber no jantar em que o presidente norte-americano recebeu os principais nomes desta indústria (Zuckerberg, Jobs, dois nomes do Google, entre outros) em fevereiro, além da movimentação de executivos entre os dois sites e a Casa Branca.

Uma das principais especulações sobre essa dança das cadeiras, aliás, diz respeito a um dos personagens centrais desta indústria. Eric Schimdt já passou pela Bell, pelo histórico PARC da Xerox, pela Sun e pela Novell, antes de virar CEO do Google e entrar do conselho da Apple. No mesmo mês em que jantou com Obama, anunciou que deixaria o cargo no Google. Mas um rumor que ganhou força durante o mês de março é que ele assumiria o cargo que hoje é de Gary Locke, o secretário de Comércio dos EUA que veio reunir-se com a ministra da Cultura Ana de Hollanda no mês passado, conforme apurou a repórter Tatiana de Mello Dias no Link há duas semanas. Locke assumiria o cargo de embaixador dos EUA na China, cedendo a vaga para Schimdt – que deixa de ser o homem do Google para se tornar o homem do comércio exterior daquele país.

Será esse um novo tipo de imperialismo, em que filmes, discos e livros não precisam ser boicotados? Uma coisa é tentar execrar uma obra, outra coisa é convencer as pessoas a não usar esses dois sites… O problema é que internet não é só Google e Facebook. E como o próprio Obama disse, se Google e Facebook são seu Sputnik, pode ser que alguém reaja a isso com uma nova Nasa para o século digital.

Quando o governo dos Estados Unidos fez propaganda de maconha

Tem coisas que só a Segunda Guerra Mundial faz pra você.